sábado, 9 de janeiro de 2010

Praticar medida preventiva sem enxergar a questão por inteiro não é a maneira mais eficaz de combater a poluição do planeta


    Uma Parceria Público-Privada (PPP) entre a Rede Globo Nordeste e a Prefeitura do Recife promete diminuir o número de lixo nas praias da região metropolitana da cidade. Com o nome de Projeto Praia Limpa, a parceria distribui sacos plásticos aos visitantes, banhistas e vendedores ambulantes para que todo lixo orgânico e inorgânico seja colocado, diminuindo a feia aparência das praias.


    Porem a distribuição de sacolas plásticas não pode ser a maneira mais eficaz de combater essa poluição. Primeiro porque lixo orgânico e inorgânico não deve ser misturado, a separação é uma forma de organização que facilita a ação de coleta seletiva e dar destino correto a determinado componente para que ele seja reaproveitado; alem de não facilitar reações químicas que produzem gases poluentes para a atmosfera.



    Outro questionamento ao Projeto Praia Limpa é o uso de sacolas plásticas para colocar o lixo. Essas sacolas demoram muito para se decompor na natureza, não são biodegradáveis e são responsáveis por boa parte do desmatamento de florestas. Elas já estão sendo taxadas como uma das vilãs do aquecimento global. Alguns supermercados estão abolindo seu uso e estimulando consumidores a levarem suas próprias sacolas.

    O que se percebe do Projeto Praia Limpa é uma maneira de combater a sujeira sem eliminar a poluição. Trata-se de um paleativo, um imediatismo que não combate de fato uma das grandes questões ambientais que estão sendo discutidas no mundo. Portanto, apesar da boa intenção em retirar o lixo das praias, as autoridades não perceberam que estão clareando paisagens e escurecendo outras ao mesmo tempo.

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