Mostrando postagens com marcador filmes nacionais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador filmes nacionais. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Filme Bicho de Sete Cabeças


Baseado em fatos reais, o filme “Bicho de Sete Cabeças” conta a história de um jovem perdido pelas más companhias, uso de drogas e falta de diálogo com o pai. Este não sabendo conversar com seu filho, o trata sempre com grosserias, sem procurar entender que o seu próprio filho precisava de apenas um esclarecimento sobre as dúvidas que pairam os garotos da idade de Neto.



Neto estudava, tinha amigos, mesmo não sendo os mais recomendados (foi preso por causa de uma pichação de muro), e também tinha uma mãe dedicada. Um dia, Neto na sua inconseqüência justificável pela idade e pela ausência de diálogo com o pai, viajou sem um tostão no bolso, dizendo para o pai que não precisava de dinheiro dele e ia se virar. Neto somente no lugar de destino, percebeu que a viagem era uma furada, pois depois o amigo disse que para ele usufruir das boas instalações teria que dar algo em troca: se prostituir. Neto então, imediatamente saiu do lugar, queria voltar para casa mas estava sem dinheiro. Foi quando então uma mulher de um pouco mais idade que ele o ajudou. Neto levou a imagem da mulher consigo por muito tempo, não só por causa da ajuda, mas sobretudo porque se envolveu por uma noite com ela o suficiente para ele não esquecê-la.


Na volta da viagem, Neto deixou o casado jogado no chão, ao apanhá-lo o pai viu cair um cigarro de maconha. Decidiu então internar seu filho. Para tanto, teve que mentir para Neto dizendo que ia visitar um amigo e gostaria que o filho fosse. Eles foram, só que para um tratamento de viciados. Neto foi pego de surpresa a força para iniciar sua dolorosa sessão.



Neto não era ainda um viciado para ter que ir a um lugar se tratar. O pai se baseou por um cigarro que viu. Neto começou a ficar drogado no hospital, não pela maconha, mas sim pelos inúmeros medicamentos que era obrigado a tomar. O lugar era horrível, comida ruim, pessoas loucas e muita truculência por parte dos enfermeiros.Com o passar do tempo, Neto foi ficando dopado igual aos outros pacientes que viu assim que chegou ao lugar. Nos poucos momentos de lucidez, desejava voltar para casa, lembrava da truculência do pai e da mulher que se envolveu na viagem em que ficou sem dinheiro.



A saída de Neto do manicômio só se deu pelo fato da mãe dele ficar bastante depressiva com a situação, o que fez o pai ficar angustiado e tirá-lo de lá. Mas foi difícil se readaptar ao mundo real quando voltou. Ainda sobre os efeitos das drogas que deram a ele no lugar, Neto não queria comer, nem sair do quarto. Só depois decidiu trabalhar a pedido da mãe.


Durante essa nova fase, Neto era muito calado. No trabalho se enrolava e não parecia estar preparado para a função de vendedor. Um dia decidiu sair para se soltar. Bebeu,dançou, se envolveu e foi violento. Quebrou todo o banheiro da boate e foi preso pela segunda vez. Pela segunda vez também foi parar no manicômio, em um diferente do primeiro.


No novo lugar, Neto estava mais esperto. Era o líder de sua turma, enrolava os enfermeiros e ainda se fingia de maluco quando na verdade sabia do que estava fazendo. Lá dentro, um só desejo: vingança. Vingança contra o pai. Durante um dia de visita não recebeu o pai, apenas entregou uma carta na mão dele e saiu. Na carta tinha dizendo que para ele sair logo antes que o próprio Neto batesse nele.
 

Em um de seus atos de rebeldia no manicômio ao querer dar fim as seringas, Neto foi levado pelos enfermeiros a um porão. Não agüentando mais aquela situação, Neto decidiu se suicidar e ateou fogo no lugar que estava trancado com cadeado. Depois de muita manifestação por parte dos internos, o enfermeiro tirou ele de lá ainda vivo.

O filme se encerra com Neto e o pai juntos, fora do manicômio, aparentemente tudo bem entre eles.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Jornalismo cultural precisa denunciar porcarias enviadas ao Brasil



Por Arnaldo Jabor

Amigos ouvintes,existem alguns assuntos que eu falo aqui que provocam ódio,ranger de dentes e ataques violentos a mim.É!São eles:Religião,Partidos Políticos e,pasmém,Filmes.Você pode dizer barbaridades sobre tudo, mas se esculachar um filme pode contar que no dia seguinte dezenas de pessoas que gostaram do filme já ficam com ódio na hora.

Ontem eu falei de um atentado a inteligência humana que tá passando aqui no país chamado "Se Beber Não Case 2".Falei e repito que o filme é um lixo.Não é que o filme seja apenas ruim, filme ruim existe,tudo bem,faz parte.Mas esse é um dos exemplares de filmes que a nova sordidez de Hollywood está produzindo na base do "quanto pior,melhor".

O cinema internacional descobriu que filmes para idiotas dão muita grana porque os idiotas crescem a cada ano,claro,principalmente vendo os filmes que estimulam a sua estupidez.

Para quê eu fui falar desse filme.Recebi e-mails e twetts indignados enviados por imbecis que adoram ficar drogados durante duas horas para ver porcarias.E o interessante é que porcaria provoca uma espécie de felicidade na platéia,que começa a rir bossalmente do filme e acha que está rindo com o filme.É uma associação de burrices no escuro.

Muito bem.Falei isso porque acho que também o jornalismo cultural tem a obrigação de sair de cima do muro e começar a denunciar abaxis horrendos que chegam aqui.Acontece que a idéia contemporânea de que tudo que é produzido pode ser consumido.Acontece que numa crise de parâmetros as pessoas acham que tudo vale a pena e os jornalistas ficam intimidados em condenar,como se condenar fosse digamos,antidemocrático,conservadorismo,censura cultural.

Mas não é.Há de condenar sim as porcarias que nos enviam,que vão modificando a mente.E não é só condenar,há de elogiar filmes que merecem.Por exemplo, está em cartaz um filme brasileiro muito bom,chamado "Estamos Juntos",produzido e dirigido por Toni Venturi, que traça uma radiografia interessantíssima de tipos paulistas onde impressiona a excelente interpretação de Leandra Leal,certamente uma das nossas melhores atrizes.O filme mostra o amor mesclado com problemas sociais como os dos sem teto,tragédias ligadas a vida e a morte, naturalmente.

Claro que não devemos propor um nacionalismo ridículo de proteção a filmes brasileiros,é claro que não. mas é chocante na imprensa o desprezo por nossas produções e a dedicação na divulgação incessante de porcarias importadas que cegam os analistas colonizados.

Estamos juntos,o filme de Toni Venturi deve ser visto.O resto do lixo que tá passando ai deve ser evitado.