sexta-feira, 20 de agosto de 2010

De experimentados aos que vão experimentar

    Para o último dia da semana de recepção aos calouros do segundo semestre do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o Centro Acadêmico Berilo Wanderley (CABW) convidou profissionais que atuam na área para contar suas respectivas trajetórias na noite dessa sexta-feira (13) no auditório do Labcom. Atalija Lima, Érika Zuza, Yuri Borges e Lucimara Rett compuseram a mesa redonda, que foi mediada pelo professor Ruy Alckmin Rocha.


    Atalija Lima é jornalista formada desde 2004 pela UFRN e atualmente trabalha na rádio 89 fm. Confessa que nunca pensou em trabalhar no rádio, mas a convite aceitou. “Desde que entrei na faculdade a minha vontade era de trabalhar no meio impresso, mas como surgiu essa oportunidade legal, topei”, disse. Oportunidade não só profissional como financeira, ponto tão enfatizado por ela. “Não dá para negar que a questão salarial pesa na nossa área, na qual infelizmente se ganha pouco”.

    Já Érika Zuza começou na TV Universitária (TVU), passou pelo meio impresso, fez assessoria de imprensa, já deu aula na UFRN como professora substituta e hoje é repórter da Intertv/Cabugi, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Norte, e faz mestrado em TV Digital em São José dos Campos-SP. Tanta versatilidade é explicada por ela numa tentativa de busca em que o jovem experimente todas as possibilidades para que encontre uma forma de se sentir mais a vontade. “O campo da comunicação oferece muitas possibilidades, e talentos tem aos montes, basta experimentar o que estiver disponível, e assim encontrar aquilo que mais gosta. No meu caso foi a TV”.

    A definição daquilo que mais gosta, porém, não é o forte do jornalista Yuri Borges. Apesar de ter passado por diversos meios assim como fez Érika Zuza, ele viu vantagem em cada um. Seu primeiro estágio foi na Intertv/Cabugi como pauteiro, depois foi para o Diário de Natal, passou para uma revista e hoje é editor de conteúdo do portal Nominuto.com. Para Yuri Borges todos os meios tem o seu encanto. “A TV tem a imagem, o jornal impresso a objetividade, a revista um maior tempo para se fazer uma matéria mais aprofundada e a internet dá a instantaneidade”, disse.

    Momentâneo é também o processo de comunicação. A publicitária e professora da UFRN Lucimara Rett explicou para os calouros que a comunicação era feita antes de “um para um”, passou e “um para muitos” e agora é de “muitos para muitos”, o que dá a liberdade das pessoas de criar e produzir, além da importância das redes sociais nesse processo. Lucimara somente descobriu a área da comunicação quando estava nela. Era técnica em eletrônica na TV Vanguarda de São José dos Campos-SP quando precisaram de alguém para fazer edição de vídeo, ela topou e a partir daí descobrira o que queria. Largou a Engenharia para fazer Comunicação. Trabalhou com Marketin durante 12 anos na própria TV Vanguarda, fez especialização até passar na prova de admissão da UFRN.

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