domingo, 28 de fevereiro de 2010

Genes parecidos,atitudes nem tanto

Reproduzido aqui,o comentário de Arnaldo Jabor à rádio CBN no dia 11/02. O pensamento é feito na comparação entre homens e macacos, que apesar da semelhança de genes, existe uma grande diferença de atitudes entre eles. O homem, ao mesmo tempo que tem a capacidade desenvolvida de expressão e pensamento, poderá usá-los para fazer o mal. Eis a crônica, inteligente,engraçada e,sobretudo,real.



Se os macacos falassem diriam: 'humano é a sua mãe'


    Amigos ouvintes, leiam nos jornais que tem um ratinho do campo que fala. É, esqueci o nome dele, mas ele tem frases diversas para avisar a seus companheiros do perigo de predadores. “Quim, quim: olha a cobra aí”. “Quem, quem: a águia vem aí”. Tambem vi outro dia um papagaio que morreu se dizendo que era famoso, que falava tudo e ainda sacaneava o treinador dele. E os cientistas americanos descobriram que os chimpanzés têm 99,9% dos genes humanos.

    Assim, eles seriam nossos irmãos. Os americanos querem mudar a classificação da espécie e uni-la a humana. Chimpanzés e nós seriam da mesma turma, os homos. Mas eu não acho que somos próximos dos macacos. Sempre nos achamos o alto da evolução, animais racionais e abaixo de nós o nada, a macacada toda. Não é o que pensa o filósofo Nietszche, que considera o pensamento e a linguagem apenas mecanismos de defesa como o veneno da cobra e o cheiro do gambá. O psicanalista Lacanus considera com defeito de fábrica o buraco entre nós e a natureza, que tentamos preencher falando.

    Macaco não fala. Mas macaco mata sem motivo? Macaco se acha superior a nós? Macaco até mete a mão na cumbuca, mas não rouba dinheiro público. Macaco não mente, macaco não diz que ta vendendo panetone. E pelo que se sabe, ainda não há macacos-bomba. Nem macacos ditadores como Hugo Chávez, que aliás, parece um macaco. Macacos roubam filhotes de homens como fazemos com os filhotes de chimpanzés?

    Fazermos um upgrade de macaco não adianta nada para impedir a sua extinção como espécie. Macacos são bichos felizes, sem neuroses. Não podemos nos comparar a eles, seria uma ofensa aos macacos. Se eles falassem diriam: “me chama de humano não hein, humano é a sua mãe”!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Apesar do fenômeno das antenas parabólicas no interior do Brasil,população se prende a tradição

    Na cidade de Escada,interior de Pernambuco,alem do intenso movimento de motos,outra curiosidade me chamou atenção:o de grande número de antenas parabólicas espalhadas pela cidade em várias casas.Porem,mesmo com uma variedade de canais que as antenas parabólicas disponibilizam ao usuário,estes não desfrutam de outros conteúdo senão os da Rede Globo.


    E isso tem um motivo.Em seu passado,a Rede Globo foi pioneira de investimentos em tecnologia para que seu sinal tivesse grande alcance nos diversos ponto do país.Hoje,o sinal atinge 98% do território brasileiro.Em Escada,por exemplo,da época em que a TV chegou na localidade (1970) até a década de 1990, só funcionava a Globo como canal,fruto daquele investimento em tecnologia de longo alcance.

    Quem quisesse ter outros canais à disposição teria que:pagar pelo serviço de TV a cabo ou instalar uma antena parabólica.A última opção mais viável economicamente para uma população de maioria que tem baixa renda.A partir daí a febre de compras de antenas parabólicas começou,mais como uma representação de status do que uma vontade de ver algo diferente na televisão.


    Record News,EBC(TV Brasil,NBC,TV Escola),MTV e TV Cultura são alguns dos canais encontrados na antena parabólica.Mas não adianta ter todo esse acervo cultural e informativo sem a população estar acostumados a vê-los.Afinal,são mais de 40 anos de domínio de uma emissora.Tanto que,ao passar os canais,a parada como se fosse obrigatória é na Globo.As casas,em movimento sincrônico,tem em seus moradores a audiência assegurada para o mesmo canal.São gerações que foram acostumadas.


    Desperdícil de conteúdos à parte,se luta muito para que emissoras públicas tenham seu lugar na programação da TV aberta brasileira.A CONFECOM deu o primeiro passo à discussão em dezembro passado,para que vá ao plenário suas propostas, e, se possível, serem aprovadas no Congresso Nacional.Mas o processo é lento,passa por desde a retirada de políticos como donos de TV's que tenham seus interesses feridos,até uma tirada de diferença de mais de 40 anos de conteúdo na programação audiovisual brasileiro.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Agência de Notícias na periferia

    Uma das comunidades mais violentas do Recife criou sua própria Agência de notícias. Localizada na comunidade Roda de Fogo, a Agência de Notícias foi uma idéia conjunta entre uma blogueira e um rapaz, ambos da comunidade. O que aconteceu foi o seguinte: a blogueira postava em seu espaço de discussão, conteúdo relacionado a tudo que acontecia na comunidade, em tom noticioso; mostrou para o rapaz, e a idéia aflorou. A Agência de Notícias conta com um espaço na Internet e uma rádio local, há dois anos.


    Hoje, a Agência de Notícias conta com 5 integrantes. E para quem pensa que as notícias informadas são apenas as relacionadas à violência se engana. Pois é mostrada toda manifestação cultural tradicional que tanto acontece no local, além de prestação de serviços como divulgação do comércio na comunidade. “A mídia só enfoca a violência em Roda de Fogo, e também não mostra nosso trabalho”, queixa-se um dos integrantes da Agência.

    Exemplos como o da Roda de Fogo aproxima mais as pessoas de sua realidade. Não os mantém distante em relação ao que a “grande mídia” coloca, dando aquela sensação de vazio ao não participar do reveillon em Copacabana, o carnaval em Recife, Olinda, Salvador, São Paulo ou Rio de Janeiro. Fazer algo independente, antes de ameaçar a “grande mídia”, é fazer com que as pessoas se aceitem.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Um pouco da história e da cultura de Olinda

    Fala-se tanto no carnaval de Olinda, tradições, fantasias, ladeiras, cultura, e o próprio nome da cidade, mas não dá tempo de explicar como se deu tudo isso. Um pouco de história não vai fazer mal.


    Em 1500, como sabemos, o litoral brasileiro foi explorado. Em 1501, mais particularmente, foi a vez do litoral pernambucano. Os portugueses exploraram a região em meio a ameaça de invasão por parte dos Holandeses. A partir disso, em 1530, uma organização foi montada para conter os inimigos. A lógica era: Governo-Geral (central), Capitanias Hereditárias e Vilas. A subordinação acontecia: capitania hereditária subordinada ao governo-geral e as vilas subordinadas a capitania hereditária e ao governo-geral. Todos tinham autonomia de governo, lógico sob a tutela do governo-geral.

     A capitania de Pernambuco foi dada pelo governo português em 1534 a Duarte Coelho . Este tinha a função de administrar e denominar as vilas. E aí que nasce Olinda. Ao chegar na vila e avistar sua beleza disse: “Ó-linda situação para construir uma vila”. Mas o nome só foi oficializado após a expulsão dos holandeses de Olinda, que foi incendiada na batalha. Olinda foi reconstruída em meio às igrejas feitas pelos jesuítas que vieram catequizar os índios, pondo em prática as idéias da Contra-Reforma religiosa católica, que tinha discurso de inibir o crescimento do Protestantismo tão crescente na Europa.

    Olinda não só cresceu por causa de suas igrejas, o dinâmico comércio feito por portugueses, negros africanos e até alguns remanescentes holandeses deu a Olinda tempos depois a condição de capital do estado de Pernambuco. Condição perdida logo em seguida para Recife em batalha e também por causa do forte comércio recifense, que tinha na tradição de comércio dos holandeses o cargo chefe com Maurício de Nassau.

    Por causa desses acontecimentos, Olinda foi uma das principais cidades do período colonial, e sem exagero, uma das cidades que deu impulso ao início da nossa civilização. Nela, os ritos dos africanos escravizados estão presentes, também monumentos, irmandades católicas, grandes igrejas (de estilo barroco) e artesanato. Essas manifestações serviram de sustentação para o carnaval.


    O carnaval tendo relação com religião, não teve apenas um tipo de protagonista, uma única cultura. Brancos portugueses e holandeses, ameríndios, negros e tantas outras culturas têm suas manifestações garantidas para serem mostradas nas ladeiras de Olinda. Culturas isoladas se juntaram para se tornar uma única cultura, a síntese do carnaval multicultural de Olinda.


    Devido à mistura, é possível ver fantasias diversas, desde santas virgens a surfistas. E até Tutankamons, super-heróis, fredy Mercury prateados, que nada tem lógica com o tempo e geografia de Olinda. Mas o que importa é a irreverência, a brincadeira e a confraternização.


    A mistura é também musical. Blocos e grupos tocam de tudo. Frevo, Maracatú, Axé, Mangue-Beat, Caboclinho e tantos outros que vier na cabeça.


    O bloco mais tradicional é o Homem da Meia Noite. Neste horário na madrugada de domingo para segunda ele sai nas ruas de Olinda, em volta do público que o espera com ansiedade. O bloco foi criado em 1932 e até 1967 era o único da cidade. Em meio ao imaginário popular, simbolicamente o Homem da Meia Noite casou com a Mulher do Meio Dia e desse fruto nasceu o menino da tarde, que casou com a menina da tarde. A tradição foi se construindo por história em cima de história.

    Em 1982, a UNESCO declarou Olinda como Patrimônio Cultural da Humanidade (material e imaterial).

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Judiciário não se entende quando o assunto é o diploma da profissão de jornalismo

    Depois da suspeita decisão do Superior Tribunal Federal, em junho do ano passado, em extinguir a obrigatoriedade do diploma para a profissão de jornalismo, diversos setores da sociedade brasileira divergem em suas opiniões sobre a decisão do STF. A polêmica não gira só em torno da sociedade civil, especialistas, políticos e empresários. Ela existe dentro do próprio Poder Judiciário. Órgão como a OAB, abomina veementemente a decisão do STF. E até juízes que atuam em seus estados, divergem quando vão julgar algum caso que envolva a questão.


    O juiz Rafael da Silva Marques, de Porto Alegre, determinou que o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul aceite em seu quadro social dois indivíduos não formados em Jornalismo. Um advogado e uma médica, após terem seus pedidos de registro negado pelo Sindicato local, voltaram no mesmo dia com um mandado de segurança em que obrigava o Sindicato a filiá-los. Toda essa ação teve um motivo. É que a nova carteirinha de registro profissional emitida pela Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ) começou a ser entregue, e essas pessoas queriam essa nova carteira, válida por 3 anos. Só que a FENAJ apenas poderá enviá-la depois de receber dos Sindicatos locais uma lista de profissionais, porem os Sindicatos registram apenas os profissionais diplomados. Por isso o motivo da briga.


Obs: vale lembrar que após a decisão do STF, o registro dos diplomados ou não ficou em responsabilidade da FENAJ. E a instituição já declarou abertamente que vai registrar apenas os diplomados. Resumindo, Sindicados e FENAJ não admitem os sem diploma, ou seja, só os profissionais com diploma terão registro como jornalista. Com exceção desses casos como o citado, em que a justiça passa por cima de tudo e todos:

1 – entra com pedido na justiça

2 – justiça manda ingressar no sindicato

3 – sindicato envia o nome para a FENAJ

4 – FENAJ envia a carteirinha

5 – sem freqüentar a universidade, indivíduo exerce a profissão

6 – A sociedade perde ao ter contato com achismos desprovidos de investigações, chegando a consumir informações irreais que obscurecem os verdadeiros problemas do país, alem de deixar bandidos à vontade.

    Já em Belo Horizonte, um Projeto de Lei aprovado desde o mês passado torna obrigatório o uso do diploma para funcionários da Câmara Municipal que exercem a função de jornalista ou assessor de imprensa nos Poderes Legislativo e Executivo. A autora da PL667/09 que deu origem à Lei 9.82, de 10 de janeiro de 2010, disse que a obrigatoriedade do diploma tem o propósito de garantir a importância da formação acadêmica e técnica em faculdades especializadas. Luzia Ferreira ainda argumentou que a formação superior representou um avanço para o desenvolvimento da profissão, zelando pela qualidade da informação repassada à sociedade.


    E num concurso para jornalista da Universidade Federal do Paraná (UFPR), um aprovado sem diploma teve seu pedido de liminar negado pela justiça, contra a universidade. Pois, no edital do concurso, claramente estava exigindo o diploma para exercer o cargo. Mas querendo dar uma de esperto, o candidato arquitetou uma possível aprovação e imediata entrada com pedido na justiça para ser aceito. Porem, de forma justa, não obteve êxito.


    Por esses e outros exemplos, que a justiça se mantém confusa em relação ao diploma de jornalismo. A decisão do Exl. Senhor Gilmar Mendes não é unanimidade em nosso país. Esse cidadão por ser investigado pela imprensa, tomou as rédeas e na base de argumentos fracos e de seu poder como Presidente do Superior Tribunal Federal deu uma marretada que atinge a democracia e sua sociedade.


    Outro atentado à imprensa foi o do Presidente do Senado, José Sarney. Após ser denunciado pelo jornal O Estado de São Paulo por desvio de verba pública e fraudes a favor da fundação que leva o seu nome, decretou censura ao jornal paulista, que já dura meio ano. E ainda se associa censura apenas a ditadura militar.

    São esses atentados a liberdade de expressão que afeta a democracia do país. Comunicação e democracia andam juntas. Calar a imprensa por meio do autoritarismo é uma forma de tranqüilizar os bandidos que mandam no Brasil.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Discurso demagógico das rainhas de bateria é falso e oportunista

    Devido a esse bombardeio da indústria carnavalesca, me deparei com aquelas gostosonas que se dizem celebridades sambando de forma desengonçada. São mulheres que mais parecem lutadores de vale tudo, já que várias características femininas como carisma e sensibilidade somem. E o pior não é isso. A falsidade não está só nos corpos cheios de cirurgias plásticas, mas também nos discursos.


    É que algumas delas falam que amam as escolas de samba e as comunidades que as representam. O contraditório disso tudo é a ausência dessas mulheres nessas comunidades, pois nunca pisaram lá, e quando vão, é para ensaiar véspera do carnaval na quadra em meio a um aparato midiático e uma tentativa de forçar uma identificação com os moradores do local.


    Ellen Roche, uma loira que várias vezes posou nua, hipocritamente disse: “eu amo minha comunidade”. Como assim minha comunidade? Quantas vezes ela foi lá sem ser período de carnaval? Ela se relaciona com pessoas de lá? Que tal com um homem sério, honesto e trabalhador que ganha um salário mínimo?


    Já Nana Gouvêa, que nem nas novelas chatas do SBT aparece mais, só se mostra nesses momentos de liberação de vestuário. Recentemente ela foi fotografada de mini-saia e calcinha a mostra em visita ao Cristo Redentor. Sem falar no carnaval, que em todos os anos ela está presente, em diferentes escolas de samba. Ela admitiu que recebeu outras propostas de escolas para ser rainha de bateria, mas gaguejou ao não dizer o porque de não ter aceitado a troca esse ano. Imaginem ela dizendo todos os anos para escolas diferentes: “eu amo minha comunidade”. É aquela tal coisa: quem pagar mais para a “celebridade” tirar a roupa, leva.


    As verdadeiras rainhas de bateria deveriam ser as mulheres que moram nessas comunidades periféricas. Assim haveria uma representação autêntica, real e democrática do carnaval de sambódromo, que agora se paga para entrar e tem as intocáveis pessoas famosas como protagonistas. E ainda chamam de “minha comunidade”.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Carnaval verde é possível e depende de cada um

    Para quem pensa que carnaval não tem ligação alguma com o meio ambiente se engana. Geralmente as bebidas, sejam elas alcoólicas ou não, são vendidas em latas de alumínio, e quando consumidas representam muito para empresas, seja no consumo propriamente dito de suas marcas ou no baixo custo de uma reciclagem em relação à produção de novas embalagens. Já no caso da água, as garrafas PET também são valorizadas e são disputadas a tapas por ambulantes que recebem um troco quando as recolhem para essas empresas. De quebra, o meio ambiente agradece por não haver emissões de novas embalagens.


    Uma outra forma de se pensar a diminuição de poluentes no carnaval é quanto aos copos plásticos. Mas como isso acontece? O folião pode levar canecas, garrafinhas e porta-latas para colocar suas bebidas e dispensar os copos plásticos, estes que demoram mais tempo para se decompor na natureza se comparado ao alumínio das latinhas de bebida.

    Sem contar que estarão implantados pontos de coleta seletiva nas entradas e meios dos pólos de folia em algumas cidades brasileiras. É um tipo de coleta que separa o lixo em componentes, em outras palavras, são espaços coloridos e escritos para que determinado tipo de lixo seja jogado num certo local.

    A partir de tudo isso só cabe ao folião ter bom senso e saber que pode brincar e ajudar o planeta ao mesmo tempo, sem sentimento de culpa. Um pouco de esforço e educação não vai doer tanto.

Complexo Industrial move uma cidade,mas fecha os olhos de muita gente

    Durante apenas dois dias, pude presenciar na pele o que suspeitava  e percebi o quão dinâmica está a cidade do Cabo de Santo Agostinho-PE. Notei coisas boas, como ofertas de emprego impulsionadas pelo fenômeno do Complexo Industrial Portuário de Suape. Mas também Certos absurdos que afeta o povo do Cabo, como falta de saneamento, falta de educação, especulação imobiliária e preços abusivos que estão fora da realidade em diversos produtos.


O desenvolvimento que Deveria ser em forma de Benefícios para todos só aparece para alguns. Ruas como um Dr. Washington Luís se mostram esburacadas e com esgoto a céu aberto nas calçadas. E olhe que nesta mesma rua localiza-se uma empresa de Engenharia que presta serviços à Petrobrás, uma empresa Consultora em Recursos Humanos (ESPRO) e uma outra logo acima desta última empresa que presta consultoria empresarial.







    Já na Agência do Banco do Brasil da Rua Presidente Getúlio Vargas, o respeito ao limite máximo de 20 minutos esperando para ser atendido na fila é uma utopia. Nela, as pessoas se mostram impacientes com a demora e com os mal educados. Não é difícil ver jovens saudáveis na fila destinada aos idosos.
    Por falar em falta de educação, também não é difícil tomar um esbarrão e não ouvir pedido de desculpas, dando a impressão de que, se não foi de propósito, você é uma pessoa que não existe.


    Na Avenida Historiador Pereira da Costa a da maior contradição e Cidade na saúde. Durante o percurso é Possível ver Consultórios médicos particulares como a Unimed, Santa Clara, Cerpe e Centro de Diagnóstico Cardíaco tomando conta da cidade, mas de poucos usuários, na mesma avenida sobra uma das poucas unidades de saúde pública como é o caso uma Dr. Manuel Gomes onde boa parte da população demora para ser atendida.
    Como tudo é para empresas, os imóveis, como de se esperar, se valorizaram. Mas se valorizaram de uma forma exagerada e sem merecer. Os donos dos imóveis Colocam os preços dos aluguéis como bem entendem e sem direito um reformas. Qualquer coisa suja e depredada alto aluguel tem, e se quiser Melhoria o inquilino que faça um.
    A valorização segue o mesmo caminho no comércio. Lugares imundos e de mau atendimento cobram o mesmo preço de um almoço num bar organizado. Supermercados com produtos de procedência duvidosa remetem preços iguais ou até maiores que os da linha Carrefour em Recife. Também pude conferir o preço de uma lente de contato em uma ótica ser quase o dobro do que a dos Laboratórios Hope, lugar de excelência no serviço, e não eram de marcas diferentes, eram da mesma marca.

    Por fim, a Empreiteira Camargo Corrêa está construindo vias de acesso que vão desde Jaboatão dos Guararapes ao Cabo por conta de todo o "boom" provocado pelo Porto de Suape. Às pessoas do Cabo sobrará subemprego caso o prefeito e os próximos só mostrarem seus lados de empresários.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ex-dirigente de futebol do Goiás é ameaçado em Recife

Ex-dirigente do Goias E.C e atual do Santa Cruz – PE foi ameaçado por uma torcida organizada do clube pernambucano



    O ex-dirigente do Goias, Raimundo Queiroz, foi ameaçado em Recife pela torcida organizada do Santa Cruz, Inferno Coral. O motivo para tal foi a sucessão de mal resultados que o clube da capital vem acumulando. A gota d’água foi a derrota no clássico na última quarta-feira (3/02) para o Sport em pleno Arruda, casa do Santa Cruz, por 3 a 1.

    No dia seguinte ao clássico, um grupo de torcedores foi à sede do clube coral para cobrar explicações. O grupo pediu a saída do técnico Lori Sandri e do jogador André Leonel (Ex-Atlético-GO), que foi indicado por Raimundo Queiroz, alem da própria saída do dirigente goiano.

    Corajosamente Raimundo Queiroz foi atender os manifestantes, ficando no centro da roda feita, esta de caráter ameaçador. Com direito a gritos, ofensas morais e dedos apontados ao rosto de Raimundo, felizmente nada de grave aconteceu. No final, os torcedores socaram o carro de Raimundo Queiroz, e ainda anotaram a placa e memorizaram o modelo do veículo, dando a entender que uma possível agressão venha a acontecer.

    Visivelmente assustado, Raimundo Queiroz disse que não vai sair por pressão e que nunca havia acontecido algo parecido ao longo de sua carreira. Disse também que irá continuar trabalhando e tomará suas providências dentro da legalidade da lei.

    O ex-dirigente esmeraldino e atual tricolor atendeu a uma das exigências dos torcedores demitindo Lori Sandri e ofuscou-os em outra atitude ao proibir torcedores assistirem a treinos no Arruda, até os sócios serão impedidos.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Programa ambiental criado na cidade de Natal terá participação da comunidade como critério de funcionamento

Programa Troca Ecológica é esperança de diminuição de lixo jogado na capital potiguar e as ações serão tomadas por todos - sociedade, governo e empresários. No fim, todos sairão ganhando.



    Sem demonstrar qualquer caráter arbitrário, o Programa Troca Ecológica dará oportunidade para a população de Natal executar a cidadania em sua própria localidade, sem ter que esperar pelos governantes integralmente. Isso porque ela ficará responsável pela separação do lixo reciclável limpo. A separação deverá ser feita em embalagens plásticas padronizadas. Estas que serão distribuídas sem custos aos participantes através do Município, com selos de identificação denominados de tais formas: papel, vidro, metal e similares; sem levar em consideração materiais orgânicos. Em outras palavras, que não contenham restante de comida.

    E o motivo para o nome do Programa ser Troca Ecológica tem explicação.Pois a cada dez quilos de lixo limpo recolhido pelo participante e entregues nos caminhões especiais do Programa, haverá o recebimento de benefícios contidos na forma de um vale social. Este terá suas diretrizes conhecidas após a regulamentação do Programa, que será feita pela prefeita Micarla de Sousa em até trinta dias, contados a partir da publicação de 28/01/10 da Lei Nº. 6.060 no Diário Oficial do Município. Vale ressaltar que a Lei começa a funcionar no momento em que o documento é aprovado e publicado pela Câmara Municipal, e não quando a prefeita o regulamenta. A regulamentação servirá para o conhecimento do Programa à população, dos possíveis participantes, e também, para divulgação na imprensa.


    O lixo reciclável limpo após recolhido pelos caminhões especiais, passará por outro processo de separação afim de que o Município promova leilões específicos com empresas do ramo. Os locais e horários para a coleta do material por esses caminhões serão definidos também na regulamentação.


    Já o órgão responsável pela coordenação do Programa Troca Ecológica será a Secretaria Municipal de Urbanização e Meio Ambiente (SEMURB), com participação da Divisão de Educação.

    No fim, todos sairão ganhando. O Município que arrecadará com os leilões e não precisará ter altos custos com os possíveis danos provocados pelas enchentes, sem contar que isso representa mais verba para viabilização de programas como esse a favor da comunidade; o empresariado que não precisará gastar tanto para produzir um produto já que o custo para reciclar é mais compensatório; a população em geral e de quebra, os turistas, já que todos terão a disposição uma cidade limpa e agradável.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Muito alem do cidadão TV

Num país que tem poucos leitores, viver da escrita é uma verdadeira Odisséia e precisa ter muita coragem para faze-lo. E que assim Ignácio de Loyola Brandão se porta diante do seu trabalho, privilegiando jovens leitores afim de mudar essa realidade. Mas não é fácil, ainda mais quando ALGUNS outros conteúdos midiáticos apresentam um cotidiano diferente do que o realmente vivido por algumas pessoas.


Numa de suas viagens a trabalho, Ignácio de Loyola foi perguntado por uma criança no Acre a respeito de um livro didático de geografia para o primário:

- Como o metro é??

- É um trem que passa de baixo da terra, respondeu o escritor

- Sério? Que Ser legal, DEVE muito interessante


Ignácio de Loyola percebeu com isso que até os livros escolares são feitos para crianças que estão longe de ter acesso aquela realidade palpável presente nos livros. O que gera uma rejeição ao lugar que vive, justamente por este não Apresentar as características físicas de outros que mostram como se "civilizados". Mas ao mesmo tempo é uma coisa boa, já que serve de estímulo para mais leitura, saber que o mundo não é só aquele que que Vivem em e ele tem muito a Oferecer, é claro, alem de ser uma Possibilidade de ascensão pessoal e profissional .

Outro caso que surpreendeu Ignácio de Loyola, mas de forma positiva, foi no Piauí. Apesar da realidade parecida com a do Acre, o que se percebeu foi muita ação. Ignácio de Loyola se sentiu feliz ao ver uma boa quantidade de bibliotecas instaladas em escolas públicas do Estado. E isso já vem trazendo resultados. Uma boa quantidade de leitores jovens e boas colocações a nível de Brasil nos últimos anos do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM).

Mesmo sermos, historicamente, dominados por conteúdos televisivos, a leitura se apresenta como alternativa de libertação. Libertação das idéias, do tédio, da nossa pequena visão de mundo, da falta de informação e da manipulação dela, e, da vida.