segunda-feira, 7 de março de 2011

De onde vem um orgulho?


Por que esse orgulho todo dos pernambucanos com sua terra e cultura? Em tempos de carnaval a resposta certamente está no povo, na sua alegria e originalidade. Mas também a soberba que constrói o bairrismo é uma alternativa interessante. 

Segundo o Pesquisador e Chefe do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a maximização da sua própria história remonta o período da Proclamação da República. “A gente teve que criar uma nobreza que não tinha (apenas a elite portuguesa no Brasil reunia posses). O refúgio foi buscado no Brasil Holandês. Nassau engrandeceu Recife, trouxe pintores, poetas e engenheiros”, disse. Logicamente esses artistas trouxeram cultura para a capital pernambucana e os engenheiros construíram uma cidade grandiosa em termos de estrutura física, dando a estrutura faraônica que Recife tem atualmente.

Certamente essas características influenciaram as estruturas futuras. Recife já teve o maior shopping Center da América Latina, a maior avenida em linha reta também da América Latina. Maior pólo gastronômico do país; tem o segundo maior pólo médico do Brasil, avaliação feita pela Confederação Nacional de Saúde. Sem contar nos maiores do mundo, o Galo da Madrugada como bloco e o teatro ao ar livre de Fazenda Nova. Sem falar nos clubes de futebol, em que para as pessoas somente os locais Sport, Náutico e Santa Cruz prestam.

Para aumentar as fogueiras da vaidade, o porto e complexo petroquímico de Suape impulsionou não só a economia do estado, como também do país.Vem atraindo muitos empreendimentos em âmbito nacional e internacional. Milhares de empregos disponibilizados vêm atraindo mão de obra de outros estados. O PIB de Pernambuco cresceu acima da média nacional,e mais, foi o estado que mais cresceu no Brasil. É uma megalomania também em fatos e com dinheiro no bolso.

Com tanta grandeza, não seria de se estranhar tanto orgulho do povo pernambucano com suas coisas, independente da classe social. Para ele, tudo não é só bom, como maior em tudo, mesmo que não seja. O otimismo se registra nos rostos, na alegria, na espontaneidade evidenciada na criatividade do carnaval.

Agora, eu como pernambucano e bairrista também, vou entrar nessa: “É lindo ver o dia amanhecer, ouvir ao longe pastorinhas mil, dizendo bem, que o Recife tem, o carnaval melhor do meu Brasil”

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