sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Apesar do fenômeno das antenas parabólicas no interior do Brasil,população se prende a tradição

    Na cidade de Escada,interior de Pernambuco,alem do intenso movimento de motos,outra curiosidade me chamou atenção:o de grande número de antenas parabólicas espalhadas pela cidade em várias casas.Porem,mesmo com uma variedade de canais que as antenas parabólicas disponibilizam ao usuário,estes não desfrutam de outros conteúdo senão os da Rede Globo.


    E isso tem um motivo.Em seu passado,a Rede Globo foi pioneira de investimentos em tecnologia para que seu sinal tivesse grande alcance nos diversos ponto do país.Hoje,o sinal atinge 98% do território brasileiro.Em Escada,por exemplo,da época em que a TV chegou na localidade (1970) até a década de 1990, só funcionava a Globo como canal,fruto daquele investimento em tecnologia de longo alcance.

    Quem quisesse ter outros canais à disposição teria que:pagar pelo serviço de TV a cabo ou instalar uma antena parabólica.A última opção mais viável economicamente para uma população de maioria que tem baixa renda.A partir daí a febre de compras de antenas parabólicas começou,mais como uma representação de status do que uma vontade de ver algo diferente na televisão.


    Record News,EBC(TV Brasil,NBC,TV Escola),MTV e TV Cultura são alguns dos canais encontrados na antena parabólica.Mas não adianta ter todo esse acervo cultural e informativo sem a população estar acostumados a vê-los.Afinal,são mais de 40 anos de domínio de uma emissora.Tanto que,ao passar os canais,a parada como se fosse obrigatória é na Globo.As casas,em movimento sincrônico,tem em seus moradores a audiência assegurada para o mesmo canal.São gerações que foram acostumadas.


    Desperdícil de conteúdos à parte,se luta muito para que emissoras públicas tenham seu lugar na programação da TV aberta brasileira.A CONFECOM deu o primeiro passo à discussão em dezembro passado,para que vá ao plenário suas propostas, e, se possível, serem aprovadas no Congresso Nacional.Mas o processo é lento,passa por desde a retirada de políticos como donos de TV's que tenham seus interesses feridos,até uma tirada de diferença de mais de 40 anos de conteúdo na programação audiovisual brasileiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário