quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Câimbras para alguns

    Observando a primeira rodada da Taça São Paulo de Futebol Júnior (categoria até 18 anos), pude me deparar com uma coincidência e realidade infeliz para alguns garotos. Em três jogos vistos ,Internacional-RS X Atlético Pernambucano-PE, São Paulo-SP X CSA-AL e Grêmio-RS X Confiança-SE , os jogadores dos três times nordestinos caíram de tanta dor na panturrilha e coxa.


    Poderíamos pensar então: “esse cai-cai foi cera de time que está ganhando e quer que o jogo termine logo”. Que o jogo terminasse logo tudo bem, mas não porque estavam ganhando, e sim por que estavam perdendo, e de goleada. Mas também não acredito nessa atitude anti-desportiva. O que pude notar é que eles sentiam dor mesmo, não estavam agüentando ao menos ficar de pé.


    As cenas de quase um time inteiro caindo pareceram engraçadas no jogo Grêmio-RS X Confiança-SE, mas depois nada disso. Foi triste ver a falta de preparo físico dos franzinos jogadores, apesar da determinação dos mesmos em vencer não só a partida, como também na vida.
    Já no jogo Internacional X Atlético-PE, a situação foi tão crítica para o time pernambucano, que o massagista do Internacional foi prestar atendimento médico ao jogador do Atlético.
    Logo comentaristas esportivos levantaram a hipótese óbvia das longas viagens como justificativa para o cansaço muscular, pois a maioria dos times de todas as partes do país vai a São Paulo de ônibus e passam dias nas estradas. Ou seja, os garotos já chegam cansados para jogar.

    Pouco tempo depois veio a informação de que o Atlético Pernambucano foi de avião, tudo bancado por um empresário da cidade de Carpina-PE. Então nesse caso o que houve? Por que os jogadores dessa equipe sentiram o mesmo daqueles que sofreram dias nas estradas? Na verdade, o planejamento mal feito foi determinante para que isso acontecesse. De certo, esse time foi formado às pressas sem treinar e quando foi chegando perto da data da competição treinavam feito loucos dias e noites, e arrisco dizer, até véspera de jogo.

    Não se pode culpar apenas o cansaço físico como fator de diferença entre as equipes. Tudo bem que as pernas não ajudaram, mas o volume de jogo imposto pelos vencedores e a diferença técnica em relação às equipes nordestinas foi muito grande. O bom desempenho se faz com um planejamento bem feito, sabendo que o efeito do trabalho virá a longo prazo.


    O São Paulo F.C por exemplo, exige que o menino desde os 14 anos esteja matriculado em alguma escola, e mais, apresente o boletim com boas notas frequentemente, caso contrário, nada de jogar futebol. Em troca o São Paulo dá toda estrutura como boas instalações em seus alojamentos e refeição regrada por um nutricionista. O resultado disse é o vigor físico, formação de cidadãos, resultados como os jogos relatados, revelação de novos talentos para a equipe profissional, e o melhor, geração de receita ao clube com as vendas desses jogadores para o exterior.

Um comentário:

  1. bene ragazzo, con il sostegno, n? a solo "essere" ha a che fare aconte? er.

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