sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dia da Terra:Dá pra comemorar?


     Ontem (22), foi o 40ª aniversário do dia da Terra. Mas a Terra, coitada, não tem muito o que comemorar.Os discursos para preservá-la não são transformados em ações efetivas, demonstrando apenas ser propaganda política para os governantes e falso moralismo aliado a hipocrisiada sociedade civil.
    Um dos pensamentos da Agenda 21 (agenda social de metas ecológicas para o século) é a ação local para uma solução global. Porem, a falta de visão a longo prazo faz parecer que o problema da Terra não tem mais jeito e que por isso, as pessoas se entregam, e entregam a Terra, ao egoísmo de ver apenas o lugar onde vive ser limpo como suficiente. As ações vão alem da limpeza que vai um palmo a frente do nariz, passa pela orientação aos outros alertando para a importância de tais ações. A ignorância e falta de informação pode ser vista na fotografia acima, feita próxima a cantina do Setor de Aulas I da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde, por ser um ambiente público, seu patrimônio deveria ser respeitado. Grave com certeza é a cena do lixo no chão perto do seu lugar de destino, não menos grave é o ambiente universitário ser palco, em que pessoas deveriam ser mais esclarecidas sobre a problemática, mas o caso da falta de educação e preguiça em esticar a mão está em todo lugar.
Nos EUA, essa data foi divulgada por todo país, com apresentação de shows, vídeos-documentários, publicidade na TV e outras coisas. Mesmo sendo uma jogada de marketing mentiroso – os EUA é o país que mais polui no mundo – pelo menos está apelando para o lado da ação humana, já que não pode fazer o mesmo em relação as suas indústrias. Vale lembrar que o Dia da Terra foi criado em 1970 quando o Senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição. Já no Brasil, alem de ser uma data pouco divulgada (a imprensa tem culpa), temos que nos deparar com cenas como essa.
    A pobreza de espírito dos habitantes da Terra torna esta pobre de comprometimento e idéias para mantê-la.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Por interesses, poucas pessoas sabem do transporte público que salvará elas mesmas

    Andar de metrô pode ser a solução para o Planeta. Digo que pode porque sua implantação, divulgação e consequente popularização dependerá da boa vontade e abdicação de lucros de governos e empresas. Em tempos de pré-sal, mais especificadamente no caso do Brasil, é pouco provável que o governo abra mão de tudo o que ganhar ao produzir petróleo para continuarmos a poluir o mundo com nossos carros. Para a esfera pública, além do pré-sal, outro fator do não estímulo do uso do metrô é a construção de estradas, esta historicamente em nosso país sempre deu voto, e parece que vai continuar dando. Então pra quê o incentivo de outro tipo de transporte público senão o rodoviário? Já as empresas montadoras de carros adoram esse tipo de política de transporte, já que sempre lucraram assim, e até fazem parceria com governos para as estratégias continuarem. A combinação pré-sal do governo e carros das empresas nunca foi tão satisfatória para ambos, público e privado nunca se entenderam tão bem como nessa situação.



    No Recife existe duas linhas de metrô que vão ao Centro e a Camaragibe (Região Metropolitana), passando por Jaboatão dos Guararapes, Shopping, Aeroporto e Rodoviária. O trajeto não serve apenas para passeio, mas é uma alternativa para o trabalhador no seu dia-a-dia. Porem, para ele trocar o ônibus pelo metrô, não basta apenas a divulgação para o uso, é necessário também oferecer no transporte, conforto, rapidez e segurança. Todas essas características o metrô do Recife possui. O metrô funciona a partir das 5hrs, a cada 15 minutos ele passa na estação em que o usuário está esperando, tem ar-condicionado e quando param não tem aquelas freadas bruscas de ônibus e carros. É possível, por exemplo, ir de Boa Viagem à Rodoviária em 25 minutos por apenas R$1,40, podendo trocar de metrô a hora que quiser de acordo com a conexão desejada sem ter que pagar outra tarifa, isso claro, sem sair das estações.


    As ações governamentais nas cidades que se referirem ao transporte público não poderão ser apenas feitas por causa de uma copa do mundo que está para se realizar em nosso país. A situação é de emergência para a vida da humanidade, pensar em apenas medidas paliativas e situacionistas será perigoso para nosso futuro, alem de não melhorar em nada a vida de quem precisa usar transporte público.