quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A TV no Líbano


    Quando religião e política se misturam (políticos no Líbano se pautam na religião para tomar ações, motivo este de tanta divergência e guerra), a população não tem muitas opções para o lazer. Nem mesmo através da televisão essas pessoas têm algo de diferente na vida. Isso porque os canais de TV aberta no Líbano são todos religiosos.

    São ao todo 7 canais de TV aberta no país, como já dito, todos são ligados as diferentes religiões, maioria muçulmanos mas há também canais cristãos. O conteúdo é relacionado a seitas dessas religiões, formas de comportamento e a não aceitação do outro.

    Mas existem também as antenas parabólicas que captam sinais via satélite com canais de outros países. E aí que vem o mais interessante. Para quem pensa que o conteúdo procurado é o entretenimento se engana. Mesmo vindo de um sinal via satélite, a programação que chega ao Líbano é predominantemente de telejornais, e os libaneses gostam. Gostam porque podem ver realmente o que está acontecendo em seu país de acordo com a visão dos outros, e muitas vezes pode ser a verdade escondida nos meios de comunicação do Líbano que são tão ligados as ideologias política-religiosa. Outro motivo para gostar tanto dos outros canais é de saber o que está acontecendo em seu país. A Guerra é uma constância na vida dessas pessoas, e elas querem saber se podem sair à rua naquele dia.

    Já que os telejornais são prioridade na programação e preferência nacional, o tempo destinado ao entretenimento é pouco. Depois dos telejornais eles começam. Um exemplo é um talkshow no estilo de American Idols (anônimos cantando atrás do sucesso), porem a relação mais íntima dos participantes não é permitida, não por proibição da produção do programa, mas sim porque a consciência religiosa deve ser maior.

    Uma propaganda interessante é a de cerveja. Enquanto que aqui no Brasil Há todo um cuidado da moderação no consumo, no Líbano é sem qualquer moderação, o estímulo a ingestão de bebida alcoólica, como de costume, advinhem....é doutrinado pela religião. Muito brasileiro bem queria que tivesse uma religião que estimulasse a beber.

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