sábado, 30 de abril de 2011

Poucos jornais têm um Ombdsman


A coluna destinada ao ombudsman do jornal O Povo, do Ceará, é escrita pelo jornalista Paulo Rogério. O responsável pelo cargo tem a função de receber críticas, sugestões, reclamações e deve agir em defesa da população que adquire os serviços de comunicação. Ele atua como um verdadeiro representante dos interesses da comunidade no quesito do tratamento da informação.

O espaço no referido jornal é preenchido uma vez por semana,sempre aos sábados. Antes do conteúdo propriamente dito na coluna, Paulo Rogério inicia sempre com uma citação de algum profissional da comunicação sobre as práticas nos meios e a questão da ética, com a tentativa de provocar a reflexão sobre o fazer jornalístico. Os títulos são sempre alusivos e subjetivos, sem o uso de verbo e frases em ordem direta que caracterizam o título noticioso.

A estrutura do corpo do texto é construída inicialmente por um comentário sobre alguma matéria mais especial da semana, que teve maiores desdobramentos, aquela que provocou mais repercussão, e por tal razão, admite uma maior dedicação e espaço com várias linhas escritas pelo articulista. 

Em seguida os outros comentários de outras matérias menos impactantes da semana são expostos, também com títulos alusivos que expõem a opinião do responsável. Nestes casos, é possível ver tanto textos de extensões médias assim como textos mais curtos de uma ou duas linhas, como nos casos de breves discrições nas partes “Fizemos bem” e “Fizemos mal”.

Sobre o conteúdo em si dos comentários da coluna do último sábado (23), é aparentemente notório que o ombudsman vem cumprindo com o papel que lhe é recomendado. Existe tanto coisas favoráveis como desfavoráveis ao veículo para qual trabalha. Ele reclama da falta de cobertura que poderia ser mais explorada em determinado caso, esquecimento de datas importantes para a humanidade, falta de contextualização nas matérias e esquecimento de finalização sobre um evento. A parte boa foi o elogio a uma série de reportagens feita pelo jornal com o tema das marés que atingem a capital.
A seguir, a coluna completa do ombudsman:

Silêncio assustador
23.04.2011
O jornalismo investigativo está morto. Sobrevive, tão somente, em salas de aula. Apenas porque lá repórteres engravatados vão dar palestras.”
Claudio Julio Tognolli, jornalista e professor da ECA - SP

Um ano se passou do assassinato do ambientalista José Maria Filho, o Zé Maria do Tomé, em Limoeiro do Norte, e nada foi esclarecido ainda. Mas, pior mesmo que a duvidosa capacidade da Polícia em desvendar o mistério, só o silêncio da imprensa diante do caso. Um silêncio assustador. Onde anda o tão defendido jornalismo investigativo capaz de fugir dos boletins de ocorrência, de entrevistar personagens envolvidos ou de analisar fatos e descobrir fatos novos até responder a questões como: Quais interesses estavam envolvidos na morte dele? Quem lucrou? Quem perdeu? Em que linha a Polícia está atuando? Enfim, fazer o seu papel de cobrança junto às autoridades e procurar a verdade.

Na edição do dia 21 a manchete da editoria Ceará - “Um ano da morte de Zé Maria e crime segue sem solução” - até que tocou no assunto. Repórter e fotógrafo foram enviados especialmente até Limoeiro. Porém a matéria restringiu-se a mostrar o protesto, o drama da viúva do ambientalista e o lançamento de uma campanha contra uso de agrotóxicos. O abre da matéria ainda anunciou que “as investigações sobre o crime continuam”. Isso ficou por conta do jornal afinal ninguém da Polícia foi procurado para dar detalhes de como “continua” a investigação. A única menção sobre ela surgiu em declaração da viúva de Zé Tome: “Só sei que está na Delegacia de Homicídios”. E era para estar onde? Na Delegacia do Turismo?

A viúva não tem culpa de não saber detalhes. Deve ter até medo de se aproximar da Polícia. Mas repassar esse tipo de informação é um ultraje à inteligência do leitor. Não há no texto qualquer menção de contato com a referida delegacia para saber o andamento da investigação. Porque essa demora? O jornal se limitou ao simples relato do protesto e do sentimento de impunidade que a população vive. Perdeu a oportunidade de se aprofundar no problema e mostrar o que está sendo feito. Um trabalho que era para ser produzido bem antes do deslocamento de repórteres.

ANTECIPOU...

Uma das lições básicas do jornalismo impresso é que o leitor não é obrigado a ler jornal todo o dia. Parece primário, mas a rotina da Redação leva muitos profissionais a pensarem que todo leitor está acompanhando diariamente o que é publicado, que já sabe os antecedentes de uma notícia e nem precisa de qualquer contextualização. “Ora, se já demos esse detalhe antes, não precisamos dar mais” pode pensar o jornalista. Mas não é bem por ai. Quando se trata então de datas comemorativas a situação tem se mostrado bem diferente.

Dois fatos recentes ilustram o caso. No último dia 12 comemorou-se o cinquentenário da primeira viagem do homem ao espaço. O POVO não deu uma única linha na edição daquele dia. O fato já havia sido mencionado dois dias antes, na seção Cosmos do caderno Ciências & Saúde. Na semana passada, dia 19, o cantor Roberto Carlos completou 70 anos. Uma data marcante e um artista popular, ingredientes suficientes para um bom ponto de leitura. Novamente o fato passou em branco na edição daquele dia. Tudo sobre o aniversário e a carreira do “Rei” foi publicado quase 15 dias antes, na edição do dia 3 do Vida & Arte Cultura.

...E ESQUECEU

Anteciparam tanto o fato que no dia exato esqueceram. E o leitor que não vinha acompanhando o jornal por qualquer motivo ficou sem saber de nada. O ombudsman foi um. No dia 3, um domingo, estava de férias, longe do Ceará e sem qualquer exemplar do O POVO por perto. Assim, no dia 19, como um leitor comum, estranhei ao não ver nada sobre o Rei. Nos dois casos os editores justificaram que já haviam tratado do assunto anteriormente. Não viram necessidade de voltar ao tema.

Discordo e senti na pele isso. Antecipar para produzir um material especial é válido, mas deve-se fazer o registro histórico no dia correto. O leitor de hoje nem sempre é o mesmo de ontem e o leitor de amanhã, se não encontrar, pelo menos os fatos do dia, pode nem se interessar mais pelo jornal.

PALESTRAS

O ombudsman do O POVO terá duas atividades fora do jornal durante esta semana. Amanhã estarei debatendo com estudantes de Jornalismo da Faculdade 7 de Setembro (FA7), a partir das 19 horas. Participo ainda, como palestrante, de curso para ouvidores da Prefeitura de Fortaleza em data a ser confirmada ainda.

FOMOS BEM

AVANÇO DO MAR. Série de matérias fez um bom raio x da degradação do litoral cearense.

FOMOS MAL

MEIA MARATONA DE FORTALEZA. Até hoje leitor não sabe quem venceu e como foi a prova.

ESQUECIDO PELA MÍDIA

Como anda projeto de criação do Conselho Estadual de Comunicação?
Paulo Rogério

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Igor Chech ou Igor Chivu?

O desespero do Náutico



O Náutico está desesperado com a possível perda do hexa estadual para o rival.Por isso criam nos bastidores um clima de guerra para tentar desestabilizar o adversário (que ganhou por 3 a 1 no 1º jogo) na partida de volta.Com esse jogo sujo,o presidente do Náutico, Berillo Júnior, quer jogar Federação,imprensa e opinião pública contra o Sport. O último episódio foi de acusar dirigentes do Sport a tentar subornar o pai do meia do Náutico, Eduardo Ramos, com o pagamento de R$ 300 mil em troca de fazer corpo mole, ser expulso, fingir contusão ou qualquer coisa que prejudique seu time.

Vejamos bem:nada foi provado,nem esse caso nem os de domingo em que o dirigente do Náutico acusou de terem apagado o vestiário em que o time estava após o jogo, prejudicando uma entrevista coletiva e o arremesso de uma grade que perfurou o teto do ônibus timbu.A verdade foi que o fio de energia foi cortado por uma manobra do próprio ônibus; e segundo um setorista de uma rádio local, a grade foi jogada pela própria torcida do Náutico que ficou chateada com o desempenho do time naquele jogo.

Resumindo,quer tumultuar.Não tem time para ganhar dentro do campo e ficam apelando para tudo.

E Hélio dos Anjos avisou no último domingo para a Federação ficar de olho nas coisas ruins para o campeonato que poderiam acontecer em uma semana. Ele se referia a violência dentro e fora de campo, a escolha do árbitro e a ação de dirigentes nos bastidores.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Bronca:Náutico acusa Sport de oferecer dinheiro a jogador de seu clube para facilitar jogo


A diretoria do Náutico diz ter provas de que dirigentes do Sport estariam tentando subornar o meia Eduardo Ramos, para que o atleta abandonasse o segundo jogo das semifinais do Campeonato Pernambucano ainda no primeiro tempo. 

De acordo com essas informaçõse, o valor oferecido ao pai do atleta, Carlos Antônio Martins, teria sido de R$ 300 mil e a conversa num restaurante em Boa Viagem, no início da tarde desta quinta-feira (28).

A informação repassada pela assessoria de imprensa foi de que o genro do vice-presidente de futebol rubro-negro, Severino Otávio, o Branquinho, teria sido o responsável pela oferta.

Há mais de um mês o Sport procurou o jogador oferecendo dinheiro para Eduardo Ramos não jogar com o Náutico, fazer corpo mole, pedir para sair ou ser expulso. Temos gravações e fotos para provar“, explicou a assessora de imprensa do timbu, Ana Campos. O dirigente do Náutico que diz ter visto a oferta foi Toninho Monteiro, vice de futebol.

O próximo passo é uma reunião com o vice-presidente jurídico, Ivan Rocha, para os alvirrubros definirem qual medida tomar contra o Sport. Carlos Antônio também teria pedido proteção policial, pois estaria se sentindo ameaçado.

Pelo lado rubro-negro, Severino Otávio disse ter sido pego de surpresa e procurou a versão do genro, identificado apenas como Daniel. Ele confirmou o almoço com o pai de Eduardo Ramos no mesmo restaurante citado pelos alvirrubros mas afirmou que o esposo de sua filha é amigo pessoal de Carlos Antônio. “Ele conhece o pai de Eduardo Ramos desde a passagem dele pelo Sport (ano passado)“.

O que teria acontecido foi uma agressão física e verbal de Toninho Monteiro contra Daniel. O mesmo prestou queixa na Delegacia de Boa Viagem contra o dirigente alvirrubro. “Como uma pessoa iria oferecer suborno num lugar público e ainda por cima com a esposa do lado. Meu genro não é diretor do Sport nem tem qualquer envolvimento em futebol“.

Ele também não perdeu tempo em alfinetar o rival. “É lamentável toda essa situação. Fiquei sabendo por telefone. Se os diretores do Náutico não confiam no jogador deles problema deles. Qualquer jogador do Sport não tem problema nenhum em conversar com dirigentes do Náutico”.

Carlos Alberto Oliveira:"Sport ou Náutico,alguém vai se dar mal no extracampo"


Vou dizer a você. Não vou poupar ninguém. Quem estiver na frente vai ser atropelado. Um dos dois vai se dar mal. É preciso responsabilidade nessa história e estou indignado. Já organizei 16 campeonatos e nunca houve isso. Estamos perto de uma Copa do Mundo, com grandes patrocínios, TV envolvida, apoio do governo do estado, com uma campeonato muito bom. Não é brincadeira de menino buchudo. Estou horrorizado. Ninguém vai desmoralizar o Campeonato Pernambucano de 2011.”

Frase de Carlos Alberto Oliveira, presidente da Federação Pernambucana de Futebol, em entrevista ao blog sobre o a denúncia de suposto suborno, no qual o Náutico acusa o Sport de ter tentado aliciar Eduardo Ramos para a semifinal do Estadual.

Veja mais declarações do mandatário, visivelmente revoltado com o episódio.

Estou envegonhado. É uma vergonha para todo o futebol pernambucano.Estão querendo denegrir a nossa imagem e vou apurar tudo. Não tem isso de mostrar prova só na segunda-feira. Eu vou ver amanhã (sexta). Já falei para Berillo. Ele tem que mostrar. Se não mostrar, irei ao Ministério Público, ao Tribunal de Justiça Desportiva ao Juizado do Torcedor. Parado eu não vou ficar.”

Ninguém vai desmoralizar o campeonato. Ninguém! Doa a quem doer. Não tenho rabo de palha para isso. Não sou ditador, sou um homem sério. O campeonato não vai parar e não há menor hipótese de acontecer isso. Se o Sport for culpado, vai haver processo criminal e pode ser até banido do futebol. Com o Náutico, a mesma coisa. Se for falso, só para tumultuar, também vai ter processo de calúnia, suspensão.”

Eduardo Ramos condenou atitude do Sport e se emocionou ao falar do pai
 
O meia Eduardo Ramos, centro da polêmica pré-clássico entre Náutico e Sport, conversou com a imprensa sobre a suposta tentativa de suborno da diretoria rubro-negra para o afastar dos duelos decisivos do Pernambucano. O jogador chorou ao comentar sobre a situação do pai, o pecuarista Carlos Antônio Martins, quem teria recebido a proposta para convencer o filho a não participar dos confrontos, em troca de R$ 300 mil.

O pai de Eduardo Ramos chegou a declarar nesta tarde de quinta-feira, em entrevista coletiva nos Aflitos, temer represália e, inclusive, garantiu pedir proteção à polícia. "Meu pai é uma pessoa muito humilde, sem maldade. Não precisa de nada disso, pois a vida vale muito mais", declarou, visivelmente emocionado.

O meia alvirrubro afirmou ter tomado ciência da suposta tentativa de suborno nesta quinta-feira, apesar de as propostas dos rubro-negros, segundo a diretoria do Náutico, teria surgido há algumas semanas. "Soube dos dois lados, pois ainda tenho amigos no Sport. Todo mundo comentou. Para mim, nunca chegou nada a respeito de oferta. Pois, aí, já seria o cúmulo. Eu tenho minha honra e meu caráter", declarou o atleta.

Sobre a possibilidade de o jogo tomar um rumo negativo devido ao fato entre as diretorias dos clubes e às trocas de ameaças entre torcidas organizadas via internet, Eduardo Ramos respondeu: "Tomou um lado que não é bom. Todos esperam jogo bonito e que as pessoas cheguem em paz em casa."

O jogador prometeu empenho para o duelo do próximo domingo, onde o Náutico precisa vencer o Sport por, ao menos, dois gols, para avançar à final do PE2011. "Dentro de campo, vou tentar ajudar. Estou muito focado e sei da importância do jogo. O grupo está blindado e não vai deixar algo assim atrapalhar", declarou.

Eduardo Ramos diz estar tranquilo sobre qualquer eventual receio da própria torcida alvirrubra. "Se eu levar cartão, perder gol, vai ser por motivo de jogo, podem ter certeza", assegurou. Ao término da entrevista, o meia provocou o ex-time. "Poderiam ter me oferecido este dinheiro para eu ficar, ano passado. O Sport tem que apostar no time dele", alfinetou.

“Casamento real” e os súditos da mídia

Por Altamiro Borges

A busca por audiência não deve ser a única justificativa para a overdose midiática na cobertura do “Casamento Real”. Revistonas dão capas melosas para a união do príncipe William com a “plebéia” Kate. Jornalões gastam papel com fofocas e futricas. O pior, porém, ocorre nas emissoras de televisão – em todas elas, sem exceção. Blocos e blocos nos telejornais para divulgar banalidades.

A mídia corporativa parece adorar a vassalagem. É servil diante das monstruosidades imperiais dos EUA, assim como é vassala diante da monarquia decadente da Grã-Bretanha. A mídia dominante reproduz a ideologia das classes dominantes. Criminaliza os pobres e reverencia os ricaços – inclusive as ostentações e sandices da decrépita “família real”.

Monarquia decadente e parasitária

Na difusão dos valores “morais” da aristocracia, a imprensa sensacionalista deixa de lado até as agruras do capitalismo no país. No primeiro trimestre deste ano, o PIB britânico cresceu apenas 0,5% - após uma contração, também de meio por cento, nos últimos três meses de 2010. Milhões de trabalhadores estão sem emprego e salário, mas a mídia só fala no tal “casamento real”.

A decadente monarquia agradece tanta vassalagem. Com as festanças, ela tenta sair do atoleiro. No ano passado, a “família real” foi obrigada a cortar 12,2% das despesas oficiais com sua vida parasitária. Mesmo assim, a realeza custou mais de 46,1 milhões de euros para os contribuintes britânicos – seis vezes mais do que outra monarquia decadente, a da Espanha.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Raça rubro-negra

(Depois de levar 20 pontos na cabeça em uma entrada maldosa,zagueiro Igor do Sport se coloca à disposição já no próximo domingo)

Em gravação, Roberto Requião ameaça agredir jornalista


Por Portal IG

Conhecido pelo seu destempero (já deu esporro em agente penitenciário e deu um soco no presidente do PPS num aeroporto) o ex-governador do Paraná, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) ficou irritado com uma pergunta sobre a aposentadoria que recebe como ex-governador ameaçou fisicamente um jornalista, na tarde da última segunda-feira (25),antes de tomar seu gravador.

"Já pensou em apanhar, rapaz?", disse o parlamentar. O trecho da gravação foi publicado esta noite pelo próprio Requião em seu site. O repórter da Band que entrevistou o parlamentar, Victor Boyadjian, afirmou, contudo, que o áudio de 4 minutos e 19 segundos não contém a íntegra da entrevista.

"Segui o parlamentar pelo Senado pedindo o gravador, que continuava gravando, no qual ele repetia que tinha vontade de me bater. Essa parte foi apagada", disse Boyadjian. Após o jornalista procurar a Secretaria de Imprensa do Senado, o aparelho foi devolvido pelo filho de Requião, Maurício Tadeu, porém depois de ser apagada toda a entrevista.

Na entrevista, o repórter fez seis perguntas ao senador. As três primeiras tratavam de inflação e de corte de gastos pelo governo federal. Os três questionamentos restantes se referiam à pensão recebida pelo ex-governador.

Perguntado se estaria disposto a abrir mão da aposentadoria, Requião afirmou: "Por que abriria mão? Essa pensão no Paraná existe há 40 anos. Todos os ex-governadores recebem". O senador acrescentou que usa a aposentadoria para pagar multas.

"Quando eu chamei de ladrões os que haviam predado o patrimõnio do estado do Paraná, passei a ser condenado em multas. Os ladrões ainda não tinham sido condenados em instância final", disse. "Estou usando essa pensão para pagar as multas que me foram injustamente impostas na defesa do interesse público".

Em seguida, Boyadjian perguntou se o salário de senador não era suficiente para pagar as multas. Requião respondeu: "O salario de senador é um bom salário. No meu gabinete é o menor. Todos os funcionários de carreira do Senado ganham mais do que o senador, e não é só no meu gabinete que acontece isso".

Ao que o jornalista insistiu: "Mesmo se houver pressão inflacionária, os gastos do governo do Paraná estiverem comprometidos, mesmo assim não abriria mão..", sendo então interrompido pelo parlamentar. Procurada pelo iG, na noite desta segunda-feira, a assessoria de imprensa de Requião disse que o senador só falaria sobre o caso na terça-feira.

No microblog Twitter, Requião justificou ter tomado o gravador do jornalista argumentando ser dono da entrevista. "Acabo de ficar com o gravador de um provocador engraçadinho.Numa boa,vou deletar.É minha, divulgo eu, na íntegra e sem edição", escreveu o senador. Em outras mensagens, se disse vítima de "bullying".

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O perigoso jogo de domingo


Assim que terminou o jogo entre Sport 3 x 1 Náutico no útimo domingo (24), o técnico rubro-negro Hélio dos Anjos falou à Rádio JC/CBN sobre o perigo que ronda o jogo do próximo domingo em que as equipes farão o jogo de volta nos Aflitos, território alvirrubro. Hélio pediu muita atenção da Federação Pernambucana de Futebol para os possíveis incidentes negativos que podem acontecer neste jogo, envolvendo as torcidas, as diretorias, arbitragem, polícia e jogadores, por se tratar de um evento histórico.
(Geração histórica do Náutico de 1960 e atual elenco do Sport que quer qubrar sequência)

O único hexacampeão do estado é o Náutico, que conquistou o feito na década de 1960. O Sport já bateu na trave em duas vezes quando estava com cinco campeonatos e não conseguiu igualar o feito do adversário ainda. Neste presente ano o Sport vai tentar pela terceira vez chegar aos seis títulos estaduais seguidos, por isso o confronto é o tão esperado do campeonato. Muitos pensaram que o confronto iria acontecer na partida final, até por serem os mais fortes do campeonato, mas quis o destino e a campanha dos dois times na primeira fase, que eles se pegassem nas semifinais.


(Zagueiro Igor levou 20 pontos na face após entrada de Ricardo Xavier com as travas da chuteira)

No primeiro jogo, vantagem do Sport. Ganhou por 3 a 1 e fez o Náutico necessitar de fazer gols no jogo de volta em seu estádio. Fiquei pensando que por isso o experiente técnico leonino Hélio dos Anjos deu declarações de contenção de ânimos para o próximo jogo, pois bobo nem nada quer frear qualquer tipo de reação do adversário. “Peço encarecidamente a Federação tem que ter uma atenção especial com esse jogo, trata-se de uma história que vai estar em campo. A batalha vai ser dentro, mas pode extrapolar para o lado de fora”, disse.

Ao mesmo tempo em que Hélio dava a entrevista, o vestiário do Náutico estava sem luz após a partida e por conta disso a entrevista coletiva com o técnico Roberto Fernandes foi cancelada. Não bastando, foi arremessada uma grade de ferro no ônibus do Náutico, perfurando o teto do veículo. O presidente alvirrubro Berillo Júnior disse o seguinte: “Eles esquecem que terão o jogo da volta”, instalando um clima de guerra. No intervalo da partida a polícia atirou gás de pimenta a esmo na torcida do Náutico para apartar uma briga, crianças, mulheres e idosos passaram mal.

A nota triste do final de semana foi a morte de um torcedor do Náutico que levou vários tiros de um torcedor do Sport após uma discussão depois da partida na cidade de Limoeiro-PE.

Pelo jeito, Hélio dos Anjos não estava de flerte, as coisas aconteciam antes mesmo do jogo de volta.


FICHA DO JOGO

SPORT

Magrão; Renato, Igor (Montoya), Alex Bruno e Wellington Saci; Hamilton, Tobi, Daniel Paulista e Marcelinho Paraíba; Carlinhos Bala e Bruno Mineiro (Ciro).
Técnico: Hélio dos Anjos.

NÁUTICO
Glédson; Rodrigo Heffner (Willian), Walter, Everton Luiz e Aírton; Everton (Jorge Felipe), Derley, Elicarlos (Rogério) e Eduardo Ramos; Ricardo Xavier e Bruno Meneghel.
Técnico: Roberto Fernandes.
 
Local
: Ilha do Retiro.
Público
: 23.601
Árbitro
: Cláudio Mercante.
Assistentes
: Ubirajara Ferraz e Alcides Lira.
Assistentes
de gol: Ricardo Tavares e Gilberto Castro Júnior

Gols do jogo:

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Jornal do futuro só com Repórter apurando fatos,o resto é falácia



No início da noite do dia 26 de novembro do ano passado apenas se sabia que estava tendo tiroteio no Morro do Adeus, uma das favelas do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro. Somente a polícia conseguia adentrar no morro e a imprensa ficava querendo saber detalhes da operação especial de combate ao tráfico.

A medida que os traficantes eram mortos ou capturados, a imprensa entrava na guerra aos poucos com suas armas (Câmeras fotográficas e filmadoras, microfones, gravadores...). Mas antes, só quem estava lá dentro conseguia passar informações. Rene Silva, 17 anos, morador do Complexo do Alemão e criador do jornal Voz da Comunidade, dava tuitadas informando quando a polícia descia ou subia, quando o tiroteio começava ou terminava e até depoimentos de moradores. Não aparentando defesa de uma ou outra parte envolvida no conflito direto, mas a favor do povo com dicas de como se proteger.

Em razão do ineditismo das informações sobre o caso em que nenhum jornal ou TV tinha acesso, Rene Silva passou a ser um porta voz do acontecimento. Passou a ser seguido por pessoas comuns e por meios de comunicação, que retuitavam ou transmitiam na íntegra o que o garoto digitava no Twitter. Hoje a página oficial no microblog conta com 52.180 seguidores.

Além do Twitter, o Voz da Comunidade é composto por um jornal impresso, e uma site na internet. A estrutura conta com computador e notebooks para acompanhar as notícias em tempo real. Para dar conta das pautas, Rene conta com colabores. São eles: Gabriela Santos (13), Jackson Alves (13) e Renato Moura (15). Cada um é responsável por uma área no jornal. Um faz fotos, outro faz a parte de esportes, outro entretenimento, tecnologia...

A fonte de renda do Voz da Comunidade vem de anúncios como o Banco Santander, a telefonia TIM e o Grupo AfroReggae. Com a grana dá para pagar a impressão do jornal e os três colaboradores.

Início e decisão de carreira


Rene Silva começou com o Voz da Comunidade aos 11 anos, quando o serviço era feito para os alunos de uma escola em que ele estudava. A professora apoiou e o projeto foi crescendo. A tiragem que no início era de cem exemplares passou para 5 mil em poucos meses. Um ano depois foi que o garoto percebeu que gostava do que estava fazendo e decidiu até a profissão que quer seguir. “Gostava do que estava fazendo, daquele trabalho jornalístico mesmo. Foi ali que parei e pensei: ‘Pronto!Vou ser jornalista’”, disse.

Início e futuro

No início, a família não apoiou muito, reclamavam que ele chegava tarde, mas depois conseguiram ver que era isso que o garoto queria, que era o futuro dele. Rene tem planos mesmo de seguir com a profissão, recebeu uma bolsa integral da Universidade Estácio de Sá e começa seus estudos em 2013, assim que terminar o ensino médio.

Planos


Depois que entrar para a faculdade, Rene Silva não pretende abandonar o Voz da Comunidade, muito pelo contrário. Segundo ele, a idéia é de não ficar apenas no Morro do Adeus onde é feito, mas de expandir para todo o Complexo do Alemão e mostrar às crianças que há outros caminhos a serem seguidos que não sejam do tráfico e da violência.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Nova pesquisa de torcidas em Pernambuco mais uma vez coloca o Sport em 1º lugar

Por Blog do Torcedor

O instituto Plural divulgou o relatório de uma pesquisa sobre a preferência clubística de habitantes de todo o Estado de Pernambuco.

Com base em 1200 entrevistas, realizadas entre 2 e 6 de abril, a pesquisa endossou o Sport como o time com mais torcedores (26%), seguido pelo Santa Cruz (16%). A novidade é que as torcidas de Flamengo (8%) e Corinthians (7%), com grande adesão nas regiões interioranas, se equivaleram à do Náutico (7%), mais concentrada no Recife. O empate técnico se configura devido à margem de erro de 2,8%.

» Quanto mais próximo do Recife, mais torcedores dos times do Recife. 74% dos entrevistados nessa cidade torcem para o trio Sport (40%), Santa Cruz (23%) e Náutico (11%). O Flamengo e o Corinthians têm a preferência de apenas 1%, cada.

» Quanto mais distante, mais torcedores dos times nacionais — culminando com 50% da preferência dos torcedores da região do Vale do Rio São Francisco pelo Flamengo, contra 4% do Sport, 1% do Santa Cruz e o Náutico não chegando nem a 1%.

Mesmo sem a pesquisa entrar no mérito da questão, o ponto central é a disseminação da informação. O indivíduo tende a torcer por aquela equipe que vê jogando. Quanto mais se adentra em direção ao sertão, mais a população fica sujeita às programação nacional da maior emissora do país, por meio de parabólicas, sem que espaço para a produção do Recife.

» Também chama atenção o número dos sem torcida, 26% do total, percentual idêntico ao da torcida do Sport. Detalhando os resultados na variável sexo, 37% das mulheres não têm time, quantidade bem maior do que a dos homens (14%).

A pesquisa apresenta tabelas com os resultados das variáveis sexo, faixa etária, grau de instrução, mesorregião e renda familiar.


Comunicação para o desenvolvimento

Por José Marques de Melo

O binômio “comunicação e desenvolvimento” foi pensado assimetricamente durante muito tempo. O desenvolvimento econômico figurava como alavanca do desenvolvimento comunicacional. Tal concepção perduraria só até o momento em que o cientista canadense Harold Innis demonstrasse que historicamente os meios de comunicação exerciam papel indutor do desenvolvimento socioeconômico.

Contudo, a legitimação dessa tese só se daria com a publicação dos resultados da pesquisa feita por Daniel Lerner em países do Oriente Médio, comprovando que o desenvolvimento socioeconômico depende basicamente da difusão de símbolos e valores “modernizantes” veiculados pelos meios de comunicação de massa.

Ancorado nessas premissas, Wilbur Schramm formulou a estratégia da “comunicação para o desenvovimento”, adotada pela Unesco e disseminada nos países subdesenvolvidos, no período pós-guerra. Nessa equação, cabia ao desenvolvimento dos meios de comunicação o papel de indutor do desenvolvimento socioeconômico, “queimando etapas” no processo de socialização cultural, na medida em que fossem convertidos em agências de educação a distância.

Coube ao economista argentino Raúl Prebisch, diretor da Cepal, equilibrar a equação, demonstrando que os dois fatores – comunicação e desenvolvimento – atuam concomitantemente, dependendo da ação indutora do Estado.

Coube também ao comunicador boliviano Luis Ramiro Beltrán o mérito de tornar viável a proposta cepalina, concebendo a doutrina das “políticas nacionais de comunicação”. Acolhido peã Comissão MacBride da Unesco, esse “pragmatismo utópico” tem sido testado desde os anos 1970, com resultados animadores.

A questão foi introduzida na agenda brasileira, já nos anos 1960, pelo economista Roberto Campos, influindo para que ela fosse assimilada pelo Estado. Sua inclusão no debate universitário foi uma iniciativa pioneira de Luiz Beltrão, que promoveu em 1965, na cidade do Recife, um seminário acadêmico sobre o tema no Instituto de Ciências da Informação da Universidade Católica de Pernambuco, em grande parte motivado pela ação desenvolvimentista da Sudene na região nordestina.

Fazer um balanço crítico do pensamento e ação contidos nessa tática de “comunicação para o desenvolvimento” constitui o propósito do Celacom 2011 – 15º colóquio Internacional da Escola Latino-americana de Comunicação, evento que a cátedra Unesco/Umesp de comunicação promove com o apoio da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp, na cidade de Araraquara (SP), no período de 1º a 3 de junho de 2011. 

A conferência de abertura será feita pelo professor espanhol Manuel Chaparro Escudero. Pesquisadores da Argentina, da Bolívia, do Equador e do Chile foram convidados pelo professor José Luiz Bizelli, anfitrião do colóquio, a compartilhar suas idéias com brasileiros de todo o país.

terça-feira, 19 de abril de 2011

125 anos de Manuel Bandeira: poesia em toda parte


No dia 19 de abril de 1886, há 125 anos, nasceu um recifense que veio a se tornar um dos maiores escritores do País. Para celebrar a data e difundir sua obra, a Secretaria de Cultura promove o Mês de Manuel Bandeira; diversas ações em parceria com escolas e artistas locais no Espaço Pasárgada e em outros pontos da Região Metropolitana.


De 12 a 19 de abril, o casarão onde o poeta viveu parte de sua infância transforma-se em palco de saraus literários, peças teatrais e declamação de poemas. Tudo isso protagonizado por estudantes de diversas escolas da região metropolitana do Recife. Selma Coelho, coordenadora do Espaço, afirma que "os alunos tiveram a oportunidade de conhecer um pouco da vida e da obra do escritor nas últimas semanas e cada escola preparou uma atividade para homenageá-lo". No Pasárgada, a programação comemorativa também conta com debates, oficinas, exibição de filmes e "plantões literários"; rodas de conversa com escritores pernambucanos. Entre eles, Olímpio Bonald, Sérgio Leandro, Mídio Cavalcante de Albuquerque e Ana Maria César.



Uma série de intervenções urbanas também serão realizadas em diversos locais da região metropolitana do Recife até o dia 1° de maio. Confira:


Recital Poético
Pensando que a poesia está presente em todas as manifestações artísticas, a Coordenadoria de Literatura propõe outras ações para celebrar Bandeira. No dia do aniversário do poeta (19), a partir das 16h30, alunos de diversas escolas do Recife serão convidados para um recital poético na estátua de Manuel Bandeira, na Rua da Aurora, em que Lucila Nogueira, Valmir Jordão, Pedro Américo de Farias, Ícaro Tenório, entre outros poetas vão declamar seus poemas preferidos do aniversariante.

De Bicicleta com Bandeira
Entre os dias 26 e 29 de abril acontece o projeto "De bicicleta com Bandeira". Tomando a bicicleta como outro símbolo da infância, a proposta é levar a poesia de Manuel Bandeira através de "bicicletas de propaganda". Além dos poetas participantes do recital da estátua de Bandeira, Jomard Muniz de Britto é outro que gravará seu poema preferido e será ouvido por vários bairros da Região Metropolitana. Serão várias bicicletas circulando por bairros como Santo Antônio, São José, Santo Amaro, Várzea, Pina, Peixinhos e o centro de Ponte dos Carvalhos. "É outra provocação com respeito ao consumismo: queremos anunciar nada mais do que poesia", revela Wellington de Melo.

Bandeira nas Paradas e Beba Poesia
Entre as parcerias formadas para a celebração de Bandeira, destaca-se a formada com a Releitura - Rede de Bibliotecas Comunitárias da Região Metropolitana. Com apoio da Secretaria de Cultura, a Releitura desenvolve no dia 25 de abril a intervenção urbana "Bandeira nas Paradas", em que mediadores voluntários da Rede realizam leituras de poemas de Bandeira, mini-contos e pequenos causos em paradas de ônibus do Recife. A Releitura lança ainda, no Espaço Pasárgada, no dia 29 de abril a partir das 19h, a exposição "Beba Poesia", com poemas visuais desenvolvidos por alunos que frequentam as bibliotecas da rede, com o apoio dos mediadores de leitura e designers do projeto. "A ideia é mostrar como a poesia é algo essencial, como a água mesmo", revela Gabriel Santana, coordenador da rede. "Em uma era de consumismo, a provocação faz pensar. É isso que devemos fomentar: a poesia como uma forma de pensar o mundo", afirma Wellington de Melo, coordenador de Literatura da Secretaria de Cultura do Estado.

Performance poético-literária
No dia 1° de maio (domingo), o Parque 13 de Maio recebe uma performance poético-literária voltada para as crianças, com o ator Adriano Cabral. "Duas marcas fortes da poesia de Bandeira são a memória e a infância. Esse será o mote dessa performance, que renovará a afetividade poética entre o querido Bandeira e as crianças e famílias que estiverem no Parque nesse dia", afirma Wellington de Melo.

Programação completa das Intervenções Urbanas

Terça-feira, dia 19
16h30 - Tarde com Bandeira - Recital poético em que poetas declamam seus poemas preferidos de Manuel Bandeira para alunos de escolas do Recife. Participação dos poetas Lucila Nogueira, Valmir Jordão, Pedro Américo de Farias, Ícaro Tenório e Susana Morais.
Local: Estátua de Manuel Bandeira - Rua da Aurora, próxima ao Ginásio Pernambucano

Segunda-feira, dia 25
Bandeira nas Paradas - intervenção urbana em diversas paradas de ônibus do Recife, promovida pela Releitura - Rede de Bibliotecas Comunitárias da Região Metropolitana.

De 26 a 29 de abril
De bicicleta com Bandeira - Poemas de Manuel Bandeira são declamados na voz de Lucila Nogueira, Valmir Jordão, Jomard Muniz de Brito, Pedro Américo de Farias, Ícaro Tenório e Susana Morais e circulam gravados em bicicletas de som por vários bairros da RMR.

Domingo, dia 1° de maio

15h - O melhor divertimento para crianças! - Performance poético-literária com o ator Adriano Cabral.
Local: Parque 13 de Maio

Diretor presidente de afiliada da Globo em Sergipe deixa o cargo

Por Portal Imprensa

A paralisação dos funcionários da TV Sergipe, afiliada da Rede Globo, no último dia 4 de abril, derrubou Paulo Roberto, diretor presidente da emissora na última sexta-feira (15), segundo informa o site Jornal da Cidade. 

Paulo Roberto perde seu posto quase duas semanas depois de uma paralisação histórica na afiliada, quando o telejornal matutino local, o "Bom Dia Sergipe", não foi exibido e, em seu lugar, veiculado o "Bom Dia Pernambuco".

À época do protesto, o diretor era acusado pela representação sindical no estado de promover assédio moral na emissora apoiado pelo diretor de jornalismo da TV, Roberto Gonçalves.

"Nosso movimento tem como lema 'Fora Paulo Siqueira'. E essa manifestação foi organizada por conta do clamor dos funcionários da TV Sergipe. Porque eles andam sofrendo perseguições. O clima criado por esse diretor é de terrorismo", afirmou Fernando Cabral, presidente do Sindicato dos Radialistas.

Entendendo a paralisação

Na manhã de segunda-feira (04), funcionários da TV Sergipe, afiliada da Rede Globo, promoveram uma greve geral contra a direção da empresa, informa o Twitter do movimento. 

De acordo com a Folha de S.Paulo, os funcionários reivindicam a demissão de novo diretor da TV, Paulo Siqueira, que teria sido o responsável direto pela demissão de 20 profissionais. 

O diretor é acusado pela representação sindical no estado de promover assédio moral na emissora apoiado pelo diretor de jornalismo da TV, Roberto Gonçalvez. 

"Nosso movimento tem como lema 'Fora Paulo Siqueira'. E essa manifestação foi organizada por conta do clamor dos funcionários da TV Sergipe. Porque eles andam sofrendo perseguições. O clima criado por esse diretor é de terrorismo", afirma Fernando Cabral, presidente do Sindicato dos Radialistas.

A paralisação só teve fim quando os sindicatos dos jornalistas e radialistas se reuniram com acionistas da TV Sergipe. 

Os dirigentes sindicais deram o prazo de dez dias para que um novo nome seja apresentado para substituir Paulo Siqueira. De acordo com o Cinform, caso contrário, uma nova paralisação deve ocorrer. 

"Foram 42 demissões ao todo. Finalmente os donos resolveram ouvir os sindicatos e os trabalhadores. Desde junho de 2010 que tentamos. Chegamos a nos reunir com Paulo, mas a perseguição e as demissões continuaram. Albano, Lourdes e Ricardo Franco ouviram e pediram um prazo de 10 dias. Não tem negociação. Ou ele sai, ou a paralisação voltará a acontecer. Paulo queria acabar com o Levanta Poeira, São João da Gente e Terra Serigy. Ele não tem compromisso com a cultura sergipana", expõe o presidente do sindicato dos jornalistas, George Washington.