É uma pena o estardalhaço que a mídia faz com a primeira visita ao Brasil do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Não aconteceu nada de importante, um fato sequer que necessita a presença do americano aqui. Na verdade, é um fato midiático, o de apenas que o presidente dos Estados Unidos vem, mais nada.
Desembarque em Brasília (Foto:Marcello Casal/FolhaPress) |
O presidente chega ao Brasil com status de homem bom, de família (traz filhas e esposa), aquele que tem uma aproximação de identidade com nós brasileiros por ser negro e ter simpatia. Mas não esqueçamos que Obama tem acima de qualquer coisa, alma americana. Esta que sempre correu atrás das oportunidades e mais ainda dos prejuízos, como o país vive agora, o presidente quer recomeçar as relações com o nosso páis. Obama chega ao Brasil dizendo que vai ajudar o Brasil a explorar o pré-sal. Ora, se não vejamos: Para que o Brasil quer ajuda dos EUA se possui a melhor tecnologia do mundo em exploração de petróleo? A malandragem de Obama não é nada de diferente dos presidentes anteriores de seu país, ele é o negro mais branco que há.
Ainda assim, Obama se cerca do aparato midiático. Como todo bom americano que não perde o costume de fazer um excelente marketing, ele traz a família, distribui sorrisos. O povo brasileiro então entra em catarse, elege um ídolo explorador de mentes por algumas horas e depois a vida miserável continua. Enquanto isso o ídolo vai embora de papel cumprido.
Recebido com honras de estado, mas cheio de exigências. Os admiradores do astro pop americano, não poderão levar suas mochilas de costas, por exemplo. Fala-se em segurança, tudo bem. Mas ficar com sede no sol quente por não ter seus mantimentos somente para ver seu ídolo temporário pode né?
Mulher experimenta máscara do presidente norte-americano Barack Obama, novidade nas lojas do Rio de Janeiro (Foto:Vanderlei Almeida/AFP) |
Rinaldo Americo é imitador do presidente norte-americano Barack Obama posa para fotos na CInelândia (Foto:Sergio Moraes/Reuters) |
A mídia entra na onda e elabora canais interativos na TV e na Internet em que o telespectador pode mandar recado para Barack Obama, em inglês, claro. Mas é sabido que grande parte da população brasileira mal fala o português. Também não foi raro no dia da chegada dele mensagens em redes social seguidas de links com mensagens: acompanhe todos os passos de Barack Obama no Brasil; Obama desembarca com a mulher e as filhas em Brasília. Mensagens assim, inúteis do ponto de vista jornalístico, que em nada acrescentam na vida do cidadão.
Realmente é isso. Acompanhar somente os passos dele, contemplá-lo sem nenhuma avaliação crítica, como um bom astro pop marqueteiro americano. Justamente para encobrir o que está por trás dessa visita.
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