segunda-feira, 23 de maio de 2011

Marcha da maconha tem tratamento diferente em dois lugares

A marcha da maconha no último sábado (21) em São Paulo foi bem truculenta.A polícia saiu batendo em todo mundo que via pela frente, em jovens, jornalistas que estavam fazendo seus trabalhos e em transeuntes.Não existe explicação para a ação dos policiais, já que os manifestantes não usaram da violência física para se expressarem e nem desobedeceram as autoridades. O que se viu foram esses policiais incomodados com musiquinhas criativas e rimadas em defesa da maconha.

O vídeo a seguir mostra as ações enérgicas da polícia:




Pisando leve
Ao contrário do que ocorreu na cidade de São Paulo, com graves distúrbios entre manifestantes da marcha pela Maconha e a polícia militar, a Marcha da Maconha do Recife, em sua quarta versão, acabou no Marco Zero um dia depois, em clima de muita paz e alegria. Sem incidentes.

No começo da tarde, parecia que a marcha deste ano não ia decolar. Por volta das 15:30 horas uns poucos manifestantes tinham comparecido aos bares da Rua da Moeda, no Recife Antigo. No entanto, aos poucos, uma massa de cerca de mil e poucas pessoas já estava percorrendo ruas e pontes no entorno da ilha do Recife, para defender a liberação do consumo no país.

A PM pintou no pedaço, mas não se registrou truculência alguma. Ao contrário. Sobrou cortesia e educação. De ambas as partes.

A guarnição da PM que deu plantão no local chegou a receber uma salva de palmas, enquanto apupos eram dirigidos à PM de São Paulo.

Antes de os militantes tomarem a estrada, o major Antônio da Silva Filho, comandante do 16º Batalhão, fez questão de dirigir-se aos organizares e lembrar que os manifestantes não poderiam fumar durante o ato. “Se for contrário ao que diz a lei, a gente vai atuar. Vamos acompanhar todo o percurso, dentro da legalidade, para não ter incidentes”, avisou. No ano passado, um limitante chegou a ser preso, por acender um baseado em público. “Nos estamos aqui para fazer as pessoas se comportarem de uma maneira melhor”, explicou.
Também não se viu nenhum político ou autoridade por lá. No ano passado, Zé da Flauta, ligado à secretaria de Cultura do Recife, estava presente. Entre as presenças ilustres, o professor universitário, cineasta e escritor Alexandre Figueiroa.

.“Isto aqui é o paraíso da liberdade de expressão”, exultava.

Sob escolta de um carro da CTTU, os militantes gritaram várias palavras de ordem. A primeira era Oia, Oia, maconheiro (aqui) é bóia (tem de montão, sobrando).

“A proibição causa mais danos do que a liberação”, defendeu o historiador Gilberto Lucena, da ONG Se Liga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário