domingo, 1 de maio de 2011
Cada trabalhador tem a sua importância
Era meio-dia da última sexta-feira,eu acabara de almoçar.Estava desesperado, por ser o último dia de prazo, em encontrar alguém na UFRN para poder fazer meu trabalho de faculdade da discilplina de Reportagem-Pesquisa e Entrevista, do professor Emanoel Barreto. Coincidente com a proximidade do dia do trabalhador,a proposta foi de fazer uma entrevista curta com personagens anônimos a fim de que eles contassem as suas histórias de vida,que embora existam, pouco procuramos saber e que por isso,essas pessoas nos passam despercebidas no dia-a-dia.
Na primeira tentativa com uma moradora de rua,nada feito. Apesar de aceitar o convite, sumiu por uns dias.No dia de entregar o trabalho avistei alguém dormindo num banco de uma praça da universidade em seu intervalo de almoço, certamente um trabalhador da instituição. Não queria acordá-lo,obviamente,mas também não queria esperar tanto porque tinha que fazer a entrevista e ainda editar o vídeo antes da aula.Sentei quase em frente a ele num outro banco, esperando-o acordar. Ele dormiu de meio-dia até 13h25. Deu para ler meio livro de média grossura.Assim que acordou,fiz a abordagem,expliquei minha situação e embora a fonte um pouco tímida com poucas palavras e sem querer olhar para a câmera,começamos a conversa.
Cleiton Evangelista tem 22 anos com cara de mais de 30.Acumula as funções de zelador e limpador de banheiros do Centro de Ciências Humanas Letras e Artes (CCHLA) há uma semana, mas trabalha na empresa terceirizada há três anos. Mora com os pais, e ajuda o pai,que é policial, na renda da família. Mora na Zona Norte de Natal, não é casado, não tem filhos, mas tem uma paquera com quem sai às vezes.
Nos finais de semana joga bola, vai á praia e toma cerveja com os amigos.
Cleiton também estuda.Faz o primeiro ano do ensino médio. E quando perguntado se tem vontade de fazer faculdade ele responde as que mais trazem prestígio ao senso comum:"Professor,doutor e adevogado se Deus quiser".
Confira o vídeo:
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