segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sexta Ecológica na Semana de Meio Ambiente

    Oficinas de papel reciclado e confecção de tapetes com sacolas plásticas e jornais, alem de palestra sobre o desperdício e a exposição das ações da Divisão de Meio Ambiente (DMA) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que incentiva a mudança de comportamento da comunidade universitária em relação ao meio ambiente. Essa foi a Sexta Ecológica, realizada na manhã da quarta-feira (2), em função do feriado de corpus Christi, no Centro de Convivência da universidade para comemorar a Semana do Meio Ambiente.



    Criador e coordenador do projeto Pau e Lata, Danúbio Gomes conseguiu colocar o grupo como projeto de extensão do Departamento de Artes. A ação fora da universidade consiste em retirar crianças e adolescentes que moram nas ruas ou com famílias de baixa renda para aprenderem a fazer música. Os instrumentos que são utilizados como bateria são todos feitos de materiais reciclados como o plástico. Mas a novidade fica por conta da identificação do Pau e Lata. Camisas personalizadas desenhadas a base de grafitagem criam a marca do grupo, podendo ser adquirida por qualquer pessoa.


    Qualquer pessoa também tem a chance de participar de alguma ação a favor do meio ambiente. A ONG Baobá, por exemplo, estava colhendo abaixo-assinados para impedir a destruição da mata virgem que pode ser devastada com o prolongamento da Avenida Prudente de Morais. A solução apontada é a utilização das vias laterais da avenida, que contem uma quantidade bem menos de mata virgem. O voluntário da ONG – Alex Moura (25) – explicou melhor o motivo desse trabalho. “Não somos contra o prolongamento da Prudente de Morais, desde ele seja feito na via lateral para que destrua uma quantidade de mate virgem menor do que fosse feito na sua extensão central”, disse. A ONG Baobá atua em parceria com outras da rede ambientalista e contará com o apoio do Ministério Público por meio da promotoria de Meio Ambiente do Estado para ter seu pedido atendido.


    Já a população recebeu folhetos de literatura de cordel em que se mostra um lagarto típico da capital potiguar e tem sua peculiaridade por ser o menor da América do Sul com apenas três centímetros. O Coleodactylus natalensis Freire ou o lagarto-do-folhiço pode ser encontrado no Parque das Dunas com listras e focinho claro, no caso do macho, e um pouco maior, sem listras e de cor marrom no caso da fêmea. A espécie é bandeira da conservação e da sustentabilidade na cidade do Natal, pois por viver em cima da folha, o desmatamento desta pode provocar o desaparecimento do lagarto nativo. Este animal foi descoberto pelo pesquisador, geneticista e professor da UFRN Marcos Antônio, que achou o cordel como forma de divulgar seu trabalho para as diversas camadas da sociedade, em prol da consciência ambiental de preservação. “O auxílio de uma cultura popular como a literatura de cordel vai ajudar a criar participação contra ações desumanas na fauna e flora”, falou Marcos Antônio.


    Trabalho de identificação de problemas dessa natureza no campus universitário faz as pessoas da Divisão de Meio Ambiente (DMA) da UFRN. Ao excesso de gatos na universidade , por exemplo, é orientado que as pessoas não alimentem esses animais, isso porque eles ficarão acostumados e não sairão mais do lugar, podendo a qualquer um que faça parte da comunidade acadêmica ser vítima de doenças como raiva e toxoplasmose. Outra medida é pela coleta seletiva. Cestos de lixo com cada tipo de resíduo indicado foram colocados em várias partes do campus, essa ação facilita no recolhimento do lixo e o destino que cada tipo tomará. O DMA também mostra ações contra o desperdício de água quanto ao uso de torneiras e bebedouros, a forma exagerada do uso corrente de água além de gastar dinheiro público, esvazia mananciais.



Serviço:

- Torneiras mal fechadas e bebedouros quebrados, ligar para a Divisão de Manutenção (DIMAN) da UFRN, fone: 3215-3364

- Portal da Divisão do Meio Ambiente (DMA) com dicas de boas práticas: www.meioambiente.ufrn.br

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