domingo, 21 de março de 2010

A TV em Israel – patriotismo dentro das variações

    Uma nação nômade por necessidade e injustiçada ao longo da história por não ter aceita a sua religião. Depois da 2ª Guerra Mundial, em que milhões de Judeus foram dizimados, os conflitos pareciam ter cessado após o término do nomadismo, com o ganho de um Estado e um território na tão desejada Terra Prometida. Mas, não foi bem o que aconteceu. Muito pelo contrário, as divergências estavam recomeçando. É que essa Terra Prometida fica bem no meio do território palestino, e mais, as terras nesse local são férteis. Eis o motivo da guerra toda que vemos na TV. Esse sai-não sai das duas nações é travada ferrenhamente. Os Judeus dizem que estão na Terra Prometida, já os Palestinos vão além disso. Para esses últimos a religião é apenas um discurso estratégico, e quem está por trás mesmo é os EUA (parceiro histórico de Israel), que estão atrás da riqueza palestina.


    Toda intolerância religiosa é mostrada pela TV de Israel, mas não só isso. Por ser uma nação rica, por tradição e por ajuda dos EUA, Israel se tornou um país dinâmico, e a TV mostra essa diversidade, sem deixar de ser patriota. Podemos citar como exemplo os seriados e reality-shows como influência norte-americana na TV israelense, adaptados a uma realidade local. No seriado “Abraçai-vos, Jerusalém”, dois filhos se rebelam contra o pai (bem americano isso), um para se tornar fundamentalista e o outro laico; no final tudo termina bem para a família, pois valorização da família também é uma tradição judaica. Outro seriado é o “Reservistas”, em que diferentes soldados são unidos pela guerra, numa espécie de glória do exército israelense. O reality-show do tipo Big Brother teve pela primeira vez um participante árabe israelense, chegou na final do programa, mas apesar de ser o mais simpático, perdeu a confiança do público por discursar de forma mais árabe e não ter cantado o hino israelense.

    O que não falta é opção na TV de Israel. ¾ dos TV’s são a cabo com 30 canais. São canais internacionais em várias línguas, e os israelenses gostam. Os programas polêmicos de muita discussão são os preferidos, as pessoas até gritam em programas de auditório devido aos temas polêmicos. Bem diferente a participação é nos telejornais. Os israelenses são totalmente passivos a eles, todos os canais possuem pelo menos um e a maioria da programação é voltada para o noticiário de atualidade.

    O canal privado 2 é a globo de Israel. Ele detem 50% da audiência, mesmo concorrendo com centenas de canais. É um canal nacional, patriótico e defende os interesses da nação. O canal 2 defende também a valorização da família que já foi exposta acima, vai regularmente ao ar.

    Já a publicidade que deturpa a realidade, em Israel ela não é recusada, por mais que apresente cenas violentas. Ela é uma propaganda do sucesso consumado do exército, família e nação israelense.

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