sábado, 22 de janeiro de 2011

O papel social dos jornalistas


Diante do fato citado no post abaixo, bom saber que casos de jornalistas agredidos não são de hoje e o registrado não será o último. Tudo porque não existe lei que dê ao profissional da área tranqüilidade para exercer seu trabalho. Aliás, lei no Brasil favorece bandido, e se for político nem pensar em ser punido.Uma prova disso, foram as palavras do empresário Augusto Caldas Targino, ex-diretor do Instituto de Pesos e Medidas (IPEM-RN) ao manter presa em um quarto um equipe de jornalistas do Novo Jornal-RN: "Não matei ninguém ainda, mas a lei daqui me dá direito a matar um ainda. É a Constituição Federal que me garante", ameaçou. Augusto Targino pode estar envolvido num escândalo do heque no valor de 700 mil reais (ao portador, segundo o deputado) foi apreendido junto com outros documentos e arquivos do ex-diretor do Departamento de infra-estrutura de Transporte (Dnit) no RN, Gledson Maia, sobrinho do deputado, e principal acusado na operação “Via Ápia”, que culminou na prisão de seis pessoas suspeitas de promover o desvio de recursos públicos destinados à duplicação da BR-101.


A sociedade precisa entender, de uma vez por todas, que o papel do jornalista ao investigar casos de corrupção é de relevante importância para si, uma vez que se denuncia para onde o dinheiro entregue como imposto vai parar. As ações sociais da imprensa vão desde descobrir pagamento milionário de propina até mostrar um buraco de esgoto na rua para que os responsáveis possam tomar as devidas medidas, tudo em favor...do social. Mostra quem são aqueles que estão agindo de forma desonesta com a comunidade, assim podendo, pelo menos, alertar nas eleições seguintes. Denuncismo! Esse o papel social do jornalismo investigativo. Se o país já está uma zona, cheio de impunidade, mesmo com o trabalho incessante da imprensa, imagine sem a mesma.

A seguir, um conjunto de frases do renomado jornalista Alberto Dines sobre o papel do jornalista. Logo depois um vídeo, dando literalmente um tapa na cara de tudo isso. Trata-se do vereador de Pontes e Lacerda (MT) Lourival Rodrigues de Morais, conhecido por Kirrarinha (DEM), que não bastando ser ladão, tinha que ser ainda covarde. Ele agrediu a repórter Márcia Pache, da TV Centro-Oeste (afiliada do SBT), em junho de 2010. A repórter apenas perguntou sobre as acusações contra Kirrarinha de utilizar uma procuração para receber a aposentadoria de um idoso, valores que, segundo a vítima, somam R$ 80 mil.

O cidadão que tem acesso às informações e condições de escolhê-las, sem perigo, está apto a sobreviver intelectualmente como Homem-Alberto Dines.

Uma notícia não se proíbe, no máximo, consegue-se limitar sua circulação-Alberto Dines.

A ignorância de certos fatos da vida contemporânea pode ser fatal para um cidadão-Alberto Dines.

O jornal, pela periodicidade diária, é o melhor instrumento para o fornecimento desse material utilitário, o serviço, que vai tornar a existência, na sociedade organizada, possível e mais fácil-Alberto Dines.

Jornalista é o intermediário da sociedade-Alberto Dines.

Não adianta focalizar apenas obras grandiosas, mas, sim, os problemas que as geraram. A propagação dos feitos monumentais tende a acomodar a comunidade, paternizá-la e impedir seu ímpeto criador. Uma corajosa menção aos problemas e às suas causas explicará os programas empreendidos para saná-los e levará a sociedade a uma parceria construtiva. Este é um dos principais defeitos da hipercomunicação-Alberto Dines.

Menos um diário, menor o continente, o mundo, a humanidade – Alberto Dines

Não somos perfeitos" é um maravilhoso antídoto contra a cultura da lantejoula e do triunfo fácil. – Alberto Dines

Quem ameaça a mídia impressa não é a internet; o dragão da maldade está escondido e atende por um nome mais complicado: precariedade intelectual. O leitor migrante que não se incomoda em trocar o jornal ou revista pelo twitter ou pelo torpedo do celular, na verdade não foi estimulado a desenvolver uma curiosidade intelectual. Lê o que lhe oferecem, contenta-se com migalhas. E na medida em que a informação oferecida pela mídia impressa é cada vez mais simplificada (a nova página sobre eleições da Folha de S.Paulo oferece infográficos, e não textos), a capacidade de concentração deste leitor torna-se cada vez mais limitada e ele, como ser pensante, cada vez mais subalterno. – Alberto Dines

Quando o jornalista procura a fonte de notícias é legítimo. Quando esta procura o jornalista, desconfie-Alberto Dines.

Os leigos em geral adorariam ser jornalistas, desde que não precisasse ir à rua catar uma informação, escrevê-la rapidamente, trabalhar à noite, sábados, domingos e feriados-Alberto Dines.

“Não dê notícias a quem quer privilégios. Não dê privilégios a quem quer notícias”. – Autor desconhecido



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