sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A máfia que afeta os verdadeiros torcedores


“Eita danado”, pensei quando vi aquela fila gigante. Fui na Ilha do Retiro querendo comprar o ingresso do jogo de domingo entre Santa Cruz e Sport no estádio do Arruda. Dos 50 mil colocados à venda, apenas 20% será destinado a torcida do Sport por ser o visitante. E como a torcida rubro-negra está empolgada pelas últimas duas vitórias, foi em peso comprar esses ingressos.


Mas a maior dificuldade não foi enfrentar a fila com os companheiros torcedores. Os cambistas eram os verdadeiros adversários. Eles não respeitaram a fila e entraram no meio da bagunça levando muitos ingressos de estudante e de geral, os mais baratos – R$15 cada. Foi muito fácil perceber a ação dos indivíduos, tanto que polícia quanto os próprios torcedores indignados ao não verem a fila andar, agrediram fisicamente alguns dos infratores.

Depois que a polícia chegou, a coisa ficou mais ordenada. Fomos colocados rigorosamente na forma indiana para trás, mas a fila felizmente começou a andar. Porem, assim que chegou a minha vez após quatro horas debaixo de sol forte (9h às 13h), fui informado que não havia mais ingresso de estudante nem de geral, somente de arquibancada inferior – R$30.Torcedor é tão apaixonado que um deles disse: "Se fosse pra comprar um presente pra minha mulher, ia encarar um fila dessa nem a pau", rindo.


Sai sem ingresso e enquanto tomava meu primeiro gole de água na manhã/tarde dou de cara com um cambista assustado. Queria me vender o ingresso de geral por R$10,00 a mais. Falei que se ele fizesse por R$20,00,levaria dois. Ele foi irredutível, só vendia por R$ 25,00 e ainda sinicamente me perguntou se aquilo tinha saído a R$20,00 para ele. Eu sabendo que ele deu o golpe na bilheteria furando fila e comprando por R$15,00 fiquei calado. Fui embora sem querer colaborar com aquela atividade.

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