segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A diferença da morte do rico para o pobre

Por Thyago Macedo

O domingo foi marcado pela violência no trânsito e Natal perdeu duas vidas de graça. Dois acidentes, muito parecidos, tiraram a vida de um jovem de 17 anos, na Hermes da Fonseca, e de uma menina de nove anos, na Redinha.

Postei no Twitter que pra mim a morte da Redinha foi mais grave por se tratar de uma criança, mas como a da avenida Hermes da Fonseca foi com pessoas ricas o destaque será maior na imprensa.

Digo isso porque o noticiário sobre o acidente envolvendo jovens de classe média-alta esquentou o Twitter durante a madruga e amanheceu na boca dos natalenses. Agora a tarde, no entanto, não vi nem de longe a mesma movimentação e "revolta" com a morte da criança na Redinha. Por que será?

Vieram me perguntar se uma vida vale mais do que a outra e eu respondo que SIM. A menina que morreu na Zona Norte foi vítima da imprudência do motorista que assumiu a direção de um veículo estando alcoolizado, de acordo com a polícia. Além disso, o pai e mãe também foram atingidos e estão em estado grave.

Ela morreu inocentemente ao ser atropelada. Diferentemente disso, os jovens que estavam no carro envolvido no acidente da Hermes da Fonseca tinham consciência de seus atos e assumiram um risco durante a madrugada.

Pode achar ruim quem quiser, mas eles não foram vítimas inocentemente como a criança. Por isso, a vida dela pra mim vale mais e o caso da Redinha foi mais grave sim! Pelo menos neste caso, o motorista responsável foi preso em flagrante.

Sei que as famílias dos jovens que se acidentaram na Hermes da Fonseca estão em choque e não pensem que sou prepotente ao falar dos riscos assumidos por eles. Entendo que isso poderia ter acontecido comigo ou com algum familiar meu. Mas passar a mão na cabeça de quem comete erros nunca deve fazer parte da educação.
 

Obras que contribuem com o trânsito ruim

(Foto:Thiago Gonçalves)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

A regulação da mídia no Congresso

Por Venício A.de Lima

Ainda não se conhece sequer o pré-projeto de marco regulatório para as comunicações eletrônicas que o governo Dilma promete enviar ao Congresso Nacional (no segundo semestre?), mas deputados e senadores já explicitam suas posições para a eventual disputa que se antecipa.

É inevitável um forte sentimento de déjà vu, nada animador. Lembra-nos das velhas batalhas, por exemplo, da Constituinte de 1987-88. Em alguns casos, lá estão, ainda hoje, os mesmos atores, com o mesmo discurso, na defesa dos mesmos velhos interesses.

Velhos concessionários

Matéria da Agência Câmara revela dados do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) indicando que, na atual legislatura, existe uma bancada de, pelo menos, 60 parlamentares proprietários, acionistas ou ligados a emissoras de rádio e/ou televisão. Se forem contabilizados proprietários diretos e indiretos (parentes e outros), esse número passa dos 100, vale dizer, cerca de um quinto do total de deputados.

Seria ingenuidade acreditar que esses deputados-concessionários não atuarão em defesa de seus interesses como empresários de comunicação e como detentores do poder de construção da agenda pública em suas respectivas cidades e/ou regiões eleitorais. Muito provavelmente eles estarão – como sempre estiveram – na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara (CCTCI), por onde obrigatoriamente passa qualquer proposta legislativa referente às comunicações.

Caso emblemático

A matéria já referida da Agência Câmara traz, por exemplo, a posição de um velho conhecido daqueles que acompanham a história da regulação das comunicações no país, o deputado Arolde de Oliveira (DEM-RJ).

Concessionário de uma emissora de rádio no Rio de Janeiro, como presidente da Subcomissão da Ciência e Tecnologia e da Comunicação na Constituinte, ele liderava um grupo de parlamentares vinculados, direta ou indiretamente, a empresas de rádio e/ou televisão, como os deputados Arnoldo Fioravante, PDS-SP (Rede Capital de Comunicações); Fausto Rocha, PFL-SP (Sistema Sílvio Santos); José Carlos Martinez, PMDB-PR (Organizações OEME, TV Carimã-PR); José Elias, PTB-MS (TV Mato Grosso); Mendes Ribeiro, PMDB-RS (RBS –Rede Brasil Sul de Comunicações); Paulo Marques, PFL-PE (TV Tropical-PE), além do irmão e do filho do ministro das Comunicações à época, Antonio Carlos Magalhães.

Foram esses constituintes que, com a ajuda de outros três parlamentares do PMDB (Onofre Corrêa, MA; Aluízio Vasconcelos, MG; e Roberto Vital, MG) e um do PDS (Francisco Diógenes, AC), derrotaram o relatório que continha as propostas de democratização do setor preparado pela deputada e jornalista Cristina Tavares (PMDB-PE), na Subcomissão.

Quase vinte e três anos depois, o mesmo deputado Arolde de Oliveira (DEM-RJ), se declara contra um marco regulatório e contra a proibição de que políticos no exercício do mandato sejam concessionários. Afirma:

"Não temos que reinventar a roda (em relação à legislação), temos que corrigir problemas, sem mexer nas conquistas (...).

"Por que [um parlamentar] não pode ter [concessões de radio e/ou televisão]? O político tem mandato temporário, ele entra e sai. E ele pode não ter a propriedade da emissora, mas ela pode estar em mãos de uma pessoa de sua confiança.

"Se o político que tem rádio tem facilidade para se eleger, o político que tem dinheiro também tem. Essa é uma discussão ideológica".

E os deputados não concessionários?

Por outro lado, o líder da bancada majoritária na Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira (PT-SP), parece ter plena consciência do que virá pela frente ao afirmar:

"A bancada de radiodifusão é cerca de 1/5 do Congresso, mas resta 4/5, e não quer dizer que este 1/5 seja todo contrário a mudanças, se elas forem boas para o País".

Além disso, os primeiros sinais de articulação de deputados alinhados ao governo Dilma no sentido da aprovação de um marco regulatório para as comunicações eletrônicas começam a ser dados.

Os deputados Emiliano José (PT-BA) e Luiza Erundina (PSB-SP) estão articulando a criação de uma "Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação" exatamente com o objetivo de promover a discussão em torno do projeto que deve vir. O texto preliminar do Manifesto de lançamento dessa Frente foi divulgado no dia 22 de fevereiro (ver abaixo).

O debate e a disputa em torno de idéias e interesses são próprios da democracia, sobretudo, no Congresso Nacional. O que se espera, todavia, é que, quase 23 anos depois da Constituinte de 87/88, avancemos no sentido do pleno estabelecimento do direito à comunicação e não prevaleça, ainda uma vez mais, o interesse de grupos empresariais concessionários do serviço público de radiodifusão.

A ver.

*****

Manifesto da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular

A Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação é uma iniciativa de membros da Câmara dos Deputados, em parceria com entidades da sociedade civil, que visa a promover, acompanhar e defender iniciativas que ampliem o exercício do direito humano à liberdade de expressão e do direito à comunicação.

O direito à liberdade de expressão, previsto no artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos artigos 5º e 220 da Constituição Federal, enfrenta hoje dois tipos de obstáculos que justificam e reforçam a necessidade desta Frente Parlamentar.

O primeiro está na existência de ações de órgãos do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário e de entes privados que visam a cercear o exercício dessa liberdade pelos seus beneficiários, ou seja, os cidadãos e cidadãs brasileiros. É preciso que se tomem iniciativas e se criem mecanismos permanentes, inclusive no âmbito do Parlamento, para denunciar e combater esse tipo de ação.

O segundo obstáculo está na ausência de regulação e políticas públicas que promovam e garantam a liberdade de expressão e o direito à comunicação. Hoje, as condições para o exercício dessa liberdade são muito desiguais, já que os canais de mídia, elementos-chave para a efetivação desse direito, estão nas mãos de alguns grupos econômicos cuja prática impõe sérios limites à efetivação da liberdade de expressão do povo brasileiro e é fortemente marcada pela prevalência de interesses privados em detrimento do interesse público. Portanto, não basta denunciar e combater ações contrárias à liberdade de expressão; é preciso propiciar meios para que todos os cidadãos e cidadãs tenham condições de exercê-la. Assim, enquanto houver dificuldades ou impedimentos econômicos, culturais, sociais, técnicos e políticos para o exercício deste direito, é dever dos Poderes Executivo e Legislativo desenvolver ações no sentido de garantir que o maior número de cidadãos possa produzir, disseminar e acessar informações e cultura.

De outra forma, a promoção dos direitos à liberdade de expressão e à comunicação é condição para o pleno exercício da democracia no país. Se os meios de comunicação são os principais instrumentos de circulação de ideias e valores na sociedade brasileira, espaço essencial de consumo de informação e cultura pelos cidadãos e cidadãs, devem então refletir a pluralidade e a diversidade da sociedade, pré-requisito da verdadeira democracia.

A realidade dos meios de comunicação mudou muito nas últimas décadas, especialmente pelo surgimento da internet e a efetivação da convergência digital, nos seus aspectos técnico, comunicacional e empresarial. Com a mudança dessa realidade, alteram-se também os obstáculos, e, por sua vez, requerem-se respostas adequadas a esse novo cenário. Hoje, pensar a universalização do acesso à internet, por exemplo, é tão essencial à liberdade de expressão e ao direito à comunicação, quanto o é à promoção da diversidade de conteúdo no rádio e na televisão.

A Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação reúne parlamentares e organizações da sociedade civil comprometidos com valores democráticos e se propõe a atuar tendo como base os objetivos acima referidos, observando a complementaridade, indivisibilidade, interdependência e não hierarquização dos direitos humanos. Assim, ela reconhece, conforme prevê o artigo 13 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, que o exercício da liberdade de expressão está sujeito a responsabilidades ulteriores (ou seja, a posteriori), especialmente quando o que foi dito representar violação de outros direitos humanos. Essa condição não deve criar precedentes para nenhum tipo de censura prévia, seja ela governamental ou judicial, mas precisa ser observada no sentido de proteger a dignidade da pessoa humana, especialmente a de grupos vulneráveis como crianças e adolescentes, mulheres, negros e negras, indígenas, população LGBTT e pessoas portadoras de deficiência.

A atuação da Frente se baseia em iniciativas já em curso no Congresso Nacional e em novas ações propostas por seus integrantes, levando em consideração estudos anteriormente realizados por comissões da Câmara e do Senado e propostas elaboradas por entes de todos os setores da sociedade civil, sobretudo as aprovadas na 1ª Conferência Nacional de Comunicação.

Entre os objetivos específicos da Frente Parlamentar estão, sem prejuízo de outros, os seguintes:

** defender os princípios constitucionais relativos ao tema, especialmente aqueles previstos nos artigos 5º e 220 a 224 da Constituição Federal;

** lutar contra qualquer tipo de ação direta ou indireta de censura prévia de caráter governamental ou judicial;

** contribuir para a regulamentação dos artigos 220, 221 e 223 da Constituição Federal, que tratam da proibição de monopólios e oligopólios no rádio e na TV; da existência de mecanismos de defesa contra programações que violem os dispositivos constitucionais; da preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas no rádio e na televisão; da regionalização da programação e do estímulo à produção independente; e da complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal;

** defender a ampliação do acesso da população à banda larga, garantindo a universalização do serviço, preços acessíveis e qualidade do serviço ofertado;

** trabalhar pela liberdade na internet, tendo como parâmetros a proteção à neutralidade de rede e ao direito à privacidade e à liberdade de expressão;

** defender a ampliação da participação popular no acompanhamento e regulação do sistema de comunicações;

** defender transparência, regras e procedimentos democráticos em outorga e renovação de concessões, permissões e autorizações de rádio e TV;

** contribuir para o fortalecimento do sistema público de comunicação, inclusive rádios e TVs comunitárias;

** defender os direitos de grupos vulneráveis como crianças e adolescentes, mulheres, negros e negras, indígenas, população LGBTT e pessoas portadoras de deficiência, no tocante às questões de comunicação;

** defender políticas de incentivo à pluralidade e à diversidade em todos os meios de comunicação, com especial observância à diversidade regional e cultural brasileira;

** incentivar a produção, distribuição e acesso a conteúdo produzido no Brasil por empresas e organizações brasileiras;

** contribuir para o fortalecimento de pesquisa e adoção de tecnologias nacionais nas diversas etapas da cadeia produtiva das comunicações;

** estimular medidas que fortaleçam a educação para a prática e a leitura da comunicação, de maneira formal e informal, entre os estudantes do ensino fundamental e médio.

A Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação coloca-se, assim, como um instrumento do parlamento e da sociedade civil brasileira para a ampliação do exercício desses direitos e para o fortalecimento da democracia.

Todo início de ano

Charge:Ivan Cabral

Cinema é representação. Nem mesmo o documentário é de total realidade


Podemos definir o que é Cinema em muitas coisas. A “sétima arte” pode ser: emoção, conhecimento, ação, vida, arte, imagem, representação da realidade, ficção, história/narrativa, linguagem, etc. Mas o que mais caracteriza a fascinante maravilha do mundo são a indústria, instituição e representação.

A primeira se remete ao desenvolvimento, pela burguesia em ascensão do século XIX, de novas máquinas que puderam registrar os momentos das pessoas. Diferente da fotografia, que registrava apenas os instantes, o cinema fascinou mais ainda por trazer a novidade das imagens em movimento. Parecia coisa viva, real. Sabendo disso, os criadores perceberam que poderiam ganhar muito dinheiro com a invenção. Foi criada então a indústria do cinema com o controle da produção e de estúdios de posse dos burgueses, primeiro como entretenimento, comunicação e diversão. 

Depois o cinema serviu como um aliado a ideologia dos políticos. Estes aproveitaram a força do novo meio de massa para legitimar seus regimes por meio do marketing. O cinema se constituiria como construtor e consolidador de instituições. Exemplos disso: a contratação de uma cineasta por Hitler para registrar os momentos de seus inflamados discursos, suas vitórias na segunda guerra; o cinema soviético e americano criados na guerra fria com seus respectivos estilos de vida para provar quem era melhor, e tantos outros. Até os dias de hoje o cinema serve como ideologia com as mesmas intenções já citadas, basta ver o cinema de Hollywood que até vende a idéia ser o melhor cinema, para ser mais assistido e chegar a seu fim último, fazer do resto do mundo o modelo norte-americano.

E por último, cinema é representação. Em cinema não existe realidade. Esta é vendida, dita como tal. Na verdade, realidade é algo muito subjetivo, cada pessoa tem uma forma de ver uma imagem, de ver movimento, de enxergar e vivenciar as relações sociais. Portanto numa única tela não é possível captar todos os tipos de olhares de uma realidade, devido a diversidade que existem de seres humanos. A própria imagem que está na tela é uma visão de apenas uma pessoa. 

Sem falar na diferença do real e imaginário, na imagem em si. Um trem chegando à estação filmada de tal forma que o trem aparecia vindo de longe e enchendo a tela a medida que chegava mais perto. O público levou um susto! Todos já haviam visto um trem em movimento, a novidade com certeza não consistia no movimento. Todos também sabiam que não haviam trem na tela, a imagem era preto-e-branco, sem som (a primeira forma do cinema foi o mudo). Portanto não havia dúvidas de que não se tratava de um trem de verdade. Só podia ser uma ilusão. E aí que reside a novidade: a ilusão do real, a impressão da realidade.

Todas as artes 
1ª - Música (som)
2ª - Dança (movimento)
3ª - Pintura (cor)
4ª - Escultura (volume)
5ª - Teatro (representação)
6ª - Literatura (palavra)
7ª - Cinema (integra as anteriores mais a arte digital)




sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Até que ponto pode ir o sensacionalismo?

Capa do Jornal Meia Hora de hoje.Um músico da banda que toca o sucesso do momento "Vou não,quero não..." morreu em um acidente automobilístico.O cantor saiu ileso

Título:Reginho quase vai,mas escapa

Há 44 anos, pouco depois da ditadura determinar censura prévia à toda a imprensa brasileira,era criado o Ministério das Comunicações.Na teoria muito bom,mas na prática...

Por Portal das Comunicações
   O Ministério das Comunicações é o órgão do poder Executivo Federal encarregado da elaboração e do cumprimento das políticas públicas do setor de comunicações. Tem como missão, proporcionar à sociedade Brasileira acesso democrático e universal aos serviços de telecomunicações, radiodifusão e postais, privilegiando a redução das desigualdades sociais e regionais, o desenvolvimento industrial-tecnológico competitivo, a expansão do mercado de consumo de massa e a gestão sustentada do meio ambiente. Suas atividades abrangem:
  • Política nacional de telecomunicações e de radiodifusão.
  • Regulamentação, outorga e fiscalização de serviços de telecomunicações e de radiodifusão.
  • Controle e administração do uso do espectro de radiofreqüência.
  • Serviços Postais.
   Com a Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica, o Ministério das Comunicações administra as concessões de rádio e de TV aberta, desde o processo licitatório até o seu funcionamento, baseado na legislação específica. Fiscaliza a exploração dos serviços de radiodifusão nos aspectos referentes ao conteúdo de programação das emissoras, bem como a composição societária e administrativa, instaura procedimento administrativo visando a apurar infrações de qualquer natureza referentes aos serviços de radiodifusão e adota as medidas necessárias ao efetivo cumprimento das sanções aplicadas aos executantes do serviço.
    Com a Secretaria de Telecomunicações, o Ministério das Comunicações formula políticas e diretrizes, objetivos e metas, regulamentação e normatização técnica, relativas aos serviços de telecomunicações. A Secretaria auxilia também na orientação, acompanhamento e supervisão das atividades da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL. Planeja e coordena, normativamente, as atividades e os estudos que orientam a formulação de programas e projetos visando a universalização dos serviços de telecomunicações, inclusão digital e a implementação de medidas voltadas ao desenvolvimento tecnológico e industrial brasileiro.
    Cabe a Subsecretaria de Serviços Postais, subsidiar a formulação de políticas, diretrizes, objetivos e metas relativos aos serviços postais. Também é responsável por realizar estudos visando a proposição de novos serviços, bem como a regulamentação e normatização técnica e tarifária, para a execução, controle e fiscalização dos serviços postais existentes. Além disso, controla e acompanha o desempenho da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

Atual Ministro das Comunicações


Paulo Bernardo Silva nasceu em 10 de março de 1952 na cidade de São Paulo, SP. Bancário, foi eleito Deputado Federal pelo PT do Paraná para a primeira legislatura de 1991 a 1995. Foi reeleito, em 1994, para o segundo mandato, no qual foi vice-líder do PT e presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.

Em 1999 assumiu o cargo de Secretário de Fazenda do Estado do Mato Grosso do Sul, onde permaneceu até o fim de 2000. Foi ainda secretário de Fazenda do município de Londrina de janeiro de 2001 a março de 2002.

Em 2002, foi eleito para o seu terceiro mandato, ocupando cargos de destaque na Câmara Federal. Foi, novamente, vice líder do PT e presidente da Comissão Mista de Planos Orçamentos Públicos e Fiscalização. Licenciou-se em março 2005 para assumir o ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Em 1º de janeiro de 2011, tomou posse como ministro das Comunicações.

(61) 3311-6092, 3311-6067. 
gabinete@mc.gov.br
Esplanada dos Ministérios, Bloco “R”, 8º andar   

Galeria de Ministros
  • José Artur Filardi (março de 2010 a dezembro de 2010)
  • Hélio Costa (julho de 2005 a março de 2010)
  • Eunício Oliveira (janeiro de 2004 a julho de 2005)
  • Miro Teixeira (janeiro de 2003 a janeiro de 2004)
  • Juarez Martinho Quadros do Nascimento (abril de 2002 a dezembro de 2002)
  • João Pimenta da Veiga Filho (janeiro de 1999 a abril de 2002)
  • Luis Carlos Mendonça de Barros (abril de 1998 a novembro de 1998)
  • Sérgio Motta (janeiro de 1995 a abril de 1998)
  • Djalma Bastos de Morais (dezembro de 1993 a janeiro de 1995)
  • Hugo Napoleão (outubro de 1992 a dezembro de 1993)
  • Affonso Camargo – Ministério dos Transportes e Comunicações (abril de 1992 a outubro de 1992)
  • João Santana – Ministério da Infra-Estrutura (maio de 1991 a abril de 1992)
  • Eduardo Teixeira – Ministério da Infra-Estrutura (março de 1991 a maio de 1991)
  • Osires Silva – Ministério da Infra-Estrutura (março de 1990 a março de 1991)
  • Antônio Carlos Magalhães (março de 1985 a março de 1990)
  • Haroldo Corrêa de Mattos (março de 1979 a março de 1985)
  • Euclides Quandt de Oliveira (março de 1974 a março de 1979)
  • Hygino Caetano Corsetti (outubro de 1969 a março de 1974)
  • Carlos Furtado de Simas (março de 1967 a outubro de 1969)

Faixa exclusiva para quem?

(Foto:Autor desconhecido/Todos os direitos reservados)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Síntese do texto “A formação acadêmica e o despertar do espírito científico”

Bem verdade que os saberes específicos, seja de qual área for, são importantes para dar suporte aos que estão interessados em seguir uma carreira. O domínio de uma especificidade vai dar ao indivíduo a capacidade técnica de exercer a profissão que escolheu com qualidade.

Porém, diante da complexidade do mundo e dos diversos tipos de relações entres os seres que o habitam, o conhecimento específico de uma dada área já não é o suficiente para contribuir com o esclarecimento do homem em seu meio. A concepção das coisas ficará limitada, e pior ainda ficarão as futuras gerações que aprenderem conceitos distorcidos.

Dessa forma, a universidade entra em seu papel de protagonista de abarcar as diversas áreas para uma melhor concepção do mundo em que se vive. Professores a alunos são daqui para frente responsáveis em divulgar uma nova idéia forma de produzir conhecimentos. A tríade Ensino, Pesquisa e Extensão é uma forma perfeita de como uma universidade deve se portar diante de um público que espera respostas favoráveis aos investimentos feitos. A Pesquisa é um incentivo que o professor dá ao aluno para este descobrir coisas e idéias novas, vertentes diferentes do que são comentadas, a idéia é promover um debate. O Ensino é o repasse do que foi absorvido, o resultados das pesquisas precisam ser levados em conta, informando aos alunos as tendências. E por último a Extensão, que nada mais é do que a questão social, uma formação conscientizadora que se pautou no que foi divulgado. É devolver para sociedade , graças a estudos, o investimento feito.

Como podemos perceber, uma das características do curso acadêmico é a formação universal, plural, fazendo com que o aluno entenda as diferenças entre as áreas, assim sendo uma formação mais humana e compreensível.Dessa forma, vai além do conhecimento da profissão, faz-se entender os processos sociais, históricos e culturais aos quais estão ligados. O estudante então toma essa consciência social para si, como um verdadeiro respeito à vida.

Pensamos também que o contato com diferentes áreas do conhecimento, faz com que o aluno desenvolva habilidades de comunicação com a finalidade de trocas culturais, enriquecimento intelectual e conhecimento humano.

Apesar de que adquirir conhecimentos em áreas diferentes não é muito comum, ainda mais quando existiu a vida inteira uma doutrinação do terror e da passividade nos alunos, não os deixando pensar. Antes de entrar na universidade, o aluno tinha que obedecer a regras. O não questionamento e dúvidas sempre fez parte do aluno, por ele ser passivo a vida inteira. Por isso, um trauma histórico de não haver alunos reivindicadores. Daí que se necessita a figurar do pesquisador, daquele que seja construtor do seu próprio reconhecimento, que não aceite fácil as regras, que desconfie, que tenha senso crítico.

Para ser um aluno com essas características, antes de tudo o acadêmico tem que ser aplicado, ter dedicação e ser organizado. Ler, escrever, pesquisar, elaborar relatórios, fichamentos, resumos, resenhas, etc. Aí que vem a disciplina de metodologia da ciência. De ciência a gente entende um pouco, já que é construída pela pesquisa. Mas o método não e tão claro assim. O método nada mais é do que os meios para chegar a conclusão de uma pesquisa. O método científico é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento. Um método nunca é igual ao outro, são diferentes de uso em pessoa e pessoa, mas precisa ser demonstrado quais são os procedimentos que o comprovam.

Persistência, dedicação, abertura para novidade e metodologia são características fundamentais para exercer a atividade de pesquisador. Esta que vem sendo valorizada não só por produzir conhecimentos, mas sobretudo para os estudantes formados fiquem apenas na formalidade, incompletos.


Bom aluno

Charge:Chico Caruso

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O que está por trás da não exclusividade do título de 87 ao Sport



A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), protagonizada pelo eterno presidente Ricardo Teixeira, mais uma vez passou por cima de tudo e de todos, fazendo o que dá na telha amparando-se somente por seus interesses. A última palhaçada do chefão do futebol foi revogar decisão judicial e declarar o Flamengo como campeão brasileiro de 1987. Isso mesmo, Ricardão passou por cima da decisão do Superior Tribunal de Justiça(STJ), que declarou o Sport Clube do Recife como o único campeão daquele ano, e agora diz que o título será dividido entre os dois clubes.

Entendendo o caso


No ano de 1987, a CBF não tinha condições financeiras para realizar o campeonato daquele ano. Então o recém criado “Clube dos 13”, formado pelos principais times brasileiros, foi o organizador. O campeonato foi chamado de Copa União, formado por 2 grupos, o módulo verde (formado por clubes ditos principais) e o módulo amarelo (formado por clubes ditos secundários). No regulamento estava previsto que campeões e vice de cada módulo iriam disputar um quadrangular final para aí sim decidir o campeão daquele ano.


Só que no meio da competição Flamengo e Internacional (campeão e vice do módulo verde) decidiram não cumprir o que haviam acordado no regulamento e resolveram boicotá-lo, ou seja, não jogar o quadrangular com Sport e Guarani, campeão e vice, respectivamente do módulo amarelo. 

O Flamengo se recusou a jogar com o Sport, este que jogou com o Guarani jogos de ida e volta. O Sport empatou em Campinas por 0 a 0 e ganhou em Recife por 1 a 0, sagrando-se Campeão Brasileiro de 1987, título que conquistou no campo, jogando. No ano seguinte, o rubro-negro pernambucano representou o Brasil na Taça Libertadores da América.

Perguntar não ofende 1: Se o Flamengo se julgava tão superior porque não acabou logo com isso jogando contra o Sport?

Perguntar não ofende 2: O Guarani foi vice campeão de 86.Porque foi colocado no grupo secundário em 87?

Obs 1: A Taça original está na Ilha do Retiro (estádio do Sport)

Obs 2: A FIFA (entidade internacional e máxima do futebol) reconhece somente o Sport como campeão daquele ano

Entendendo o outro lado

O lado ridículo da questão em também dar o título ao Flamengo é o inteiro compromisso nos interesses ideológicos, que consequentemente levam aos interesses comerciais/econômicos. Movendo as paixões de massa, a máquina dos meios de comunicação é importantíssima para consolidar a magia nos torcedores que já existem e para angariar novos adeptos a torcerem para um clube de futebol. Nesse sentido, a Globo que faz esse papel de uniformizar as mentes Brasil afora, pois não quer perder o direito exclusivo de transmissão que possui do campeonato brasileiro. É um interesse de ambas as partes, da TV e dos clubes que possuem as maiores torcidas, esses que podem aumentar seus faturamentos oriundos do marketing.

Já o clube dos 13 já manifestou várias vezes que quer democratizar o futebol brasileiro, para isso sabe que também terá que democratizar a mídia, outras emissoras já manifestaram interesse em transmitir o campeonato brasileiro. Três ou quatro canais exibindo jogos diferentes seria muito interessante, os torcedores dos vários clubes do país não ficariam mais reféns dos jogos de um ou dois clubes de uma única região. Logicamente a tentativa heróica do Clube dos 13 não foi bem aceita por esses grandes clubes que querem manter suas hegemonias.

Com isso, o Flamengo, dono da maior torcida do Brasil, graças as exageradas babações da Globo durante 20 anos, teve que dar um jeito de brecar essa tentativa de democratização e tentar rachar o Clube dos 13 para que a idéia não ande. Então, o primeiro passo foi a reunião às portas fechadas entre a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, com Ricardo Teixeira, que em tudo vê dinheiro na frente, para dar um título ao Flamengo e realmente rachar o clube dos 13, aquela entidade que fez a Copa União, assim ficando desmoralizada. Com a saída de alguns clubes da entidade alternativa (Corinthians já saiu porque tem o mesmo interesse de unificação das pessoas assim como tem o Flamengo) a democratização dos jogos e da mídia não será unanimidade, dando continuidade ao status do Flamengo e da exclusividade da Globo. 

Mídia engoliu a corda na força

Foi um festival. Festa do Flamengo isso, festa do Flamengo aquilo. Vídeos do time, da torcida, hino, reprises. A mídia viu apenas o Flamengo, não quis saber o outro lado. Isso em jornalismo não se faz, a não ser que esteja engajado em alguma causa, o que é entendível nesse caso. Mas é um tremendo deserviço público de esclarecimento dos fatos. Repórteres da Rede Globo Nordeste (com sede em Recife) estavam doidos para dar opinião, mas se falar já sabem, é demissão na certa. Comentaristas competentes e renomados da Sportv (também das organizações Globo) até comentaram algo favorável ao Flamengo. Era de se esperar.


A mídia ignorou tanto o Sport que pretende calar o assunto. Tanto que agora se discute mais se o São Paulo deve entregar a Taça de Bolinhas (dada ao primeiro pentacampeão) ao Flamengo do que a reivindicação do clube pernambucano. Somente a mídia local de outras afiliadas que não seja a Globo e um jornal impresso e outro comentarista da Band nacional estão juntos com o clube da Praça da Bandeira.

Luta Homérica

Homero Lacerda,presidente do Sport em 1987

O presidente do Sport em 1987, Homero Lacerda brigou e briga até hoje pelos direitos conseguidos na justiça pelo clube que defende. Ao falar sobre a decisão da CBF, falou o seguinte: “é um interesse político, o Flamengo está se resgatando politicamente e a entidade não quer perder o dinheiro da TV e do próprio clube. Essa menina que está na presidência é inocente, estão usando ela para pratica má fé. Só que estão expondo um grande clube como o Flamengo ao ridículo, por que não precisa ficar dividindo título com ninguém, ainda mais quando não o pertence jurídica e moralmente”.

A seguir, veja a sequência de três vídeos em que Homero Lacerda esclarece de forma brilhante, o que aconteceu em 1987:


                                   

No Brasil é diferente

Charge:Néo

22 de fevereiro de 1987: morre o criador da arte pop

Por L&PM Editores
Andy Warhol morreu no dia 22 de fevereiro de 1987 às 06h32min da manhã, segundo o prontuário do Hospital de Nova York. Recuperava-se bem de uma cirurgia de rotina na vesícula biliar realizada no dia anterior, mas não resistiu a uma “arritmia pós-operatória cardíaca súbita”. Dezenove anos antes, em 3 de junho de 1968, ele havia levado três tiros de Valerie Solanas no momento em que saía da sua célebre Factory no Soho. 
Solanas era uma ex-funcionária, roteirista, lésbica e fundadora do movimento SCUM (Society for Cutting Up Men - Sociedade para eliminar os homens). Este atentado foi tema do filme "I shot Andy Warhol" (Eu atirei em Andy Warhol), dirigido por Mary Harron (1996). Warhol esteve semanas entre a vida e a morte, mas conseguiu recuperar-se levando seqüelas do atentado para o resto da sua vida. 
Nos anos 1970,Warhol fundou a revista Interview que tornou-se uma referência de jornalismo cultural. Fez filmes underground considerados clássicos do gênero. Mas sua celebridade e sua importância como artista estão ligadas à pop art. Seu nome figura ao lado de Roy Lichtenstein e Jasper Johns como grandes pioneiros daquele que seria o maior movimento de artístico pós arte moderna. E Warhol foi além. Sua arte é uma consequência da sociedade de consumo cuja explosão nos anos 50 e 60 ele assistiu e viveu. Trouxe, como Johns e Lichtenstein, o banal, os ícones da cultura popular para as suas criações. Sua proposta foi fazer múltiplos, utilizando séries com telas impressas em serigrafia onde ele fazia intervenções pontuais. 
Sua célebre representação das latas de sopa Campbell’s – um clássico da pop art – e sua frase “no futuro todos terão seus 15 minutos de fama”, são emblemáticos da sua filosofia. Warhol fez incursões na música e lançou Lou Reed e seu Velvet Underground.
Andy Warhol nasceu em 6 de agosto de 1928 em Pittsburg, Pensilvânia, filho de uma família judia oriunda da Eslováquia. Publicou vários livros, inclusive “Os Diários de Andy Warhol” editado no Brasil pela L&PM em 1989. Uma das marcas de sua personalidade foi o deslumbramento com celebridades, exposto no seu diário e na sua própria obra. 
Em poucas palavras, AW é responsável pela última grande revolução artística. Extraindo elementos da cultura de massas registrou a fundamental passagem para a era pós-moderna. Poucos artistas na história da arte tiveram tanta influência sobre os seus contemporâneos.

O que a chuva fez em São Paulo


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Em bate-boca, prefeito de Manaus fala para desempregada 'morrer'

Por Folha.com

Em visita a uma área de risco de desabamento, o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), 71, mandou na manhã desta segunda-feira uma moradora "morrer" ao ser questionado por ela sobre a solução do problema de habitação.

No fim de semana, durante um temporal, três pessoas morreram após o desabamento de um barranco sobre casas na cidade.

De chapéu panamá e camiseta verde, Amazonino, cercado por moradores, falava sobre a necessidade de deixar o lugar. O vídeo foi gravado por um repórter de um site local e colocado no Youtube.

"É preciso parar de construir casas em áreas de risco", disse o prefeito.

A moradora desempregada Laudenice Paiva, 37, rebateu. "Mas prefeito, se a gente mora aqui é porque não tem onde morar."

Irritado, ele afirmou: "Minha filha, então morra, morra, morra!"

O prefeito indagou de qual cidade a moradora vinha. Ela disse que era paraense. "Então tá explicado", reiterou Amazonino.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Manaus argumentou que o político foi provocado pela moradora. Segundo a prefeitura, ela não mora na localidade.

Após o episódio, Amazonino declarou que "compreende" a indignação da moradora. Mas falou que havia "gente instruída por grupos políticos para criar clima, criar problema, desviar a atenção da realidade".

Confira o vídeo:

BBB

Golaço de Juninho

Reallity policial é mito



Hoje criam Reallity-Shows pra tudo quanto é lado. Têm de crianças, namorados, de dançarinos...e até ações policiais. Como era de se esperar esses programas que de real não tem nada, apenas enganam seus telespectadores que acreditam piamente naquilo que estão vendo; mas é tudo manipulado. E no caso de programas policiais, a performance dos novos atores é mais discrepante ainda quando vemos o que realmente acontece nessa profissão.

Os programas Operação de Risco e Polícia 24 Horas, da Redetv(sábados e segundas-feira às 22h) e Band (toda quinta-feira 22h15), respectivamente, são os novos queridinhos do formato e do público. São atrativos mais do que o normal porque vendem além de realidade, o perigo. Faz realmente mexer com os nervos dos telespectadores, mas nada muito exagerado, o que faz desconfiar realmente se não há mediação ali, pois sabemos que nem sempre as ações são pacíficas e terminam bem. 

As abordagens dos policiais aos suspeitos, por exemplo, são feitas de forma pacífica. Os policiais conversam com os bandidos de forma bem educada, pedindo “com licença” e “por favor”, dando “obrigado” e outras coisas mais difíceis de acreditar. 

Outro fator esquisito da “realidade” são os resultados das operações.Sempre dá certo, há sempre o êxito quando eles têm uma missão a cumprir. Sem contar na disposição dos policiais mal remunerados para executar seus trabalhos. É no mínimo estranho.

Não é bem verdade

Para exemplificar que não existe bondade e educação com malandro, peguemos dois casos que aconteceram somente no início desse mês. 

No primeiro, um cinegrafista amador gravou na praia de Piedade ,em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, dois policiais que faziam sessão de tortura com chutes, pontapés e afogamento com um jovem, para este revelar onde estavam as jóias que ele roubara na casa do vice-governador do estado. 


O segundo caso foi de um grupo de policiais que obrigou a dois presos passarem pela humilhação de se beijarem na boca. Um dos próprios policiais que gravou e o vídeo está no Youtube.

Por que os reallitys não mostram essas coisas? 

Mil pontos para a Tropa

Nesses casos de verdade e criação, a cada dia que passa o idealizador do filme Tropa de Elite manterá seu êxito por muito tempo. Ali não foi mostrado apenas o que os policiais fazem com os bandidos, como também identifica como a maquinaria do crime funciona, incluindo políticos e a própria polícia que se corrompe para receber uma grana a mais.

Para dar a certeza da veracidade daquilo que foi abordado no filme, semana passada estourou um esquema de corrupção na polícia civil do Rio de Janeiro, em que até delegados estavam envolvidos com a milícia do tráfico, alem da sub-secretaria de segurança do estado. Isso sim é realidade.

Sabemos dos heróis

Com os baixos salários, arriscando suas próprias vidas e ainda salvando a população de tudo quanto é coisa ruim, os policiais não deixam de provar para ninguém o heroísmo que carregam (os não corruptos). Quero acreditar que a exaltação do heroísmo seja mais para alertar as autoridades sobre a importância que representam para a sociedade do que outra coisa. Porque de mentira, esses programas que só visam audiência já contam demais.