segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Finjo que sei,finjo que entendo


As pessoas às vezes dizem não estarem muito interessadas em certos telejornais em alguns dias. Declaração sincera da parte delas. Pois o pior é dizer que estão atentas ao que estão passando e no fundo não estão entendendo nada, fazendo cara de entendidas quando na verdade o tédio toma conta.

Isso acontece por que as pessoas responsáveis pela elaboração do conteúdo dos telejornais ignoram certos critérios de noticiabilidade, estes que prendem o telespectador. Nas coisas de jornal, critério de noticiabilidade ou valor notícia, é um valor subjetivo que determina a importância que um fato ou acontecimento tem para ser noticiado. São exemplos de valor notícia: novidade, atualidade, proximidade, curiosidade, morte, tragédia, celebridades, histórias de superação,freqüência, o inesperado,precisão, detalhes, etc. Quanto mais valores-notícia aparecerem numa matéria, mais será chamativa.


Porem nem todos que já estão no mercado querem lembrar das coisas de início da faculdade de Jornalismo.A emissora paulista Redetv, querendo alavancar a audiência do seu telejornal noturno Redetv News, trouxe em julho do ano passado Américo Martins, que atuou 13 anos na respeitada emissora pública britânica BBC. Mas até o momento não vem dando certo. Talvez por Américo Martins ter atuado muito tempo em emissora pública, venha tendo dificuldades no atual emprego privado, na moderna sede em Osasco-SP. Só que esse não é o maior motivo do insucesso. Apesar da qualidade e competência que já demonstrou, Américo Martins não está conseguindo enxergar um dos valores-notícia mais importantes de hoje, em tempos de perca de audiência: a proximidade.

O citado profissional bem sucedido sabe aplicar os outros valores-notícia, principalmente a parte internacional, a qual é tradição da BBC há quase um século. Só que a “proximidade” parece estar esquecida, tem muito noticiário de fora do Brasil no jornal da Redetv, que nem é notícia, pois até no nome é News. Não que o noticiário internacional seja menos importante, ele é tão importante que Américo Martins dá o seu devido valor. Mas o telespectador aqui não vê como aquilo tudo tão distante pode afetar na sua vida prática, alem de nem sempre vir com contextualizações compreensíveis da realidade do outro. Américo Martins erra ao ficar segurando a sua bíblia (manual de jornalismo da BBC) e aplicar sua experiência britânica aos moldes do Brasil.

Está cheio de fato interessante Brasil afora querendo ser pauta, basta saber aproveitar.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Alívio e expectativa dos italianíssimos

O atual campeão mundial de clubes de futebol, a Internazionale de Milão, da Itália, carrega consigo uma curiosidade. Todos os seus titulares (incluindo os brasileiros Júlio César, Maicon, Lúcio e F.Coutinho) do goleiro ao centroavante, alem do treinador (o brasileiro Leonardo), são estrangeiros. Como a estratégia vinha dando certo, acarretando inclusive em títulos internacionais, não tinha o porque mudar.

Mas só foi perder a liderança do campeonato nacional, para a coisa começar a mudar. O time precisava contratar, e apesar de ter dinheiro em caixa, ninguém é maluco de jogar dinheiro fora em um mercado inflacionado e às vezes aventureiro como o futebol. A solução então foi buscar alguém do país. É claro que jogadores italianos possuem , só não faz parte da política de contratações da Internazionale.

O atacante italiano Pazzini, ex-Sampdoria, foi contratado. Logo na estréia nesse final de semana, em um jogo cheio de emoções contra o Palermo, Pazzini espantou a desconfiança de que quem é da terra não tem valor e fez dois gols na virada da Inter por 3 a 2.

Alívio para Pazzini, para a Inter e para os cronistas esportivos. Estes creditaram a vergonhosa campanha da seleção italiana na Copa da África do Sul, eliminada ainda na primeira fase, à falta de renovação pelo time ser velho, sem renovação e pelos principais clubes do país contratarem muitos jogadores de outros países.

O desempenho de Pazzini devolveu esperança para jogadores italianos que sonham em jogar em um clube grande de seu país e para futura seleção italiana. Isso se a política atual de aquisição realmente mudar.

Confira os gols do jogo, incluindo os dois de Pazzini:

sábado, 29 de janeiro de 2011

Seleção de olho puxado com ginga de Brasil é campeã na Ásia


Esse final de semana a seleção japonesa se sagrou campeã asiática de futebol. Sem dúvida o Japão tem o melhor futebol do continente. Muito toque de bola, velocidade e dribles. Características aperfeiçoadas com a contribuição de muitos brasileiros que atuaram lá no campeonato nacional, principalmente a partir do início década de 1990 em diante.Para citar alguns jogadores brasileiros que já atuaram no Japão podemos citar: Rui Ramos, Zico, Alcindo, Dunga, Toninho Cerezo, César Sampaio, Araújo, Vítor Júnior, Dutra, Diego Souza e outros tantos.

No referido campeonato, não deu para a correria das outras seleções, nem do excesso de técnica da seleção da Austrália, que parece mais com futebol europeu, pragmático e de jogadas aéreas, e que fez o jogo da final contra os japoneses. A seleção do Japão é mais completa.

Confira o golaço de Lee no vídeo abaixo:

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Fidelidade e esperança de Hadji



Passando os canais da TV, parei. Um cachorro. Peguei o filme em andamento, nada tava sabendo, mas logo percebi que o cão era o protagonista, pois a imagem não saia do plano em que o mesmo se encontrava. Os humanos eram vistos a partir da imagem dos olhos do animal. E o diálogo entre aqueles quase não existia no filme.

O cachorro tinha donos, o casal por sinal, o adorava, faz tudo pro cão se sentir bem. Dava casa e comida a hora que queria, alem do passeio. Mas o cão gostava de estar na rua, apesar do bom tratamento. Fugia de casa de maneira muito decidida quando encontrava uma brecha, deixando os donos loucos. Até que um dia, esses mesmos donos perceberam que Hadji (nome que chamavam o cachorro) se sente bem mesmo é fora de casa, o liberando portão afora, mesmo a contragosto e sentindo muito pela preferência de Hadji. Este depois teve vários outros donos, mas as ações de fugir para a rua se repetiam.

A rotina de Hadji se traduzia a passar o dia todo numa praça e dormir numa estação, debaixo de um trem. Assim foi até os últimos dias de sua vida. Na praça era conhecido, todos eram muito carinhosos com Hadji. Nunca lhe faltava comida, as pessoas sempre o alimentavam. Como um verdadeiro pastor, pessoas o cumprimentavam, chamando pelo nome (Olá Hadji! Bom dia, Hadji). Tinha gente que vinha em Hadji um confidente. Certa vez uma mulher foi contar seus problemas para o cão amigo, chorando ao lado dele e o abraçando. Outros sentavam do lado dele só para ter um pouco de paz.

Hadji foi ficando velho, perdendo a mobilidade, mas nunca alterou o modo de viver, que era entre a praça e a estação. Enfim, Hadji morreu em paz. A praça perdeu alegria, não era a mesma. No fim do filme tinha uma estátua de Hadji na mesma praça. Se trata de uma história real, acontecida no Japão, em 1939.

Logo depois a explicação da estátua e do gosto pela praça e pela estação. Hadji procurava seu primeiro dono, que morrera há nove anos. . Se encontram pela primeira vez na estação e a praça era o local de passagem todos os dias do dono quando o mesmo voltava do trabalho. O ritual diário de Hadji era como se esperasse aquele dono, como se um dia ele pudesse voltar.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Crime com castigo

 
 
Em 14 de novembro de 1960, Ruby Bridges, uma menina de seis anos de idade, foi levada à escola em Nova Orleans, EUA, por uma escolta de policiais federais. 
 
A menininha foi pesadamente insultada e ameaçada de morte por uma multidão enfurecida. Assistiu às aulas sozinha: as demais crianças foram mantidas em casa pelos pais. 
 
Ruby Bridges era negra - esse era seu crime.





sábado, 22 de janeiro de 2011

Como uma federação pode estragar um campeonato centenário


O campeonato pernambucano de futebol desse ano tem tudo para ser uma dos melhores da história em níveis de emoção. Tem tudo porque já entrou em data comemorativa. O ano de 2011 é a centésima edição do campeonato. Não bastasse isso, tem uma rixa de títulos entre os dois maiores rivais hoje, Sport e Náutico.


Apesar do Sport ter dois títulos nacionais, quatro regionais, ter disputado duas copas libertadores da América e estar em busca do quadragésimo estadual, há uma sequência de títulos que o co-irmão tem e esnoba por apenas ele ter (mesmo tendo apenas 21 títulos estaduais). Trata-se de um hexacampeonato (6 títulos seguidos) conquistado na década de 1960, quando o Náutico tinha um grupo que chegou a ser vice-campeão brasileiro. O Sport em duas oportunidades chegou perto quando tinha o penta e no ano seguinte quando era o momento de conquistar o hexa e acabar com a sequência alvirubra, o rubro-negro não conseguia. Em 1975, derrubado pelo próprio Náutico e em 2001, derrubado também pelo Náutico.

Quente antes de começar
No ano passado já se previa o que vinha nesse ano. O atacante Carlinhos Bala, então atacante do Náutico, disse várias vezes durante o campeonato ser o Rei de Pernambuco. Na final contra o próprio Sport, perdeu por 1 a 0. Comemoração na Ilha do Retiro com direito a coroas de rei para todos os jogadores do Sport, em tom de gozação. Já neste ano, a briga esquentou, só que dessa vez nos bastidores. Diretores de Sport e Náutico saíram sondando jogadores de ambas equipes para defender seus respectivos clubes, tanto para desmoralizar dizendo que esse ou aquele time tem mais poder, quanto para desestabilizar o adversário. Foi assim quando aquele Carlinhos Bala que provocou e Ramirez ex-Náutico foram parar no Sport; assim como Everton e Eduardo Ramos ex-Sport foram para o Náutico. Sem contar na novela Derley, que jogou no Náutico ano passado e estava na dúvida entre jogar no clube que conhece ou no Sport. No final ficou no Náutico. Tudo isso porque o Sport quer muito esse título e o Náutico quer quebrar mais uma vez a tentativa do Leão, para assim poder manter o único argumento que tem em discussões. Bom vai ser o confronto desses dois times dentro do campo, já que vão jogar, no mínimo, duas vezes.

As emoções com certeza não vão se restringir a apenas a Sport e Náutico. Os holofotes estão virados aos protagonistas e estão esquecendo que existe mais times. Para se ter uma idéia, até o momento os times do interior estão dando muito trabalho. Eles começaram a treinar antes e estão dando sufoco nos grandes. Estes, quando ganham, são com vitórias com apenas um gol de diferença. E Sport e Náutico já perderam para Cabense e Salgueiro, respectivamente. O Porto de Caruaru, por exemplo, nessas quatro rodadas disputadas, ganhou os quatro jogos, é líder isolado e ainda não tomou gol. Junto segue o outro grande da capital pernambucana, o Santa Cruz, que também ganhou os quatro jogos.

Presidente ditador

Como podemos ver, o campeonato promete. Isso se o presidente da federação não atrapalhar, como está fazendo. O senhor Carlos Alberto Oliveira, há mais de 10 anos presidente e com mandato até 2015 é um verdadeiro coronel, sem contar que é desumano. Essas quatro rodadas foram disputadas em apenas uma semana. Os jogadores estão reclamando de dores musculares, eles voltaram de férias agora. Os técnicos Geninho, do Sport e Zé Teodoro, do Santa Cruz foram os únicos profissionais do meio que manifestaram chateação.

Mas Carlos Alberto se superou mesmo foi em uma entrevista na TV Jornal do Comércio do Recife (Filial do SBT). Quando questionado sobre as polêmicas do campeonato disse exaltado e batendo no peito: “Quem manda na federação sou eu”. Simples assim.  

Confira o vídeo:




O papel social dos jornalistas


Diante do fato citado no post abaixo, bom saber que casos de jornalistas agredidos não são de hoje e o registrado não será o último. Tudo porque não existe lei que dê ao profissional da área tranqüilidade para exercer seu trabalho. Aliás, lei no Brasil favorece bandido, e se for político nem pensar em ser punido.Uma prova disso, foram as palavras do empresário Augusto Caldas Targino, ex-diretor do Instituto de Pesos e Medidas (IPEM-RN) ao manter presa em um quarto um equipe de jornalistas do Novo Jornal-RN: "Não matei ninguém ainda, mas a lei daqui me dá direito a matar um ainda. É a Constituição Federal que me garante", ameaçou. Augusto Targino pode estar envolvido num escândalo do heque no valor de 700 mil reais (ao portador, segundo o deputado) foi apreendido junto com outros documentos e arquivos do ex-diretor do Departamento de infra-estrutura de Transporte (Dnit) no RN, Gledson Maia, sobrinho do deputado, e principal acusado na operação “Via Ápia”, que culminou na prisão de seis pessoas suspeitas de promover o desvio de recursos públicos destinados à duplicação da BR-101.


A sociedade precisa entender, de uma vez por todas, que o papel do jornalista ao investigar casos de corrupção é de relevante importância para si, uma vez que se denuncia para onde o dinheiro entregue como imposto vai parar. As ações sociais da imprensa vão desde descobrir pagamento milionário de propina até mostrar um buraco de esgoto na rua para que os responsáveis possam tomar as devidas medidas, tudo em favor...do social. Mostra quem são aqueles que estão agindo de forma desonesta com a comunidade, assim podendo, pelo menos, alertar nas eleições seguintes. Denuncismo! Esse o papel social do jornalismo investigativo. Se o país já está uma zona, cheio de impunidade, mesmo com o trabalho incessante da imprensa, imagine sem a mesma.

A seguir, um conjunto de frases do renomado jornalista Alberto Dines sobre o papel do jornalista. Logo depois um vídeo, dando literalmente um tapa na cara de tudo isso. Trata-se do vereador de Pontes e Lacerda (MT) Lourival Rodrigues de Morais, conhecido por Kirrarinha (DEM), que não bastando ser ladão, tinha que ser ainda covarde. Ele agrediu a repórter Márcia Pache, da TV Centro-Oeste (afiliada do SBT), em junho de 2010. A repórter apenas perguntou sobre as acusações contra Kirrarinha de utilizar uma procuração para receber a aposentadoria de um idoso, valores que, segundo a vítima, somam R$ 80 mil.

O cidadão que tem acesso às informações e condições de escolhê-las, sem perigo, está apto a sobreviver intelectualmente como Homem-Alberto Dines.

Uma notícia não se proíbe, no máximo, consegue-se limitar sua circulação-Alberto Dines.

A ignorância de certos fatos da vida contemporânea pode ser fatal para um cidadão-Alberto Dines.

O jornal, pela periodicidade diária, é o melhor instrumento para o fornecimento desse material utilitário, o serviço, que vai tornar a existência, na sociedade organizada, possível e mais fácil-Alberto Dines.

Jornalista é o intermediário da sociedade-Alberto Dines.

Não adianta focalizar apenas obras grandiosas, mas, sim, os problemas que as geraram. A propagação dos feitos monumentais tende a acomodar a comunidade, paternizá-la e impedir seu ímpeto criador. Uma corajosa menção aos problemas e às suas causas explicará os programas empreendidos para saná-los e levará a sociedade a uma parceria construtiva. Este é um dos principais defeitos da hipercomunicação-Alberto Dines.

Menos um diário, menor o continente, o mundo, a humanidade – Alberto Dines

Não somos perfeitos" é um maravilhoso antídoto contra a cultura da lantejoula e do triunfo fácil. – Alberto Dines

Quem ameaça a mídia impressa não é a internet; o dragão da maldade está escondido e atende por um nome mais complicado: precariedade intelectual. O leitor migrante que não se incomoda em trocar o jornal ou revista pelo twitter ou pelo torpedo do celular, na verdade não foi estimulado a desenvolver uma curiosidade intelectual. Lê o que lhe oferecem, contenta-se com migalhas. E na medida em que a informação oferecida pela mídia impressa é cada vez mais simplificada (a nova página sobre eleições da Folha de S.Paulo oferece infográficos, e não textos), a capacidade de concentração deste leitor torna-se cada vez mais limitada e ele, como ser pensante, cada vez mais subalterno. – Alberto Dines

Quando o jornalista procura a fonte de notícias é legítimo. Quando esta procura o jornalista, desconfie-Alberto Dines.

Os leigos em geral adorariam ser jornalistas, desde que não precisasse ir à rua catar uma informação, escrevê-la rapidamente, trabalhar à noite, sábados, domingos e feriados-Alberto Dines.

“Não dê notícias a quem quer privilégios. Não dê privilégios a quem quer notícias”. – Autor desconhecido



Equipe do Novo Jornal-RN agredida e ameaçada de morte pelo empresário Augusto Caldas Targino, ex-diretor do Instituto de Pesos e Medidas


Sonoramente alterado, o ex-presidente do Instituto de Pesos e Medidas-IPEM, Mano Targino, prendeu os jornalistas em uma sala de sua casa e fez ameaças de morte contra os profissionais que estavam fazendo trabalho de apuração sobre a denúncia de pagamento de propina que envolve o deputado federal João Maia (PR-RN).O cheque no valor de 700 mil reais (ao portador, segundo o deputado) foi apreendido junto com outros documentos e arquivos do ex-diretor do Departamento de infra-estrutura de Transporte (Dnit) no RN, Gledson Maia, sobrinho do deputado, e principal acusado na operação “Via Ápia”, que culminou na prisão de seis pessoas suspeitas de promover o desvio de recursos públicos destinados à duplicação da BR-101. 

Com esse tipo de atitude descontrolada, Mano Targino se complica ainda mais e o evidencia como suposto envolvido.


A Federação Nacional dos Jornalistas e o Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte divulgaram nota de repúdio.

NOTA DE REPÚDIO

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte (Sindjorn) vêm a publico, repudiar as agressões verbais que a equipe do Novo Jornal sofreu na tarde da última terça-feira, (18), quando tentava conversar com o ex-presidente do Instituto de Pesos e Medidas-IPEM, Mano Targino. O repórter Rafael Duarte, o repórter fotográfico Ney Douglas e o motorista da equipe Clodoaldo Régis foram ameaçados de morte pelo empresário, que durante mais de 12 minutos prendeu-os em sua sala.

A Fenaj e a diretoria do Sindjorn destacam que durante o exercício da profissão, nenhum cidadão brasileiro tem o direito de coagir uma equipe de reportagem, muito menos, ameaçar, intimidar e ofender enquanto trabalha, utilizando a Constituição Federal como argumento, tal qual fez o senhor Mano Targino, apontado pela equipe de reportagem como o agressor (conforme segue em 3 anexos: áudio da agressão, a matéria sobre à agressão veiculada no Novo Jornal na última quarta-feira (19) e o Boletim de Ocorrências (BO) que a equipe de reportagem fez na 3ª Delegacia de Polícia do bairro do Alecrim, em Natal.

O repórter/Jornalista Profissional Rafael Duarte, o repórter fotográfico Ney Douglas e o motorista da equipe Clodoaldo Régis contam com o total apoio da Fenaj e do Sindjorn, na defesa da liberdade de imprensa e do livre exercício da profissão.

Por fim, exigimos que sejam apuradas as denúncias na forma da lei, para que denúncias deste tipo não voltem a ocorrer em nosso Estado, que no ano passado já foi palco de agressões contra jornalistas e até mesmo de homicídio, como o caso de F. Gomes, em Caicó, que foi assassinado porque apurava denúncias de compra de voto por drogas.

Que o Rio Grande do Norte não volte ao noticiário nacional como um Estado em que não há garantias de vida e muito menos segurança, para que os jornalistas possam continuar realizando o seu trabalho, defendendo o livre exercício da profissão enquanto fazem matérias, seja apurando denúncias, e/ou mostrando ao público os problemas que a população enfrenta no dia-a-dia.

Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte – Sindjorn
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Áudio da ameaça:

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ronaldinho e $eu$ amore$



Jogador de futebol dizer que tem algum amor por clube de futebol é hipocrisia. Me$mo que e$$e clube seja aquele que o revelou para o pai$ e o mundo. Ronaldinho gaúcho di$$e há alguma$ semana$ ter amor ao Grêmio de Porto Alegre, por $e tratar do time em que jogou e projetou de$de pequeno quando $aía da periferia de sua cidade para treinar. Ma$ o rapaz foi ficando mai$ crê$cido e o amor dele pa$$ou a $er outro$. Nada de Grêmio, nada de $eu habitat. E$te que passou a ser a$ roda$ de $amba, a$ boate$ e a$ Ca$a$ de show$. E o$ $eu$ novo$ amoré$ $ão todo$ e$$e$ mai$ aquilo que o$ su$tentam: o dinheiro.

Trajetória
Tudo i$$o porque Ronaldinho teve fama e ganhou muito dinheiro logo ao$ 17 ano$. Ne$ta idade fez um golaço em $ua e$tréia pela $eleção bra$ileira, foi campeão gaúcho com o Grêmio dando um drible humilhante no ainda jogador Dunga – que ano$ mai$ tarde como técnico da $eleção na Copa de 2010 deixara Ronaldinho de fora – e ainda teve a primeira polêmica com $eu clube de origem.No ano de 2001, recebeu uma propor$ta para jogar no Pari$ $aint Germain, da França, ma$ o Grêmio que tinha seu$ direito$ sobre o jogador $ó o liberaria Ca$o o time France$ deposita$$e o valor do pa$$e do garoto, que na época já era de 8 milhõe$ de dólare$. A demora foi grande com o impa$$e, $eu empre$ário/irmão/ex-jogador e também ídolo do Grêmio, A$$i$, queria tirar $eu irmão de lá a todo cu$to, até que o contrato de Ronaldinho acabou em fevereiro $eguinte, não renovando com o Grêmio e a$$inando com o Pari$ Saint Germain. O Grêmio não recebeu nada de$$e dinheiro. Era a primeira chateação da torcida do Grêmio com $eu$ ídolo$.

Para $e ter uma idéia de como o negócio altamente lucrativo para o Pari$ $aint Germain, ano$ mai$ tarde o clube vendeu o garoto para o Barcelona da Espanha por 45 milhõe$ de Euro$. Ronaldinho aí então teve o $eu melhor momento na carreira. Ganhou título$ espanhói$, foi eleito dua$ veze$ melhor jogador do mundo pela FIFA, foi campeão do mundo com a $eleção bra$ileira em 2002 e até era aplaudido de pé pela torcida do time adver$ário. Virou a$tro e foi a partir daí que e$queceu de fazer o que mai$ sabe.

Aparentemente não queria jogar futebol, a$$im como $eu xará Ronaldo Fenômeno, engordou com a$ noitada$, perdeu o prazer de dar drible$ de$concertante$ como ante$ e o que $e viu de um$ tempo$ para cá apena$ vemo$ jogada$ $em objetividade$ cheia$ de toque$ enganadore$ para o lado. Na copa de 2006 quando todo$ e$peravam muito dele, acabou $endo um fia$co como todo aquele time. Não foi convocado para a copa de 2010 por aquele Dunga que humilhou não $ei $e por cau$a daquele drible ou porque realmente, de forma coerente diga-$e de pa$$agem, não e$tava merecendo $er e$colhido.

Agora perto do$ 30 ano$, de$prestigiado e valendo bem menos que ante$ na Europa, qui$ voltar ao Bra$il. Segundo $eu irmão e empre$ário,o objetivo é a copa de 2014 no no$$o pai$. Então começou o leilão com trê$ clube$: Grêmio-R$, Palmeira$-$P e Flamengo-RJ. $im, A$$i$ leiloou Ronaldinho para quem oferece$$e mai$ vantagen$. Aquela hi$tória que a prioridade era do Grêmio porque ele queria voltar ao clube do $eu coração e à sua cidade natal era balela. Foi leilão mesmo. Fizeram uma novela, todo dia os trê$ intere$$ado$ aumentavam $ua$ oferta$, ofu$cada$ por ligaçõe$ de A$$i$ dizendo que “time tal” ofereceu mai$. Foi um circo armado, o$ irmão$ convocaram até uma entrevi$ta coletiva para, enfim dizer onde Ronaldinho ia jogar. Porem, nada foi revelado, fazendo muita gente $e perguntar o porque da entrevi$ta coletiva. O$ empresário$ levam grande$ porcentagen$ da$ negociaçõe$ de jogadore$ de futebol e ne$$e caso o irmãozão quer mai$ grana para tirar onda de playboy a$$im como o irmãozinho que é $empre tão obediente e $ó balança a cabeça na$ transaçõe$ financeira$.

Irmão$ non grato

A briga ficou entre Grêmio e Palmeira$, mai$ para o Grêmio, não somente por apelo emocional, a diretoria do clube realmente fez esforço$ financeiro$ para trazê-lo. Qua$e tudo certo, A$$i$ ia anunciar que Ronaldinho ia voltar para Porto Alegre. Tudo pronto para apre$entação, dia marcado, torcedore$ chegando e fe$ta armada. No e$tádio do Grêmio, caixa$ de son$, trio elétrico$, locutore$, imprensa do mundo inteiro montando equipamento,ma$....Ronaldinho não apareceu. Foi a vez então do pré$idente do Grêmio, Paulo Odone, convocar uma entrevi$ta coletiva para dizer que o clube de$i$tira de Ronaldinho, não dava para pagar mai$ que aquilo que e$tava acordado. $egundo o pré$idente, A$$i$ havia ligado para pedir mai$ dinheiro, o que chateou muito. “A torcida aprovou, o Grêmio não e$tava trazendo um craque, ma$ $im uma pe$$oa com relação de amor pelo Grêmio. Confe$$o que uma da$ maiore$ fru$traçõe$ minha$ foi aquela entrevi$ta do Ronaldinho falando do Grêmio, do Flamengo, do Palmeira$. Não era i$$o o que eu queria. O Grêmio não queria trazer um jogador do mercado, porque não tem dinheiro para i$$o. Eu queria ver no olho dele o amor e a vontade de jogar pelo Grêmio. $e ele vier um dia dizer que $e arrepende, que quer jogar no Grêmio, pode $er que alguém aceite negociar de novo. Eu não vou dizer quem. Não guardo rancor. Lamentavelmente virou um a$$unto de mercado, e para um a$$unto de mercado o Grêmio não pode $er irré$ponsável”, lamentou.

Na me$ma $emana, torcedore$ do Grêmio viram Ronaldinho numa boate em Florianópoli$ e o jogador foi ba$tante ho$tilizado. Talvez por i$$o, Ronaldinho foi embora pouco tempo depoi$ de ter chegado ao local. Ele preci$ou $air e$coltado por $egurança$ para evitar agre$$õe$ física$. É unânime a po$ição do$ gremi$ta$ em relação ao caso. Não querem ver nem o jogador nem o irmão PI$ando no olímpico. A$$i$ por sua vez foi se justificar dizendo que o presidente do Milan é que tumultuou a negociação, que tava tudo certo com o Grêmio mas o italiano queria Ronaldinho no Flamengo. A$$i$ acreditou me$mo que e$tava enrolando alguém?

$empre foi o Flamengo

De$de o início da novela, muita gente já dizia o de$tino certo de Ronaldinho. O jogador já tem um apartamento de frente para o mar em Copacabana e praticamente toda$ a$ $ua$ féria$ era vi$to no carnaval do Rio de Janeiro – $amba é $eu e$tilo de música favorito - , alem de ficar jogando futivôlei  na praia quando tinha tempo livre. Difícil não imaginar que não fo$$e o Flamengo, o Rio de Janeiro tem muito$ atrativo$ para o lazer onde ele pode ficar com $eu$ amoré$, e Ronaldinho $e $ente muito bem ali. Voltar ao Bra$il $im, ma$ com dinheiro no bol$o. Ronaldinho vai ganhar 1,2milhão por me$ (300 mil por $emana), e tem jogador que ganha 40 mil e e$tá com $alário$ atra$ado$ no clube. Dizem que a Rede Globo $e meteu na negociação, já que o$ muito$ carioca$ na$cido$ no Amazona$, no E$pírito $anto, em Goiá$, na Paraíba, no Rio Grande do Norte...de$$em mai$ audiência em dia$ de domingo com e$$e$ torcedore$ fanático$ pelo, como ele$ me$mo$ dizem, “meu mengão”. Certí$$ima a Globo, o negócio é manter $ua$ cria$. Em pleno campeonato pauli$ta rolando (o mai$ rico e organizado do pai$), a Globo tran$mitiu um ami$to$o do Flamengo com Ronaldinho no banco do$ reserva$. Chá de Flamengo quando o$ campeonato$ começarem.

John Rambo

Para finalizar, um pouco de humor sobre o caso. Em um Twitter com perfil chamado de Clube do Macho, de um usuário machista que se identifica como John Rambo, embora usando uma linguagem agressiva não se deteve ao tocar em alguns pontos que são verdade. Eis alguns comentários:

Isso q dá tratar futebol c/ sentimentalismo. Se fodeu! RT @oclebermachado Quem é mais mulher de malandro, a Rihanna ou o Grêmio?

Jogador tem q ser mercenário sim. Foda-se, vai chorar por causa de homem? Só ñ pode ir pro rival, aí é filhadaputagem

Macho não chora pq fulano não veio pro seu time. Se não veio, foda-se.

A única coisa q homem pode amar é o time. Mas se eu fosse jogador, ñ trocava $ por amor nem fodendo! Macho é mercenário!


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Não reclame dos chorões da Fórmula 1 se a disputa acabou



Não gostar de perder, alto poder de concentração, brigar pelos direitos de segurança dos pilotos, não desfocar pelos elogios e principalmente humildade eram características de Ayrton Senna. Totalmente diferente do eterno amarelão Rubens Barrichelo. Este precisa para aparecer ir à programas de TV convidado pelo exagerado Galvão Bueno, ser bajulado sem ter conquistado nem 10 vitórias na carreira mesmo sendo o mais velho piloto em atividade na Fórmula 1 e ter que ser lembrado apenas por uma vergonhosa ultrapassagem a mando da equipe em sua Ferrari pelo companheiro de escuderia, o campeão Michael Schumacher, e por um segundo lugar com uma Stewart.


Certo que é um bom feito este último de levar uma Stewart ao pódio. O modelo que nem existe mais era limitado tecnologicamente e é isso que vem acabando com a Fórmula 1. Senna em 1993 dizia que corrida de verdade era no Kart, já que todos os carros estão praticamente nas mesmas condições, tanto que quando já era um piloto consagrado foi perguntado qual tinha sido seu maior adversário e quando todos esperavam ser Alain Proust por todas as batalhas dentro e fora das pistas, ele respondeu que era um piloto do kart que não havia chegado na Fórmula 1. Senna disse isso porque viu a equipe Willians investindo em tecnologia e vencendo corridas com facilidade, deixando parecer que o talento do piloto nada mais vale frente a máquinas potentes que fazem quase tudo sozinhas.


E é verdade o que disse. No ano seguinte, pelo seu baixo rendimento graças ao não tão mais moderno carro da Mclaren, Senna foi correr na badalada Willians. Tudo no início foi festa, o melhor piloto com o melhor carro, mas logo a alegria acabou. Tecnologia também falha, a essa altura as outras equipes também estavam se modernizando, os resultados não vinham e o piloto que antes era acostumado a ficar na frente estava triste e cabisbaixo com os desacertos do carro. Ano horrível o de 1994, não somente por causa desses contratempos, mas porque Senna morrera em acidente que tanto temia e se mostrava preocupado caso acontecesse com outros pilotos, o que não diminuía a sua paixão pela velocidade, mesmo sabendo dos riscos. Sobre acidentes, Senna já havia “cantado a pedra”  da proteção da pista anos antes e bateu de frente com o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que tinha um presidente presunçoso e que não aceitava críticas.


Pela politicagem no esporte denunciada por Senna e pela tecnologia empregada que tirou a competitividade da Fórmula 1 muita gente já não assiste mais, pois não é difícil ver pilotos sem talento nessa categoria automobilística, já que os carros fazem tudo. Não existe mais a emoção de antes, não tem mais graça, não tem mais ultrapassagens fruto do trabalho braçal sobre o volante. Mas o pior de tudo é termos que admitir ser aceitável Barrichelo choramingar todas as corridas porque esse ou aquele equipamento do carro não funcionou. Esporte não é máquina, esporte é feito por seres humanos que buscam superar seus limites. A Fórmula 1 não é mais um esporte.