domingo, 16 de junho de 2013

Vaias a Dilma não mudam em nada a política no país

As vaias que a presidente do Brasil Dilma Roussef levou na abertura da Copa das Confederações em Brasília não representa muita coisa no âmbito local. Vale lembrar que quem estava no estádio Mané Garrincha era a classe média, que realmente não gosta dela, nem do PT, visto que tinha ingressos individuais custando R$ 600 ali.

Portanto, nada de espanto. Nada de surpresa com o fato. A preocupação existiria se as vaias tivessem sido proferidas pelo povão que recebe o Bolsa Família, o que passou longe de ser. Foi a minoria escolarizada que protestou antes e durante o evento contra o mesmo em detrimento de educação e saúde para o país. Mas peraí: durante o evento? Isso mesmo, a classe média brasileira é hipócrita o suficiente para protestar, mas com ingresso na mão para ir ao jogo.
Constrangimento mesmo só o fato da presença de todo comitê da FIFA no momento, que pediu, em nome de seu presidente, Joseph Blatter, "respeito" e "fair play" aos participantes da festa e o fato de transmissão do evento para o mundo todo, que agora sabe que Dilma não é tão intocável assim no Brasil. Ela envergonhada com a ação vista mundo afora pediu para começar logo o jogo.

Quem tenta maximizar o fato ocorrido é a mídia, que de forma oportunista cita hoje (16) as vaias em capas de jornal e desenvolvimento de seus raciocínios nas reportagens, tentando atingir a massa ao falar de forma exausta que a popularidade de Dilma está em cheque. Será mesmo? Só se for lá fora.

Lembremos que em 2007, na abertura dos Jogos Pan-Americanos, realizados no Rio de Janeiro, o então presidente Lula também recebeu uma sonora vaia na abertura do evento. Um ano depois ele foi reeleito. Não esqueçamos que o voto é por cabeça e a maioria recebe incentivos do governo. A realidade é essa.


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