segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A política de parasitar


Está marcada para essa semana a votação no Congresso Nacional para a criação da Autoridade Pública Olímpica (APO), autarquia responsável pela supervisão de projetos e obras dos Jogos de 2016 no Rio de Janeiro. A pauta ainda não foi aprovada porque há discordâncias no texto de apresentação. Enquanto o texto original dá amplos poderes a união em detrimento ao estado sede, o governador Fluminense Sérgio Cabral e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, querem mais que dois representantes dos sete no consórcio público – cinco são da união.

Mas o maior problema da APO não são as divergências entre os políticos, é a roubalheira mesmo. Vejamos: No texto sobre a APO, diz-se que para geri-la serão criados 484 cargos comissionados. Para agravar ainda mais a questão, a faixa salarial das pessoas que assumirem esses cargos serão na faixa de 18 a 22 mil reais. Isso mesmo, 18 a 22 mil reais.

Pelo jeito nada de concurso público será feito para que os mais capacitados possam assumir os cargos. Ainda mais com o corte de 50 bilhões anunciados semana passada, juntamente com a suspensão, pelo menos no ano de 2011, dos próprios concursos e das nomeações.O salário gordo da APO vai ser pela indicação dos compadres mesmo.

Ah,ia esquecendo, o corte de 50 bilhões é uma loucura. O estado brasileiro arrecadou somente de janeiro até agora 169 bilhões em impostos. É ou não um absurdo tudo isso? Imagina o montante no final do ano? Talvez nem tanto com esse número de cargos comissionados.

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