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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Adeus Rossi!


O garçom já não escuta mais lamentações na mesa de bar. A raposa não está mais com as uvas. Itamaracá já não tem tanto encanto assim. O brega ficou doidão. Tudo porque faleceu por volta das 10h desta sexta-feira (20), o pernambucano Reginaldo Rossi.

O cantor, de 69 anos, não resistiu a um câncer de pulmão. Estava internado no Hospital Memorial São José, no Recife, desde o dia 27 de novembro, quando sentiu dores no peito. Dessa vez, entretanto, a dor não era de amor, como as músicas dele espalhavam. Após ser diagnosticado com câncer, chegou a fazer quimioterapia, mas não resistiu.

O brega está de luto. Só nos resta lembrar com muita saudade daquele bailinho.

Rossi hoje se junta a outros reis pernambucanos da musica: Bezerra da Silva, Luiz Gonzaga, Chico Science e Dominguinhos.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Reciprocidade


Por Alceu Valença

Neste momento em que o frevo acaba de ser declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade, pela Unesco, os pernambucanos têm uma preciosa oportunidade de repensar sua relação com o principal gênero do nosso carnaval. Embora as manifestações populares pelo gênero sejam evidentes e insofismáveis, há motivos para nos preocuparmos com o futuro do frevo. Há tempos, venho batendo na mesma tecla sem que haja uma mobilização consistente sobre o tema. O frevo sumiu das programações da maioria da rádios - com honrosas e raríssimas exceções - no que pode ser considerado um verdadeiro atentado contra nossa identidade foliã mais visível e mais aclamada dentro e fora de Pernambuco.

As rádios são concessões públicas e, por sua vez, deveriam por lei zelar pela cultura brasileira. Em vez disso, infestam suas programações com música de má qualidade, estrangeira, comercial ou pasteurizada. Não aceito o argumento bobo e infantil de que "as rádios tocam o que o povo gosta", como se não houvesse um domínio, uma relação de superioridade entre os grandes monopólios da indústria do entretenimento e as imposições do capital e dos lucros industriais sobre suas programações. Caso não haja uma mudança de filosofia, os danos de hoje podem se estender por gerações. Os novos talentos se espelham em artistas consagrados, mas se determinado gênero não toca, eles se espelharão em estilos de qualidade precária que povoam os dials.

Na minha opinião, os artistas deveriam fazer uma vigília diante das rádios e exigir que o frevo volte a fazer parte de suas programações. Manifestações populares evidenciam que o povo pernambucano ama o frevo e quer que ele predomine no nosso carnaval. Por que será então que determinados meios de comunicação insistem em fechar os olhos para esta realidade e continuam a nos oferecer seu cardápio insosso, seu hambúrguer requentado com sabor de lixo cultural glamurizado?

Uma das maiores características do carnaval de Pernambuco é o ato de as pessoas fantasiarem-se nas ruas e nos bailes. Toda vez que me apresento no Baile Municipal fico emocionado ao ver as pessoas incorporadas em piratas, palhaços, papangus, pierrôs, colombinas e sinto a pernambucanidade aflorar de maneira contundente e arrebatadora em cada folião que canta comigo meu repertório carnavalesco de frevos, maracatus e cirandas. Entretanto, não suporto bailes onde as pessoas se comportam como outdoors ambulantes, fardadas de camisetas com a marca de algum patrocinador. Isso me causa dor.

Outro ponto que considero relevante nesta discussão é o que chamo de projeto reciprocidade. É notório que o nosso carnaval tem se mostrado demasiadamente generoso com artistas de todos os estilos e de diversas regiões do Brasil. A recíproca, no entanto, está longe de ser verdadeira. Proponho uma ação diplomática entre as secretarias de Cultura e Turismo dos estados e dos municípios, de modo que os artistas pernambucanos frequentem eventos de outros estados com a mesma assiduidade com que os artistas de todo Brasil vêm mostrar seus trabalhos por aqui. A cada vez que promissores nomes da nova cena musical brasileira venham formar público em Pernambuco, será de muito bom tom que os novos artistas pernambucanos tenham palco em outras praças - o que nem sempre acontece.

A mistura multicultural é uma proposta elogiável, mas é preciso que se analise direitinho para que os conceitos não se percam, culminando numa indesejável diluição da identidade artística e cultural de Pernambuco. A rigor, trata-se de uma reflexão que precisa ser estendida à própria cultura brasileira, formada atavicamente pela miscigenação entre diversos povos e culturas. Nossa matriz portuguesa, cuja influência é visível nas melodias dolentes de nossos frevos de bloco, é formada pela mistura das influências celtas, árabes e galegas. Fala-se muito em africanidade, mas esta atualmente tem de passar pelo soul americano (vide os trejeitos e afetações dos participantes de tantos programas de televisão), como se cantar com "alma" tenha que ser algo mais ligado ao espírito anglófono do que às próprias entidades africanas. Informo aos candidatos a cantores que a nossa alma não é soul e que existem voos diretos para Angola, sem precisar fazer escala no Bronx, no Harlem ou em Detroit. Os americanos sabem como ninguém valorizar sua cultura. Valorizemos a nossa.

Tenho utilizado constantemente as ferramentas das redes sociais e acredito que a internet possa representar uma mudança nestes novos paradigmas, uma vez que esta tem mais condições de se distanciar da manipulação do comércio, do dinheiro e do jabaculê que assolam as relações entre a cultura e a indústria de entretenimento pós-modernas. Como artista e pensador, me considero um ser planetário e sonho o dia em que teremos um mundo sem fronteiras, sem barreiras culturais ou econômicas. Mas enquanto elas existirem sou mais brasileiro e mais pernambucano.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Governo de Pernambuco é o primeiro da federação a criar uma TV pública

Foto: Eduardo Braga

O Governador Eduardo Campos (PSB) assinou, nesta terça-feira (22), um decreto criando a Empresa Pernambucana de Comunicação (EPC). É uma iniciativa pioneira. O Governo de Pernambuco é o primeiro da federação a criar uma TV pública.

Pregando a valorização da diversidade da cena cultural de Pernambuco, o governador Eduardo Campos (PSB) disse que a EPC deve mostrar Pernambuco para o Brasil. "Precisamos destacar o papel de Pernambuco nos avanços históricos do Brasil", afirmou.

"Pernambuco hoje é o Estado mais premiado do cinema brasileiro porque criamos um fundo de cultura voltado só para o cinema. E a TV vai ajudar a abrir portas para as mentes criativas do estado."

"Este é um passo que o Brasil também tem que dar para o fortalecimento da democracia no país", defendeu o governador, que é cotado para se lançar á Presidência da República em 2014.

Nos próximos dias deve ser firmado um acordo de cooperação com a TV Universitária, onde devem ser aproveitados programas como o Pé Na Rua, Toda Música e o Cine PenDrive. Mas o objetivo é se dedicar à criação, uma programação independente.

Inicialmente um esqueleto simples, focado no jornalismo, mas sempre abordando a temática local. Na programação semanal estão garantidos 15% de conteúdo regional e 10% de conteúdo independente.
Guido Bianchi, diretor da EPC
A diretoria da EPC é nomeada por indicação. Ela será encabeçada pelo publicitário Guido Bianchi, pertencente aos quadros do PCdoB. "Mas sua indicação no foi política", argumenta o colega Marcelino Granja. "Ele tem uma história na TV, foi cabeça de uma grande agência de publicidade e entende muito de produção".

Bianchi lembra que a EPC não é uma transformação da TV Pernambuco, mas o nascimento de uma nova empresa. Da TVPE serão herdadas as concessões públicas e as 60 repetidoras pelo Estado. Como empresa que nasce, há ainda um período de implantação da sua estrutura.

A lentidão atrapalhou a criação da Empresa Pernambucana de Comunicação. A empresa pública, uma sociedade anônima de capital fechado, teve seu formato discutido durante quase 5 meses.

A vice-presidência da EPC será assumida pelo jornalista Paulo Fradique e o comunicador e produtor cultural Roger de Renor será o novo diretor de programação e conteúdo. O mandato dos membros da diretoria será de quatro anos, podendo ser renovado por iguais períodos e iniciando na data de constituição da EPC.

Se futuros diretores indicados pelo Governo tiverem seus nomes contestados, o Conselho pode dar um voto de desconfiança e obrigar o Governo do Estado a indicar um novo nome.

O Conselho de Administração - ainda a ser implantado - será formado por 13 membros. Seis membros serão indicados pelo governador, seis indicados pela sociedade civil e um representante da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe).
Comunicador e produtor cultural Roger de Renor
Roger de Renor destacou a importância do Conselho da EPC para qualidade da empresa, que não vai perder a continuidade dos trabalhos a cada mudança de gestão. "A maioria das empresas de comunicação pelo país não têm um Conselho. Quando muda o Governo, muda a diretoria toda", destacou. "A EPC é diferente, já nasce com um conselho". O mandato dos conselheiros será de um ano.

O secretário de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, Marcelino Granja, afirmou que a empresa é pública. Uma sociedade anônima de capital fechado. De acordo com o secretário, a EPC poderá receber verba de publicidade, institucional ou não, e verba pública.

Ainda não foi decidido o valor e o formato dos repasses mensais do Governo do Estado para a EPC. Mas já se sabe que o investimento inicial é de R$ 25 milhões, que devem ser destinados para a recuperação das antenas por todo o Estado e recuperação das sedes de Caruaru e do Recife - esta última localizada na Conde da Boa Vista.

Marcelino Granja, afirma que a assinatura do decreto para a criação da EPC coroa um processo democrático iniciado ainda em 2009, quando a então secretária estadual de Ciência e Tecnologia, a hoje deputada federal Luciana Santos (PCdoB) sugeriu a criação da empresa de comunicação. "O sistema público deve ser complementar ao privado, para garantir a pluralidade de expressões

De acordo com Granja, a secretaria deve investir para viabilizar a digitalização da transmissão dentro de dois anos. "As democracias modernas sempre precisaram de instrumentos públicos de comunicação", destacou.

O secretário também aproveitou a oportunidade para elogiar o governador Eduardo Campos. "Eduardo é muito estrategista e focado na oportunidade. Há lugar político para isso e Pernambuco precisa disso. O Brasil também", pontua.
Nelson Breve,  presidente da EBC
O presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Nelson Breve, destacou a importância da televisão pública na democratização da comunicação e também elogiou o pioneirismo de Pernambuco. "Este é um dos estados mais pujantes da federação, se não o mais pujante. Quero dar os parabéns para este estado que também foi pioneiro, na década de 80, ao criar a primeira empresa pública de comunicação, a TV Universitária".

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Seita para combater aumento populacional vendia salgados de carne humana nas ruas em PE

Por Diário de Pernambuco

A cada novo depoimento, o enredo torna-se ainda mais macabro. Quase surreal. Os três suspeitos de esquartejarem três mulheres, sendo duas em Garanhuns nos últimos dois meses, revelaram ontem que faziam parte de uma seita chamada Cartel. Um dos objetivos era combater o aumento populacional. Por isso, exterminavam mulheres que já tinham filhos e comiam a carne humana como forma de purificação.

Vez por outra, transformavam em salgados, como coxinhas e empadas, para ser vendidos pelas ruas. Ontem à noite, um dia após a polícia descobrir restos mortais de duas vítimas enterrados no quintal da casa onde os suspeitos moravam, eles foram encaminhados a cadeias públicas. A polícia já investiga o extermínio de até oito vítimas, uma delas na Paraíba e outra no Rio Grande do Norte. O número pode ser muito maior.

Bruna Cristina de Oliveira da Silva, 22, revelou sua verdadeira identidade. Até então, ela se passava por Jéssica Camila da Silva Pereira, 17, a primeira vítima do trio. Em 2008, a suspeita e casal Jorge Beltrão Negro Monte da Silveira e Isabel Cristina Pires da Silveira conheceram Jéssica próximo a um canal de Boa Viagem, no Recife.

Moradora de rua, ela aceitou o convite de trabalhar como doméstica para os três, em Rio Doce, Olinda. Dois meses depois, foi esquartejada e comida quando quis deixar a casa. A filha dela, de dois anos, também foi obrigada a comer carne humana. A carne da própria mãe. Em 25 de fevereiro deste ano, atraída por um emprego de babá, Giselly Helena da Silva, 31, passou pelo mesmo ritual. Menos de um mês depois, foi a vez de Alexandra Falcão da Silva, 20. Tudo foi registrado em texto e ilustrações no livro Revelações de um Esquizofrênico, produzido e registrado em cartório por Jorge.

Próxima vítima - Uma mulher de 18 anos prestou depoimento na 2ª Delegacia de Garanhuns. Ela seria a próxima vítima, segundo relato de Isabel Silveira. Até a vala estava preparada para receber o cadáver. À polícia, depois de serem presos, o trio alegou sofrer de esquizofrenia. O delegado Wesley Fernandes não acredita na versão.

“Trata-se de uma tese de defesa”, afirmou. Segundo o delegado, a execução da mulher de 18 anos não aconteceu porque ela acabou não indo à casa dos suspeitos. A suposta vítima, no entanto, afirmou não conhecer nenhum Jorge, Isabel e Bruna. Ela, que prestou depoimento na tarde de ontem, não quis dar entrevista.

A história que uniu os três vilões de um dos crimes mais bárbaros já registrados em Garanhuns começou há cinco anos. Jorge conheceu Bruna. O fato tinha tudo para abalar a união dele com Isabel, mas o relacionamento entre os três se fortaleceu. Tanto que passou a incomodar os outros membros da família

O envolvimento dele com o crime de estelionato foi o fator culminante para que o trio fosse expulso de casa. Segundo relatos de parentes, eles passaram a viver em Rio Doce, em Olinda. Surgiram os primeiros contatos com a seita e o início dos extermínios em série, seguidos de canibalismo. Depois de assassinar Jéssica, o triângulo amoroso passou a viver na Paraíba. Lá, teriam feito mais uma vítima. No Rio Grande do Norte, outro registro. Depois eles voltaram a morar em Olinda, onde duas mulheres teriam sido exterminadas e comidas. No Recife, mais duas.

“Somente Isabel confessou o envolvimento em oito assassinatos com participação dos três. Jorge e Bruna só confessam a morte das três mulheres (Jéssica, Giselly e Alexandra)”, disse o delegado. Após o esquartejamento, o coração, o fígado e os músculos da perna eram tirados, fervidos e comidos pelos suspeitos e pela criança que hoje tem cinco anos. Ela, que tem duas certidões de nascimento registradas, está sob a guarda do Conselho Tutelar.

Na manhã da última quarta, quando a polícia chegou até a residência dos envolvidos, em Jardim Liberdade, a criança apontou onde estavam os restos mortais das duas mulheres executadas no local. Ela contou que presenciou as mortes. A polícia só chegou aos suspeitos porque começou a investigar o sumiço de Giselly. Faturas dos cartões de crédito chegaram à casa da família dela. O delegado solicitou as imagens do circuito interno das câmeras das lojas e comprovou que o trio fazia compras com os cartões. Com mandados de busca e apreensão, policiais foram à residência dos suspeitos e flagraram os corpos, que estão no IML do Recife. Até a noite de ontem, não haviam sido reconhecidos.

Revoltados com a crueldade, vizinhos saquearam e atearam fogo no imóvel onde os suspeitos viviam. Eles disseram que sempre acharam estranho o comportamento do trio, mas não imaginavam tamanha crueldade. Carnes humanas, temperadas, dentro de freezers teriam sido encontradas e levadas por populares. Os suspeitos confessaram que desfiavam as carnes e preparavam salgados para vender. Testemunhas afirmaram já ter visto e até comprado a comida sem saber que se tratava de restos mortais. O inquérito ainda não tem prazo para ser concluído.

Trechos do livro “Diário de um Esquizofrênico”

“Tudo isso que revelei, não sou eu, nem ninguém, é só a minha mente.” O autor.

Capítulo XXIV

O plano macabro de destruir a adolescente maldita “Um dia eu aproveitando que a adolescente do mal não estava, combinei com Bel e com Jéssica um modo de destruí-la, e chegamos a uma conclusão: matá-la, dividi-la e enterrá-la. Só que cada parte dela em um lugar diferente. Era uma noite de chuva forte, relâmpagos e trovadas. A criatura do mal estava em um quarto da casa: olho para Bel e para Jéssica com um olhar de que aquela noite seria o momento certo para destruir o mal. Todo ser humano tem um instinto assassino, e tal instinto é liberado em situações como esta. O homem também é o único ser que mata por prazer, mas até o matar por prazer é uma espécie de auto-proteção do seu eu, provando com isso que ele tem o poder sobre outras vidas.”

Capítulo XXVI

A dividida “Vejo aquele corpo no chão, Jéssica desconfia que ainda se encontra com vida, pego uma corda, faço uma forca e coloco no pescoço do corpo, puxo para o banheiro e ligo o chuveiro para todo o sangue escorrer pelo ralo. Ao olhar para o corpo já sem vida da adolescente do mal, sinto um alívio. Pego uma lâmina e começo a retirar toda a sua pele, e logo depois a divido. Eu, Bel e Jéssica nos alimentamos com a carne do mal, como se fosse um ritual de purificação. E o resto eu enterro no nosso quintal, cada parte em um lugar diferente.”

Entenda o crime

O trio de suspeitos conheceu a moradora de rua Jéssica Camila da Silva Pereira em 2008, num canal de Boa Viagem. Fizeram o convite e ela aceitou trabalhar como doméstica na casa deles, em Rio Doce, Olinda.

Dois meses depois, Jéssica foi assassinada quando demostrou o desejo de deixar a casa. Ela teve o corpo esquartejado.

A carne humana foi comida pelos suspeitos e pela filha da vítima, então com dois anos

Os ossos e restos mortais foram enterrados no quintal da casa deles. Meses depois, antes de se mudarem para a Paraíba, eles levaram os ossos para um terreno baldio

A carne humana era fervida e comida pelos suspeitos e pela criança, numa espécie de purificação. Em depoimento, os suspeitos afirmaram que a carne também era congelada. Depois, fervida e desfiada para ser transformada em salgados, como coxinhas e empadas, que eram comercializados na cidade

Quando passaram a morar em Garanhuns, no Agreste, passaram a aliciar mulheres para emprego de babá da criança. Giselly e Alexandra foram atraídas pela vaga. Em datas diferentes, foram esquartejadas.

A polícia já investigava os suspeitos por conta da movimentação de cartões de crédito das vítimas. Quando chegaram na casa dos suspeitos a criança apontou onde estariam os corpos.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Noticiário detesta cláusulas adversativas

Por Alberto Dines
Na sua coluna das segunda-feiras na página 2 do Globo (9/1), Ricardo Noblat anunciou que não pegará carona no linchamento a Fernando Bezerra. Explica: em junho de 2010 e depois em maio de 2011, o estado de Pernambuco foi inundado em três eventos extremos: no total foram desa lojadas 80 mil pessoas e destruídas 16 mil casas, 600 escolas e seis hospitais.O estado ainda ta se recuperando.

Noblat pode estar enganado, mas é possível que enganados estejam os jornalistas que de cacete em punho e olhos fechados partiram para derrubar o oitavo ministro.

Noblat queria estabelecer um porém na enxurrada acusatória.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Jornalistas de PE entram em estado de greve

Após uma assembleia que lotou o auditório do Sindicato dos Gráficos de Pernambuco, na Rua do Veiga, os jornalistas de Pernambuco decretaram estado de greve por 48 horas. O prazo foi dado para que as empresas possam iniciar as negociações da campanha salarial 2011.

Muito mais que o salário, o que tomou boa parte da reunião foi a discussão sobre a exigência ou não do diploma de jornalista para exercício da profissão.

Na assembléia do Sindicato,a maioria dos participantes era de jornal impresso, tanto do Diário como do Jornal do Commercio e da Folha de Pernambuco. De TV, quase ninguém.

A votação deu o esperado: 117 votos a favor da greve e 24 contra.

Sobre a possibilidade de parar, a categoria entendeu da seguinte forma: 48 horas em estado de greve, com todo mundo trabalhando normalmente. Se na quarta-feira os "patrões" não apresentarem disposição para a negociação, greve geral nas redações a partir da quinta.

Tinha gente morrendo de medo, perguntando mil vezes sobre retaliações e afastamentos. Normal. Ninguém quer perder seu emprego suado - já que pra achar outro é barra. Para piorar, já tem empresa dizendo que é capaz de fechar o jornal só com estagiários e material de assessorias (que com certeza não vão aderir ao movimento).

Pernambuco viveu um momento histórico em 1990 quando eclodiu uma greve de 14 dias da categoria,a mobilização foi geral e os patrões se renderam.Confira abaixo a greve dos jornalistas,um movimento que deu certo: