segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Só love entre as partes que se merecem, e com direito a demagogia


O atacante das trancinhas Vagner Love se apresenta ao Flamengo, veste a camisa do clube e chora. vontade era tanta de vestir a camisa do time carioca que o jogador não se conteve. Mas tudo isso tem motivos de sobra para tamanha felicidade: Libertadores das Américas, amigo de balada Adriano, visibilidade pela Globo, e é claro, a grande chance de ser anti-profissional. Nada melhor que isso.


    Há pouco, Vágner Love estava jogando na gelada Rússia. Gelada em todos os sentidos. Gelada pela falta de visibilidade no futebol que este país tem que só o Dunga vê, gelada pelo atraso de salários do clube, gelada pelo clima do país, e óbvio, as geladas mulheres russas. O desespero era tanto que Love queria voltar ao Brasil nem que para isso ganhasse um salário abaixo do que estava ganhando na Rússia. Aí veio a oportunidade de jogar no Palmeiras, onde já foi ídolo, jogando uma série B.

    No entanto, ao chegar ao Palmeiras, Love deu de cara com um comandante rígido que é Muricy Ramalho (vamos combinar que Vagner Love não gosta de marcar horário e treinar). E por esta razão, e pelo mau desempenho nos jogos, Love foi parar no banco de reservas, quando entrava nada fazia. Insatisfeita com o alto valor investido e o fraco futebol, parte da torcida do Palmeiras cobrou tanto que houve até agressão das duas partes, Love saiu no tapa com torcedores. Já que o clima não era bom, Love sondava desde o ano passado para a imprensa o interesse de jogar no Flamengo.

    Flamengo porque é uma maravilha. Clube de massa, a Globo babando (jogador vaidoso gosta de mídia), Rio de Janeiro, mulheres a disposição, baladas, treinador que é amigo dos jogadores, companhia de Adriano (dentro e fora de campo). Enfim, tudo que Vagner Love tava sentindo falta. Por isso o choro, o choro do alívio e o choro demagógico para ganhar simpatia dos milhões de torcedores do Flamengo. Love antes encurralado agora é só alegria.

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