O que o Brasil tem a ver com a França? Imaginarmos que não há coisas em comum não é o melhor caminho, pois temos muita coisa de nossa cultura que tem origem na França. Vestuário, culinária, arquitetura, algumas palavras da nossa língua e até o modelo político democrático que adotamos nos dias de hoje. Esta última característica influenciou o mundo inteiro e por isso, o Brasil não poderia ficar de fora do lema Igualdade, Liberdade e Fraternidade que teve origem na Revolução Francesa e que tem preceitos na nossa Constituição dita cidadã.
Na culinária temos várias expressões que nasceram na França e usamos. Quem come A La Carte, faz a opção que está no cardápio, ou melhor, no menu, o prato feito que vem direto da cozinha para a mesa. Quem deseja se servir a vontade no buffet (origem também na França) deve requerer o prato a francesa. Este por sua vez contém um filet, já aportuguesado filé com algumas pitadas de poivre, o pó, ou simplesmente a pimenta. Depois da refeição, a pessoa pode ir ao toillet, ou seja, banheiro, lavar as mãos ou fazer suas necessidades fisiológicas.O restaurante pode ficar no Boulevard, ou no também aportuguesado bulevar, que significa estar em rua ou avenida arborizada.
Nessa rua ou avenida, podem existir praças em que trabalhadores fazem reuniões sindicais afim de melhoras nas condições de trabalho.São as places de greve, que foi retirada o primeiro nome, simplificando o significado de greve que temos hoje. As places de grève foram insatisfações de obreiros em locais específicos, as praças em que organizavam as greves no século XIV.
Esses trabalhadores por serem contra o sistema vigente eram considerados o que o mineiro Carlos Drummond de Andrade chamou de “gauche” no seu “poema de sete faces” de 1930, ou seja, aquele que é esquerdo, está contra tudo e todos, diferente dos demais.
As mulheres não são deixadas de lado quando é referida a influência da cultura francesa nos seus modos de vida. Um exemplo é a moda, em que muita peça de roupa vem da França. Elas usam soutiem gorge, que sofreu corte do segundo nome no Brasil, que significava “apoio”, soutiem nada mais é que o sutiã. Depois de vestidas, muitas ainda usam acessórios em suas roupas como o cachê-coeur ou o conhecido para nós cachecol, bijouteria ou bijuteria, maquiagem de mesmo nome e pronúncia no português. Tudo isso comprado num ateliê.
Ah, e o tal do pão francês alguém conhece?
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