O interessante disso tudo é o processo de mudança de paradigma que os documentários tupiniquins provocaram, já que estamos acostumados nessa especificidade audiovisual com o olhar de alguém de fora retratando uma realidade que não é a dele. É que no caso dos índios, é relatado o mundo em que vivem de acordo com a própria condição de habitante local.
Quando se sentirem habilitados para produzir mais, os índios também poderão realizar documentários na forma tradicional, ou seja, a partir da visão deles mostrar o que pensam da cidade grande e suas loucuras. No mínimo curioso essa inversão produtor-receptor, brancos que mostravam a vida de índios agora serem mostrados por quem antes era objeto de estudo. Fabuloso!
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